A Fifa, a entidade que regula o futebol mundial, resolveu adotar o rating Elo no futebol mundial. Este ranqueamento foi uma ideia de uma matemático, Arpad Elo, para o jogo de xadrez. Basicamente, cada jogador é classificado conforme o resultado de cada jogo. Se um jogador com menor pontuação ganha de outro com maior pontuação, seu ranking cresce.
De certa forma, o ranking de cada jogador é uma especie de previsão do resultado de uma partida. Assim, caso um jogador com ranking alto empate uma partida com um jogador de ranking mais baixo, a sua nova pontuação irá diminuir. O ranking é bastante intuitivo e sabemos, com base nele, as chances de ganhar, empatar ou perder uma partida de xadrez. Sabemos se um jogador é forte, mediano ou um jogador eventual. Temos a informação se um jogador está em forma, pois seu ranking subiu, ou está em má fase, se o Elo caiu. No xadrez calcula-se o ranking para os jogos normais, blitz e rápido. E ao final de cada jogo, é possível ter a nova pontuação.
Este sistema tem sido usado em outros esportes, com adaptações. No futebol feminino, o Elo é usado pela Fifa desde 2003. Assim, a melhor equipe mundial é os Estados Unidos, com um ranking de 2.115; o Brasil é a oitava melhor equipe, com 1968, após Inglaterra, Alemanha, Canadá, França, Austrália e Holanda.
No futebol masculino, a Fifa insistia em usar um sistema de pontuação diferente. O atual ranking é o seguinte:
1. Alemanha
2. Brasil
3. Bélgica
4. Portugal
5. Argentina
6. Suíça
7. França
8. Polônia
9. Chile
10. Espanha
Qualquer pessoa que entenda de futebol sabe que a listagem acima não reflete a qualidade das equipes. Por este critério, meses atrás a Polônia foi considerada um dos cabeças de chave da Copa da Rússia, pois estava bem posicionada no ranking. Usando uma relação não oficial a partir do Elo tem-se a seguinte relação:
1. Brasil
2. Alemanha
3. Espanha
4. França
5. Argentina
6. Portugal
7. Inglaterra
8. Bélgica
9. Colômbia
10. Peru
Nesta relação, a Polônia seria a 19a equipe, a Suíça a 14a. e o Chile a 15a. força.
Como tudo na Fifa, a questão é que a entidade não está seguindo os critérios Elo exatamente como deveria. Ela decidiu que jogos amistosos terão um peso menor que os jogos oficiais. Assim, o ranking não oficial acima pode sofrer alterações.
Leia mais aqui. (Figura: a fórmula adotada pela Fifa)
15 junho 2018
Copa do Mundo
Em imagens:
Noruega
Roma, Itália, e o aqueduto
China
Tóquio, Japão
Suíça
Suíça e o Lago Geneva
Haiti
Mineira, Rio de Janeiro
Rússia
Escola da Somália
Tatuyo, perto de Manaus, Brasil
Tailândia
Mais aqui
Noruega
Roma, Itália, e o aqueduto
China
Tóquio, Japão
Suíça
Suíça e o Lago Geneva
Haiti
Rússia
Escola da Somália
Tatuyo, perto de Manaus, Brasil
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Custo da Copa do mundo
A cada quatro anos, à medida que os torcedores se preparam para a Copa do Mundo, os pesquisadores se envolvem em um jogo: tentar determinar o quão caro é o torneio para os empregadores e as economias. (...) Para calcular o número de horas produtivas perdidas pelo torneio deste ano, supomos que o horário de expediente local é entre 9h e 17h e que 50% da força de trabalho de cada país estará interessada em assistir aos jogos. Estimamos que um total de US $ 14,5 bilhões em produto interno bruto em todo o mundo podem ser perdidos nas duas primeiras semanas do torneio.
A partir daí, porém, a história fica mais complicada. Talvez de forma não intuitiva, assistir ao futebol poderia, na verdade, contribuir para um dia de trabalho mais produtivo. Como um artigo recente demonstra, assistir ao futebol pode afetar a felicidade de um torcedor uma hora antes do início do jogo e até três horas depois que os jogadores desaparecem no túnel. Outra pesquisa mostrou que aumentar a felicidade das pessoas pode torná-las entre 10% e 12% mais produtivas no trabalho - o que significa que um bom dia em campo trará um bom dia no escritório. O problema é que o efeito negativo de ver o seu time perder é duas vezes maior do que o aumento da felicidade de vê-lo vencer.
Então, o que isso nos diz sobre a Copa do Mundo? Usando esses números como base, calculamos quanto o resultado esperado de cada jogo - baseado nas probabilidades dos corretores do Reino Unido - afetaria a produtividade dos trabalhadores. No total, descobrimos que metade dos 48 jogos da fase de grupos poderia ter consequências econômicas. Embora tais cálculos sejam inerentemente especulativos, eles podem, no entanto, contar uma história econômica útil. E neste caso, não parece bom.
