No início de 2017 a empresa de telecomunicações BT descobriu uma fraude envolvendo a filial italiana. O preço das ações caiu em 18%. Alguns meses depois, a empresa anunciou que a PwC deixaria a função de auditor. Uma investigação descobriu práticas contábeis inadequadas envolvendo receita, compras e leasing.
Agora, a BT anunciou medidas para reduzir custos, o que inclui a demissão de 13 mil pessoas, de um total de mais de 100 mil empregados, além da mudança de sede.
11 maio 2018
Muralha da China e o Popular
Durante 30 anos, a empresa PwC auditou o Banco Popular, uma instituição financeira espanhola. Em nenhum momento, a empresa de auditoria fez ressalva na contabilidade do Popular. O sexto maior banco da Espanha começou a apresentar problemas em 2017. Em poucos dias, o Popular foi adquirido pelo Santander por um euro.
No balanço de 2016, com prejuízo de 3,5 bilhões, a PwC só apresentou uma parágrafo de ênfase. Depois de vendio ao Santander, o Popular teve um prejuízo divulgado de 12,2 bilhões e a PwC, neste momento, fez um parecer mais realista. A empresa de auditoria ainda está sendo investigada sobre possíveis crimes cometidos no trabalho no Popular. A PwC também é a empresa que faz a auditoria no Santander.
O jornal El País revelou que durante a crise do Popular, um outro banco, o BBVA, analisou a possibilidade de fazer uma oferta. No mês de maio de 2017, o BBVA analisou o Popular; e entre os dias 4 e 6 de junho novamente discutiu esta possibilidade. O Popular foi liquidado entre os dias 6 e 7 de junho. O BBVA decidiu não fazer uma oferta em razão
un gran déficit de provisiones para cubrir los créditos inmobiliarios y los de pymes, así como un gran riesgo por los posibles litigios legales de los afectados, por los créditos fiscales y por otros riesgos genéricos.
El BBVA calculó que, para absorber al Popular, necesitaba una ampliación de capital de 13.900 millones, casi el doble de la cantidad que precisó el Santander para adquirirlo.
Um fato importante nesta análise. Segundo o El País, o BBVA contou com a assessoria de um empresa de auditoria. Quem?
Fuentes de PwC y del BBVA no hicieron comentarios sobre esta cuestión por motivos de confidencialidad en sus contratos de colaboración. Esta colaboración no es ilegal ya que las auditoras tienen otros departamentos que realizan trabajos de asesoría y trabajan con el principio de “muralla china”, es decir, sin comunicación de información.
No balanço de 2016, com prejuízo de 3,5 bilhões, a PwC só apresentou uma parágrafo de ênfase. Depois de vendio ao Santander, o Popular teve um prejuízo divulgado de 12,2 bilhões e a PwC, neste momento, fez um parecer mais realista. A empresa de auditoria ainda está sendo investigada sobre possíveis crimes cometidos no trabalho no Popular. A PwC também é a empresa que faz a auditoria no Santander.
O jornal El País revelou que durante a crise do Popular, um outro banco, o BBVA, analisou a possibilidade de fazer uma oferta. No mês de maio de 2017, o BBVA analisou o Popular; e entre os dias 4 e 6 de junho novamente discutiu esta possibilidade. O Popular foi liquidado entre os dias 6 e 7 de junho. O BBVA decidiu não fazer uma oferta em razão
un gran déficit de provisiones para cubrir los créditos inmobiliarios y los de pymes, así como un gran riesgo por los posibles litigios legales de los afectados, por los créditos fiscales y por otros riesgos genéricos.
El BBVA calculó que, para absorber al Popular, necesitaba una ampliación de capital de 13.900 millones, casi el doble de la cantidad que precisó el Santander para adquirirlo.
Um fato importante nesta análise. Segundo o El País, o BBVA contou com a assessoria de um empresa de auditoria. Quem?
