21 junho 2018
Marca: O mundo é da tecnologia
Em rosa, as empresas de tecnologia, que são as maiores marcas do mundo (via aqui)
Casas Bahia
Em 2009, a Globex fez um acordo com as Casas Bahia. Antes da divulgação do acordo, alguns investidores, que sabiam da informação, fizeram negociações e tiveram retornos pelo uso de informação privilegiada. Agora, em 2018, a CVM finalmente puniu estes investidores, com multa de 684 mil reais.
No voto, o diretor-relator Gustavo Borba rejeitou as alegações de prescrição da irregularidade e também destacou que os acusados tinham relações pessoais entre si e com pessoas que tiveram acesso às negociações entre as duas empresas. Segundo ele, as operações de compra e venda em datas próximas ao anúncio, comprovam isso.
No voto, o diretor-relator Gustavo Borba rejeitou as alegações de prescrição da irregularidade e também destacou que os acusados tinham relações pessoais entre si e com pessoas que tiveram acesso às negociações entre as duas empresas. Segundo ele, as operações de compra e venda em datas próximas ao anúncio, comprovam isso.
GE sai da Dow Jones
Por 111 anos, a empresa General Electric fez parte do índice Dow Jones. Ao participar deste índice, a empresa é considerada uma blue chip.
A GE participava do índice desde 1896 e, de forma ineterrupta desde 1907. Há 15 anos, a GE era a empresa com maior valor de mercado do mundo. A crise de 2008, que afetou a parte financeira da empresa, e os problemas contábeis recentes (aqui também) fizeram com que a empresa perdesse 80% do preço da ação.
A retirada já era esperada e pode afetar ainda mais o valor da empresa, na medida em que o preço da ação é afetado pela presença nos índices de mercado. Parece estranho, mas não é. Uma empresa que participa de um índice de mercado tende a se valorizar, já que muitos fundos de investimentos procuram reproduzir a carteira de mercado. Assim, sair de um índice como o Dow Jones pode levar os fundos a venderem as ações da empresa para “reproduzir” a nova ponderação do índice. O efeito talvez não seja maior em razão da pequena participação atual da GE no Dow Jones.
Outro aspecto interessante é que a GE era o único “membro fundador” do índice.
A GE participava do índice desde 1896 e, de forma ineterrupta desde 1907. Há 15 anos, a GE era a empresa com maior valor de mercado do mundo. A crise de 2008, que afetou a parte financeira da empresa, e os problemas contábeis recentes (aqui também) fizeram com que a empresa perdesse 80% do preço da ação.
A retirada já era esperada e pode afetar ainda mais o valor da empresa, na medida em que o preço da ação é afetado pela presença nos índices de mercado. Parece estranho, mas não é. Uma empresa que participa de um índice de mercado tende a se valorizar, já que muitos fundos de investimentos procuram reproduzir a carteira de mercado. Assim, sair de um índice como o Dow Jones pode levar os fundos a venderem as ações da empresa para “reproduzir” a nova ponderação do índice. O efeito talvez não seja maior em razão da pequena participação atual da GE no Dow Jones.
Outro aspecto interessante é que a GE era o único “membro fundador” do índice.
20 junho 2018
Crise passa na economia, mas continua no setor contábil
Em maio de 2018, o setor contábil novamente demitiu mais empregados que contratou. Foram admitidos 9.340 e demitidos 10.143, representando uma diferença de 803 empregos a menos no mercado formal de emprego. Desde janeiro 2014, o número de redução de empregos foi de 39.685. Não é o pior resultado, já que o desempenho de março e janeiro deste ano. A questão é que a economia como um todo contratou mais que demitiu. E isto ocorre desde janeiro de 2018 deste ano. Nos últimos 17 meses, somente quatro tiveram um sinal negativo no saldo de movimentação na economia, enquanto no setor contábil foram 14 meses com mais demissões que contratações. Em outras palavras, parece que a crise está passando na economia, mas persiste no setor contábil.
Além disto, as demissões no setor contábil acontecem com trabalhadores com um tempo de experiência longo (35 meses em média em maio de 2018 versus 24 meses para a economia) e uma idade de 32 anos. É interessante notar que no passado a economia obtida com a contratação, comparando o salário médio do trabalhador admitido e o salário do demitido, já foi maior no passado; em maio foi de 16%.
Em maio, aqueles com curso superior completo tiveram um saldo de movimentação positivo. Em termos de ocupação, apenas os técnicos apresentaram saldo positivo. Nos demais casos, o saldo foi negativo.