Tome o jogo França-Peru. A partida está marcada para as 14h (horário da França) de quinta-feira, o que significa que os trabalhadores franceses estarão no trabalho uma hora antes e depois do jogo. Como a França tem uma alta probabilidade de ganhar esse jogo, estimamos que os trabalhadores franceses serão 4,4% mais produtivos naquele dia, o que implica um aumento de US $ 354 milhões no PIB. Isso pode parecer uma boa notícia. No entanto, esse impulso não chega perto de compensar os US $ 2 bilhões perdidos durante as duas horas do jogo em si - para não falar na queda do trabalho produtivo se a França perder de forma inesperada.
O Brasil oferece outra história preventiva. Seus jogos contra a Sérvia e a Costa Rica parecem ser caros, pois interrompem os dias de trabalho. Embora o Brasil esteja entre os favoritos para ganhar a Copa, o aumento da produtividade dessas vitórias não seria significativo ou duradouro o suficiente para compensar as horas perdidas de trabalho. Uma perda inesperada, por sua vez, poderia ser um desastre: se o Brasil fosse derrotado pela Costa Rica, a produtividade poderia diminuir em 14,4% nas horas após a partida.
(...) cabe aos empregadores decidir como lidar com os jogos. Considerando o que sabemos sobre como os esportes afetam a felicidade e a produtividade, o que eles devem fazer?
Uma opção é simplesmente ignorar a coisa toda e esperar que os funcionários apareçam normalmente. Outra poderia ser negociar: deixe os trabalhadores ajustarem seus horários para assistir aos jogos em troca de compensar o tempo perdido de alguma outra forma. Ambas as táticas minimizariam as interrupções no dia de trabalho. Mas eles também podem ser uma oportunidade perdida.
Uma terceira abordagem é seguir o exemplo da lenda do futebol holandês Johan Cruyff, que disse uma vez: "O ataque é a melhor defesa". Nesse espírito, por que não ligar a TV do escritório e convidar os funcionários para assistirem aos jogos juntos? É verdade que pouco trabalho será feito. Mas pense nisso como uma oportunidade para melhorar o engajamento, cultivar um senso mais forte de comunidade e criar alguma boa vontade a longo prazo.
Os benefícios de tal abordagem seriam mais difíceis de quantificar do que as perdas de horas de trabalho. Mas lembre-se que as maiores satisfações do futebol e dos esportes em geral são geralmente intangíveis - e que os verdadeiros custos e benefícios da Copa do Mundo quase certamente não podem ser medidos em dólares.
Maude Lavanchy e Willem Smit - How Expensive is The World Cup - Bloomberg - 15 de jun 2018
A partir daí, porém, a história fica mais complicada. Talvez de forma não intuitiva, assistir ao futebol poderia, na verdade, contribuir para um dia de trabalho mais produtivo. Como um artigo recente demonstra, assistir ao futebol pode afetar a felicidade de um torcedor uma hora antes do início do jogo e até três horas depois que os jogadores desaparecem no túnel. Outra pesquisa mostrou que aumentar a felicidade das pessoas pode torná-las entre 10% e 12% mais produtivas no trabalho - o que significa que um bom dia em campo trará um bom dia no escritório. O problema é que o efeito negativo de ver o seu time perder é duas vezes maior do que o aumento da felicidade de vê-lo vencer.
Então, o que isso nos diz sobre a Copa do Mundo? Usando esses números como base, calculamos quanto o resultado esperado de cada jogo - baseado nas probabilidades dos corretores do Reino Unido - afetaria a produtividade dos trabalhadores. No total, descobrimos que metade dos 48 jogos da fase de grupos poderia ter consequências econômicas. Embora tais cálculos sejam inerentemente especulativos, eles podem, no entanto, contar uma história econômica útil. E neste caso, não parece bom.
Tome o jogo França-Peru. A partida está marcada para as 14h (horário da França) de quinta-feira, o que significa que os trabalhadores franceses estarão no trabalho uma hora antes e depois do jogo. Como a França tem uma alta probabilidade de ganhar esse jogo, estimamos que os trabalhadores franceses serão 4,4% mais produtivos naquele dia, o que implica um aumento de US $ 354 milhões no PIB. Isso pode parecer uma boa notícia. No entanto, esse impulso não chega perto de compensar os US $ 2 bilhões perdidos durante as duas horas do jogo em si - para não falar na queda do trabalho produtivo se a França perder de forma inesperada.
