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23 maio 2018

Revisão e erros

Usando dados de cem mil avaliações de milhares de produtos diferentes, Priceonomics analisou a qualidade da escrita, que inclui o tamanho dos comentários, erros de ortografia e gramatical.

De acordo com nossos dados, as revisões negativas têm uma taxa maior de palavras com erros ortográficos e uma taxa mais alta de apóstrofos usados ​​incorretamente. Eles tendem a ser mais longos e têm mais detalhes também. As revisões de cinco estrelas geralmente são mais curtas e geralmente não incluem pontuação. Em todo caso, os revisores cometem muitos erros de ortografia e gramática - apenas 61% das revisões passaram em todas as nossas verificações de qualidade.

É bastante razoável as avaliações negativas serem mais longas. Se não gostei de um produto, quero detalhar as razões. E isto pode ajudar a explicar a maior quantidade de erros cometidos nos textos.

Rir é o melhor remédio









Palavras e seu significado

22 maio 2018

Balanço da Fundação IFRS

Na semana passada, a Fundação IFRS divulgou seus resultados de 2017. A dependência do dinheiro das Big Four continua, conforme figura do relatório, reproduzida abaixo:
É bem verdade que já foi pior no passado, mas há uma "manipulação" na figura, já que também está sendo colocado a geração própria de recursos. Quando se considera as doações somente, o percentual é de 35%.

As doações do Brasil chegaram a 229 mil libras, sendo 100 mil libras do Conselho Federal de Contabilidade, via Fundação de Apoio ao CPC, 50 mil do BNDES e 25 mil do Banco Central. Sendo adotado em mais de 140 países, somente 27 deles doaram recursos para o Iasb. Da América Latina, somente o Brasil, que ocupa a 15o. posição entre os maiores doadores (país somente). 

Preço do combustível

A figura mostra o preço do diesel para diversos países do mundo - em US$ por litro:


Os países onde o diesel é mais barato são os produtores de petróleo: Venezuela, Irã, Arábia Saudita, Argélia, Egito, Sudão, entre outros. Onde o diesel é mais caro é a Islândia; o preço é o dobro do praticado no Brasil. São países desenvolvidos, não produtores de petróleo, como a Escandinávia, Mônaco, Hong Kong, França, Inglaterra, entre outros.

Os valores são atualizados semanalmente para a maioria dos países.

21 maio 2018

Network Models

Matthew Jackson, em The Role of Theory in an Age of Design and Big Data, apresenta dois campos novos da economia. O primeiro é a economia comportamental, que estuda como os agentes se comportam efetivamente na prática. O outro são os newtwork models, que tentam entender como as pessoas interagem.

Os mercados centralizados são raros e a maioria das interações econômicas ocorre em redes descentralizadas de relacionamentos. Em muitos casos, tais padrões, e as externalidades e restrições que eles impõem, são impulsionadores fundamentais do comportamento. Esse é um paralelo social aos fundamentos psicológicos da economia comportamental. Os modelos de rede tornaram-se cada vez mais importantes em muitas áreas da economia incluindo a compreensão dos fluxos de informação e fricções na economia do desenvolvimento, os contágios nos mercados financeiros, o comércio internacional e os conflitos, a persistente desigualdade nos mercados de trabalho e a polarização política.

Incerteza Política

A incerteza política que alcançou patamares históricos no início de 2017, parece ter recuado nos últimos meses. Pelo método de Baker, Bloom e Davis, são analisados os textos da Folha de S Paulo a procura de palavras vinculadas ao termo "incerto", "incerteza" e outros.

Transparência e decisões

Nas decisões colegiadas geralmente partimos da suposição que quanto maior a transparência, melhor será a decisão. Isto tem sido usado pela CVM ao divulgar as decisões colegiadas, responsáveis pela punição de auditores, funcionários e empresas. Geralmente clamamos que isto também ocorra nas grandes decisões do Supremo ou nos comitês das empresas.

Uma investigação recente questiona a crença que a transparência é algo bom. E que decisões mais transparentes são melhores decisões. Dois pesquisadores, um da Universidade de Constança (Alemanha) e outro de Warwick (Reino Unido) concluíram que em decisões colegiadas, a transparência pode não ser uma boa opção. Inicialmente Fehrler e Hughes desenvolveram um modelo teórico com três níveis de transparência: sigilo, transparência moderada e transparência. A diferença entre os modelos é que no sigilo tanto o voto individual quanto a argumentação são apresentadas em segredo. É o modelo de eleição do Papa, por exemplo, onde cada eleitor deposita seu voto em uma urna, sem revelar seu motivo ou sua escolha. O modelo de transparência é o adotado pelo Supremo, onde cada ministro apresenta seus motivos e seu voto. A transparência moderada é o nível intermediário. No modelo teórico de Fehrler e Hughes, as decisões são afetadas pelo nível de informação disponibilizada. Em geral, maior transparência induz a decisões incorretas, exceto quando a manutenção do status quo é a melhor opção.

Talvez você já tenha passado por esta experiência. Você acredita que a melhor decisão é alterar o status quo, mas o parecerista faz um voto pela manutenção da situação e as pessoas começam a votar. Há uma forte indução para o status quo, muito embora esta talvez não seja a melhor decisão.

Entretanto, o modelo teórico por si só não é suficiente para confirmar a teoria dos autores. Sabendo disto, os pesquisadores fizeram um experimento de campo, onde grupo de pessoas deveriam tomar decisões com estes três níveis de transparência. O resultado obtido por Fehrler e Hughes confirmou, com algumas pequenas diferenças, a suposição do modelo: a transparência pode conduzir a decisões erradas.

FEHRLER, Sebastian; HUGHES, Niall. How transparency kills information aggregation: theory and experiment. American Economic Journal: Microeconomics, v. 10, n. 1, p. 181-209, 2018.