Fuentes de PwC y del BBVA no hicieron comentarios sobre esta cuestión por motivos de confidencialidad en sus contratos de colaboración. Esta colaboración no es ilegal ya que las auditoras tienen otros departamentos que realizan trabajos de asesoría y trabajan con el principio de “muralla china”, es decir, sin comunicación de información.
10 maio 2018
Auditoria de algoritmo
Já sabemos que os algoritmos são construidos, em muitos casos, baseados na experiência prévia. Por este motivo, muitas vezes estão incorporados nas linhas de código preconceitos e falhas, o que pode levar a um aumento da desigualdade e, até, uma ameaça a democracia. O que ocorreu com as eleições dos Estados Unidos e o Facebook é um alerta desses problemas.
Uma solução para corrigir isto é um processo de auditoria. Neste caso, as empresas abrem sua tecnologia para avaliação. O lado negativo é revelar segredos existentes nos algoritmos. Mesmo assim,
as empresas estão começando a empregar auditorias algorítmicas para ajudá-las a pensar nesses sistemas (...) A Deloitte desenvolveuuma prática para ajudar as empresas a gerenciar o risco algorítmico, e a Accenture também relata aconselhando clientes sobre o tópico.
O´Neill, autora de Weapons of Math Destruction e do site Mathbabe, criou uma matriz ética que ajuda as empresas a pensarem nos efeitos dos algoritmos. A matriz olha aspectos como transparência e justiça presente nos algoritmos.
Uma solução para corrigir isto é um processo de auditoria. Neste caso, as empresas abrem sua tecnologia para avaliação. O lado negativo é revelar segredos existentes nos algoritmos. Mesmo assim,
as empresas estão começando a empregar auditorias algorítmicas para ajudá-las a pensar nesses sistemas (...) A Deloitte desenvolveuuma prática para ajudar as empresas a gerenciar o risco algorítmico, e a Accenture também relata aconselhando clientes sobre o tópico.
O´Neill, autora de Weapons of Math Destruction e do site Mathbabe, criou uma matriz ética que ajuda as empresas a pensarem nos efeitos dos algoritmos. A matriz olha aspectos como transparência e justiça presente nos algoritmos.
Aquisição inadequada da Steinhoff
Contamos, em postagens anteriores, as peripécias da Steinhoff. Atuando no mercado de varejo, a empresa, com sede na África do Sul, apresentou problemas financeiros no final de 2017. A questão também envolvia o trabalho do auditor.
Um capítulo na história da Steinhoff foi a aquisição da Mattress Firm, uma empresa com mais de 3600 lojas em 48 estados dos Estados Unidos. A Mattress, um varejo de colchões, foi construída a partir da aquisição de diversas empresas pequenas. Em 2016, a empresa foi adquirida pela Steinhoff por 3,8 bilhões. Chris Bryant, da Bloomberg, chama a atenção para este grande erro da empresa Steinhoff.
1) A Mattress era uma empresa fortemente endividada, com 1,3 bilhão de US$ de dívida líquida, sem computar o leasing fora de balanço
2) O prêmio pago, de 115%, foi absurdamente elevado
3) A margem operacional da Mattress tem uma tendência de queda, mesmo com o crescimento acelerado da receita
4) O crescimento da receita é decorrente das aquisições realizadas e não da conquista do mercado. Na realidade, o mercado começou a ter concorrência das vendas online e os concorrentes estavam reduzindo a presença física, enquanto a a Mattress fazia esta expansão
5) O due dilligence durou somente cinco dias
6) Muitas lojas estavam localizadas no mesmo mercado, existindo um claro problema de canibalismo
7) Decisões erradas de marketing, envolvendo mudança de nome de loja e retirada de um produto popular das opções de venda
A parte interessante do comentário de Bryant refere-se a uma nota explicativa que a Mattress divulgou referente a uma ação contra dois gestores antigos. Segundo a empresa, estes administradores, em conluio com um corretor imobiliário, montaram um esquema de fraude, suborno e propina, envolvendo a descoberta de lojas para alugar, contratos elevados de locação e abertura de lojas desnecessárias (fotografia). Isto é um claro sinal de falta de controle.