Além disto, as demissões no setor contábil acontecem com trabalhadores com um tempo de experiência longo (35 meses em média em maio de 2018 versus 24 meses para a economia) e uma idade de 32 anos. É interessante notar que no passado a economia obtida com a contratação, comparando o salário médio do trabalhador admitido e o salário do demitido, já foi maior no passado; em maio foi de 16%.
Em maio, aqueles com curso superior completo tiveram um saldo de movimentação positivo. Em termos de ocupação, apenas os técnicos apresentaram saldo positivo. Nos demais casos, o saldo foi negativo.
19 junho 2018
18 junho 2018
Passivo
No livro de Teoria da Contabilidade, capítulo 8, temos a seguinte questâo:
Um correntista ganhou uma ação milionária contra o Bradesco. O juiz determinou que o valor a ser pago fosse corrigido pela taxa de juros que esta instituição financeira utilizou para o cheque especial dos seus clientes, o que levou a uma estimativa de pagamento de R$ 2 bilhões.
a) Qual o valor que deveria estar registrado no passivo do Bradesco no início da ação?
b) E após o julgamento, que resultou numa sentença de R$ 2 bilhões?
c) Considere que o Bradesco entrou com recurso para reduzir o valor a ser pago. Qual o valor que deveria constar do passivo do banco? Qual seria a contrapartida desse registro do passivo?
d) Em setembro de 2012, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anulou a decisão. O valor original, de R$ 4,5 mil, será acrescido de juros simples, sem usar a taxa de juros do cheque especial. Como isto afeta sua resposta?
Agora, uma empresa de Itapira (SP) moveu uma ação contra o Itaú Unibanco. Esta instituição teria cobrado taxas acima daquelas que foram contratadas. No final de 2007, a justiça deu ganho de causa para a empresa KVA Engenharia Elétrica, sendo necessário o cálculo pericial. Mais de dez anos depois, o cálculo foi homologado no valor de quase 140 milhões de reais. Mas este valor foi corrigido e cobrado juros de empréstimo bancário cobrado por uma instituição financeira. Com isto, o valor chega a 7,627 bilhões em meados de 2018. Segundo o Itaú, a dívida original seria de 30 mil reais. O banco considera que a dívida deveria ser corrigida por juros simples, a exemplo do caso do Bradesco.
Segundo reportagem do Valor Econômico (Itau Unibanco enfrenta ação bilionária na Justiça por cobrança indevida, Vinicius Pinheiro, 7 de junho de 2018, C3), a sentença já transitou em julgado, mas o banco não informou entre os processos descritos no formulário de referência. E não informou à CVM.
Um correntista ganhou uma ação milionária contra o Bradesco. O juiz determinou que o valor a ser pago fosse corrigido pela taxa de juros que esta instituição financeira utilizou para o cheque especial dos seus clientes, o que levou a uma estimativa de pagamento de R$ 2 bilhões.
a) Qual o valor que deveria estar registrado no passivo do Bradesco no início da ação?
b) E após o julgamento, que resultou numa sentença de R$ 2 bilhões?
c) Considere que o Bradesco entrou com recurso para reduzir o valor a ser pago. Qual o valor que deveria constar do passivo do banco? Qual seria a contrapartida desse registro do passivo?
d) Em setembro de 2012, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anulou a decisão. O valor original, de R$ 4,5 mil, será acrescido de juros simples, sem usar a taxa de juros do cheque especial. Como isto afeta sua resposta?
Agora, uma empresa de Itapira (SP) moveu uma ação contra o Itaú Unibanco. Esta instituição teria cobrado taxas acima daquelas que foram contratadas. No final de 2007, a justiça deu ganho de causa para a empresa KVA Engenharia Elétrica, sendo necessário o cálculo pericial. Mais de dez anos depois, o cálculo foi homologado no valor de quase 140 milhões de reais. Mas este valor foi corrigido e cobrado juros de empréstimo bancário cobrado por uma instituição financeira. Com isto, o valor chega a 7,627 bilhões em meados de 2018. Segundo o Itaú, a dívida original seria de 30 mil reais. O banco considera que a dívida deveria ser corrigida por juros simples, a exemplo do caso do Bradesco.
Segundo reportagem do Valor Econômico (Itau Unibanco enfrenta ação bilionária na Justiça por cobrança indevida, Vinicius Pinheiro, 7 de junho de 2018, C3), a sentença já transitou em julgado, mas o banco não informou entre os processos descritos no formulário de referência. E não informou à CVM.
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