O gráfico mostra o tempo necessário para que uma inovação tivesse 50 milhões de usuários. Enquanto o Facebook levou 3 anos, a eletricidade tomou quase 50 anos.
Acima, a adoção da tecnologia nas casas dos Estados Unidos. O tablet já está presente na metade das casas.
26 julho 2018
Auditor e controle de qualidade
Há alguns dias, a CVM julgou seis processos. O de maior destaque, da BNY Mellon, refere-se a relação da instituição com o fundo Postalis. Mas dois outros processos trataram do mesmo tema, ou seja,
“os auditores independentes deverão, a cada quatro anos, submeter-se à revisão do seu controle de qualidade, segundo as diretrizes emanadas do Conselho Federal de Contabilidade - CFC e do Instituto Brasileiro de Contadores – IBRACON, que será realizada por outro auditor independente, também registrado na Comissão de Valores Mobiliários, cuja escolha deverá ser comunicada previamente a esta Autarquia”.
Em ambos os casos, a CVM decidiu pela condenação, com multa pecuniária.
Morte de Marchionne
Faleceu o ex-presidente do grupo Fiat, Marchionne. O texto abaixo, da The Economist, indica que sua formação, em contabilidade, ajudou no seu trabalho:
Marchionne é considerado uma das maiores estrelas de todos os tempos na indústria automobilística, tendo resgatado a Fiat da quase falência em 2004 e repetido o truque na Chrysler, em 2009. Trabalhando duro até para os padrões de altos executivos, ele alegou que seu traje habitual, um suéter preto, o poupava de perder tempo escolhendo um terno. Ele podia ser brusco, mas também era erudito e franco em uma época em que os chefes se tornaram cada vez mais cautelosos.
A formação de contador o ajudou a ter uma visão clara sobre as deficiências da empresa. Por isso, ele propôs megafusões para dividir custos. Outros executivos de indústrias automobilísticas compartilhavam de seu diagnóstico, mas preferiram alianças vagas, que geram economias, mas não na escala de uma fusão. Marchionne foi um dos poucos que conseguiram êxito ao unir gigantes. E estava sempre à procura de oportunidades – alguns analistas sugeriram que ele estaria elaborando uma última grande transação antes de morrer.
Marchionne é considerado uma das maiores estrelas de todos os tempos na indústria automobilística, tendo resgatado a Fiat da quase falência em 2004 e repetido o truque na Chrysler, em 2009. Trabalhando duro até para os padrões de altos executivos, ele alegou que seu traje habitual, um suéter preto, o poupava de perder tempo escolhendo um terno. Ele podia ser brusco, mas também era erudito e franco em uma época em que os chefes se tornaram cada vez mais cautelosos.
A formação de contador o ajudou a ter uma visão clara sobre as deficiências da empresa. Por isso, ele propôs megafusões para dividir custos. Outros executivos de indústrias automobilísticas compartilhavam de seu diagnóstico, mas preferiram alianças vagas, que geram economias, mas não na escala de uma fusão. Marchionne foi um dos poucos que conseguiram êxito ao unir gigantes. E estava sempre à procura de oportunidades – alguns analistas sugeriram que ele estaria elaborando uma última grande transação antes de morrer.
Patente e a previsão de pesquisas futuras
O grupo utilizou ferramentas de big data, como mineração de dados e análise de redes, para desenvolver um método que facilita a vida de cientistas e de empresas na busca por rotas, tendências e parcerias tecnológicas em qualquer área do conhecimento. A nova metodologia identifica tendências tecnológicas a partir de informações obtidas em bancos internacionais de patentes.
Mais do que levantar as patentes em uma área, o método identifica as rotas tecnológicas utilizadas por empresas e universidades em vários países, as que estão se desenhando como tendência e as redes de parceria entre empresas e instituições científicas que atuam no setor.
Inovador, o método está descrito em artigo que acaba de ser publicado na Nature Biotechnology. Também já estão em andamento pesquisas para traçar rotas tecnológicas nas áreas de energia solar, biocombustíveis, sementes e plantas medicinais. Os resultados dessas pesquisas serão publicados futuramente.
Fonte: Aqui
Mais do que levantar as patentes em uma área, o método identifica as rotas tecnológicas utilizadas por empresas e universidades em vários países, as que estão se desenhando como tendência e as redes de parceria entre empresas e instituições científicas que atuam no setor.
