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25 julho 2018

Ser deve comprar a Unigranrio

O grupo Ser Educacional está concluindo a aquisição da Unigranrio por R$500 milhões, segundo informou o Valor Econômico. Segundo estimativa do texto, atualmente a Unigranrio possui 27 mil alunos. Isto representa cerca de R$18.500 por aluno.

Um bom negócio para a família Herdy. Anteriormente, dois professores da Universidade de Brasília estimaram um múltiplo médio corrigido para área de educação superior de 10.300, corrigidos. Como os cálculos terminaram em 2015, mesmo admitindo uma inflação de 25%, o valor proposto é bem superior ao múltiplo médio da área.

Uma explicação possível é a grande quantidade de alunos. Geralmente nas grandes aquisições, o múltiplo tende a ser maior, já que leva em consideração o intangível da instituição. Para o grupo Ser, a aquisição representa a entrada no Rio de Janeiro, onde a participação é pequena. Mesmo assim, o valor da negociação representa uma diferença de quase 40% entre o múltiplo corrigido (estimei em 13.300) e a proposta (18.500).

Punição na Postalis

Postalis é um exemplo de como não gerir um fundo de pensão. Ontem, a CVM aplicou uma multa à BNY Mellon de 7 milhões de reais por prejuízos no fundo de pensão.


O relatório da Superintendência de Relações com Investidores Institucionais da CVM (SIN/CVM) mostra que o Postalis investiu R$ 72 milhões, por meio de uma estrutura de fundos exclusivos geridos pelo BNY, em debêntures de uma sociedade de propósito específico (RO Participações). Na operação, pagou mais de R$ 12 milhões em consultorias e custos de emissão, com expectativas de retorno abaixo do praticado no mercado e sem qualquer garantia. De acordo com a análise, parte da remuneração prometida era "desprovida de sustentabilidade econômica".

Renteria [o relator do caso na CVM] chamou atenção para o fato de que os acusados fabricaram documentos para ocultar os delitos e induzir em erro os órgãos fiscalizadores. Ele se referiu a uma análise de risco elaborada após o investimento ser realizado e que chegou a ser alterada, já que uma primeira versão chamava atenção para os riscos das debêntures.

Rir é o melhor remédio



Quando existe algo errado

24 julho 2018

Tornado a ciência acessível

Existem diversas maneiras de tornar a ciência acessível. Um delas é fazer com que os textos dos artigos sejam o mais simples possível, usando a menor quantidade de jargão. Outra forma é disponibilizar as pesquisas de maneira gratuita para o público em geral. Finalmente, a divulgação das pesquisas pode ser feita por obras de divulgação científica, como alguns livros e sites que tentam "traduzir" a pesquisa para o leitor comum.

Um movimento interessante foi realizado pela LSE Library que decidiu transformar alguns artigos em quadrinhos. Veja um exemplo abaixo:

Odiamos tomar decisões financeiras

Nossa pesquisa sugere que o culpado pode ser nossos estereótipos sobre questões de dinheiro. Descobrimos que as pessoas percebem decisões financeiras - mais do que decisões em muitos outros domínios igualmente complexos e importantes - como frias, sem emoção e extremamente analíticas - em outras palavras, altamente incompatíveis com sentimentos e emoções.

Isso pode não ser surpreendente, considerando como os gurus da mídia rotineiramente alertam as pessoas contra a possibilidade de sentimentos atrapalharem nossas finanças pessoais, e como a cultura popular frequentemente retrata Wall Street e outros profissionais financeiros como “peixes frios” que são moral e emocionalmente apáticos.  (...)

Acho que muitas pessoas irão se identificar com o texto. No fundo, odiamos tomar decisões financeiras.

Veneno oculto

Um texto muito interessante mostra como no passado a nobreza se preocupava com a possibilidade do envenenamento. Entretanto, certas crenças eram muito mais perigosas:

Ironicamente, aqueles nas cortes reais apavorados com o veneno estavam se envenenando sem saber diariamente com seus cosméticos e medicamentos. As nobres usavam maquiagem branca feita de mercúrio, chumbo, vinagre e uma pitada de arsênico. Eles coloriram suas bochechas e lábios com vermelhão - cinábrio em pó - que continha mercúrio. Como toque final, aplicaram uma fina camada de pó facial de arsênico.

Além do uso destes produtos, a higiene não era algo observado: aplicava-se fezes nas feridas, as pessoas urinavam em locais públicos, entre outras práticas. Isto na Europa, onde moravam os "civilizados".