O Brasil oferece outra história preventiva. Seus jogos contra a Sérvia e a Costa Rica parecem ser caros, pois interrompem os dias de trabalho. Embora o Brasil esteja entre os favoritos para ganhar a Copa, o aumento da produtividade dessas vitórias não seria significativo ou duradouro o suficiente para compensar as horas perdidas de trabalho. Uma perda inesperada, por sua vez, poderia ser um desastre: se o Brasil fosse derrotado pela Costa Rica, a produtividade poderia diminuir em 14,4% nas horas após a partida.
(...) cabe aos empregadores decidir como lidar com os jogos. Considerando o que sabemos sobre como os esportes afetam a felicidade e a produtividade, o que eles devem fazer?
Uma opção é simplesmente ignorar a coisa toda e esperar que os funcionários apareçam normalmente. Outra poderia ser negociar: deixe os trabalhadores ajustarem seus horários para assistir aos jogos em troca de compensar o tempo perdido de alguma outra forma. Ambas as táticas minimizariam as interrupções no dia de trabalho. Mas eles também podem ser uma oportunidade perdida.
Uma terceira abordagem é seguir o exemplo da lenda do futebol holandês Johan Cruyff, que disse uma vez: "O ataque é a melhor defesa". Nesse espírito, por que não ligar a TV do escritório e convidar os funcionários para assistirem aos jogos juntos? É verdade que pouco trabalho será feito. Mas pense nisso como uma oportunidade para melhorar o engajamento, cultivar um senso mais forte de comunidade e criar alguma boa vontade a longo prazo.
Os benefícios de tal abordagem seriam mais difíceis de quantificar do que as perdas de horas de trabalho. Mas lembre-se que as maiores satisfações do futebol e dos esportes em geral são geralmente intangíveis - e que os verdadeiros custos e benefícios da Copa do Mundo quase certamente não podem ser medidos em dólares.
Maude Lavanchy e Willem Smit - How Expensive is The World Cup - Bloomberg - 15 de jun 2018
14 junho 2018
Protestos e Mídia Social
Um texto de Heldon Simões para o G1 mostra como o Facebook perdeu lugar para o WhatsApp como rede para organizar debates e mobilizações.
Segundo especialistas, acadêmicos, ativistas e empresários ouvidos pelo G1, em cinco anos, o aplicativo de bate-papo tornou-se a forma mais simples de se comunicar para muita gente que teve contato pela primeira vez com a internet; deu abrigo aos insatisfeitos com as políticas de distribuição de conteúdo do Facebook e; fomentou a criação em seu entorno de um submundo de empresas que, por exemplo, ganham milhares de reais dando visibilidade a grupos de conversa.
Nada disso, no entanto, seria possível sem que os smartphones virassem a principal ponte entre os brasileiros e o mundo online.
Tenho outra hipótese: o celular. O aparelho possui maior alcance e certamente é muito mais fácil usar o Wpp do que o Facebook.
Segundo especialistas, acadêmicos, ativistas e empresários ouvidos pelo G1, em cinco anos, o aplicativo de bate-papo tornou-se a forma mais simples de se comunicar para muita gente que teve contato pela primeira vez com a internet; deu abrigo aos insatisfeitos com as políticas de distribuição de conteúdo do Facebook e; fomentou a criação em seu entorno de um submundo de empresas que, por exemplo, ganham milhares de reais dando visibilidade a grupos de conversa.
Nada disso, no entanto, seria possível sem que os smartphones virassem a principal ponte entre os brasileiros e o mundo online.
Tenho outra hipótese: o celular. O aparelho possui maior alcance e certamente é muito mais fácil usar o Wpp do que o Facebook.
Copa do Mundo e Traders
Baseado na última copa do mundo, os traders mais ligados na Copa do Mundo estão no Brasil e Alemanha. Ou melhor, os traders mais distraídos.
Projeções na Copa do Mundo
Início da Copa do Mundo e muitas projeções sobre o torneio. Soccernomics está prevendo uma final Brasil e Espanha, com vitória brasileira. O interessante é que na projeção deles não existe empate.
O mesmo site, em outra postagem e usando oito rankings, faz uma projeção do ganhador estar entre Alemanha, Brasil e França, nesta ordem.
O mesmo site, em outra postagem e usando oito rankings, faz uma projeção do ganhador estar entre Alemanha, Brasil e França, nesta ordem.
O PollingData calculou a dificuldade de classificação:
Usando o conceito de entropia, a previsão é a maior disputa no grupo H.
O NYT procurou os grandes bancos para verificar a previsão:
UBS = Alemanha
Goldman = Brasil
ING = Espanha
Nomura = França ou Espanha
Sobre o Goldman, o mesmo destacou o fato de usar Inteligência Artificial para fazer a previsão. Em março, na bolsa de apostas, a Alemanha era favorita. Mas hoje, o Paddy Power mostra que os apostadores acreditam no Brasil, com 17% de chance (ou 5/1), com Neymar favorito para artilheiro (11%)
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