Inovador, o método está descrito em artigo que acaba de ser publicado na Nature Biotechnology. Também já estão em andamento pesquisas para traçar rotas tecnológicas nas áreas de energia solar, biocombustíveis, sementes e plantas medicinais. Os resultados dessas pesquisas serão publicados futuramente.
Fonte: Aqui
25 julho 2018
Ser deve comprar a Unigranrio
O grupo Ser Educacional está concluindo a aquisição da Unigranrio por R$500 milhões, segundo informou o Valor Econômico. Segundo estimativa do texto, atualmente a Unigranrio possui 27 mil alunos. Isto representa cerca de R$18.500 por aluno.
Um bom negócio para a família Herdy. Anteriormente, dois professores da Universidade de Brasília estimaram um múltiplo médio corrigido para área de educação superior de 10.300, corrigidos. Como os cálculos terminaram em 2015, mesmo admitindo uma inflação de 25%, o valor proposto é bem superior ao múltiplo médio da área.
Uma explicação possível é a grande quantidade de alunos. Geralmente nas grandes aquisições, o múltiplo tende a ser maior, já que leva em consideração o intangível da instituição. Para o grupo Ser, a aquisição representa a entrada no Rio de Janeiro, onde a participação é pequena. Mesmo assim, o valor da negociação representa uma diferença de quase 40% entre o múltiplo corrigido (estimei em 13.300) e a proposta (18.500).
Um bom negócio para a família Herdy. Anteriormente, dois professores da Universidade de Brasília estimaram um múltiplo médio corrigido para área de educação superior de 10.300, corrigidos. Como os cálculos terminaram em 2015, mesmo admitindo uma inflação de 25%, o valor proposto é bem superior ao múltiplo médio da área.
Uma explicação possível é a grande quantidade de alunos. Geralmente nas grandes aquisições, o múltiplo tende a ser maior, já que leva em consideração o intangível da instituição. Para o grupo Ser, a aquisição representa a entrada no Rio de Janeiro, onde a participação é pequena. Mesmo assim, o valor da negociação representa uma diferença de quase 40% entre o múltiplo corrigido (estimei em 13.300) e a proposta (18.500).
Punição na Postalis
Postalis é um exemplo de como não gerir um fundo de pensão. Ontem, a CVM aplicou uma multa à BNY Mellon de 7 milhões de reais por prejuízos no fundo de pensão.
O relatório da Superintendência de Relações com Investidores Institucionais da CVM (SIN/CVM) mostra que o Postalis investiu R$ 72 milhões, por meio de uma estrutura de fundos exclusivos geridos pelo BNY, em debêntures de uma sociedade de propósito específico (RO Participações). Na operação, pagou mais de R$ 12 milhões em consultorias e custos de emissão, com expectativas de retorno abaixo do praticado no mercado e sem qualquer garantia. De acordo com a análise, parte da remuneração prometida era "desprovida de sustentabilidade econômica".
Renteria [o relator do caso na CVM] chamou atenção para o fato de que os acusados fabricaram documentos para ocultar os delitos e induzir em erro os órgãos fiscalizadores. Ele se referiu a uma análise de risco elaborada após o investimento ser realizado e que chegou a ser alterada, já que uma primeira versão chamava atenção para os riscos das debêntures.
O relatório da Superintendência de Relações com Investidores Institucionais da CVM (SIN/CVM) mostra que o Postalis investiu R$ 72 milhões, por meio de uma estrutura de fundos exclusivos geridos pelo BNY, em debêntures de uma sociedade de propósito específico (RO Participações). Na operação, pagou mais de R$ 12 milhões em consultorias e custos de emissão, com expectativas de retorno abaixo do praticado no mercado e sem qualquer garantia. De acordo com a análise, parte da remuneração prometida era "desprovida de sustentabilidade econômica".
Renteria [o relator do caso na CVM] chamou atenção para o fato de que os acusados fabricaram documentos para ocultar os delitos e induzir em erro os órgãos fiscalizadores. Ele se referiu a uma análise de risco elaborada após o investimento ser realizado e que chegou a ser alterada, já que uma primeira versão chamava atenção para os riscos das debêntures.
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