E a Steinhoff tinha esta informação quando comprou a Mattress, já que o problema foi divulgado nas notas explicativas.
Agora , a Steinhoff terá que fechar lojas da Mattress, o que deverá ter efeitos nos resultados da empresa. E lidar com um ágio elevado, pago em 2016, na aquisição da loja de colchões.
Um capítulo na história da Steinhoff foi a aquisição da Mattress Firm, uma empresa com mais de 3600 lojas em 48 estados dos Estados Unidos. A Mattress, um varejo de colchões, foi construída a partir da aquisição de diversas empresas pequenas. Em 2016, a empresa foi adquirida pela Steinhoff por 3,8 bilhões. Chris Bryant, da Bloomberg, chama a atenção para este grande erro da empresa Steinhoff.
1) A Mattress era uma empresa fortemente endividada, com 1,3 bilhão de US$ de dívida líquida, sem computar o leasing fora de balanço
2) O prêmio pago, de 115%, foi absurdamente elevado
3) A margem operacional da Mattress tem uma tendência de queda, mesmo com o crescimento acelerado da receita
4) O crescimento da receita é decorrente das aquisições realizadas e não da conquista do mercado. Na realidade, o mercado começou a ter concorrência das vendas online e os concorrentes estavam reduzindo a presença física, enquanto a a Mattress fazia esta expansão
5) O due dilligence durou somente cinco dias
6) Muitas lojas estavam localizadas no mesmo mercado, existindo um claro problema de canibalismo
7) Decisões erradas de marketing, envolvendo mudança de nome de loja e retirada de um produto popular das opções de venda
A parte interessante do comentário de Bryant refere-se a uma nota explicativa que a Mattress divulgou referente a uma ação contra dois gestores antigos. Segundo a empresa, estes administradores, em conluio com um corretor imobiliário, montaram um esquema de fraude, suborno e propina, envolvendo a descoberta de lojas para alugar, contratos elevados de locação e abertura de lojas desnecessárias (fotografia). Isto é um claro sinal de falta de controle.
E a Steinhoff tinha esta informação quando comprou a Mattress, já que o problema foi divulgado nas notas explicativas.
Agora , a Steinhoff terá que fechar lojas da Mattress, o que deverá ter efeitos nos resultados da empresa. E lidar com um ágio elevado, pago em 2016, na aquisição da loja de colchões.
Rir é o melhor remédio
Fotografias diversas da internet:
Conhecendo a futura ex-esposa
Turista tira fotografia da pichação em Barcelona
Segurança no trabalho é tudo
Conhecendo a futura ex-esposa
Turista tira fotografia da pichação em Barcelona
Segurança no trabalho é tudo
09 maio 2018
O primeiro trimestre da Petrobras
A Petrobras divulgou os resultados do primeiro trimestre de 2018 (aqui, aqui e aqui). De uma maneira geral, a atual gestão da Petrobras tem dois aspectos positivos que a credenciam: sorte e um parâmetro comparativo bastante favorável.
Desde que Parente assumiu a empresa, a Petrobras teve, em alguns momentos, a seu favor, o câmbio favorável, que permitiu manter sob controle sua dívida. Agora, o preço internacional do petróleo parece voltar a aumentar, o que pode ajudar a atual gestão nas melhorias implantadas de controle da dívida e redução dos investimentos inadequados. Para completar, a gestão atual tem como parâmetro de comparação duas gestões desastrosas da empresa, marcada por investimentos de péssima qualidade e um grande esquema de corrupção.
O resultado divulgado nesta semana mostra uma empresa mais enxuta, com menor endividamento e que começa a ter resultados positivos. O gráfico abaixo apresenta o comportamento da receita da empresa desde 2010, corrigido pela inflação. A empresa atingiu, entre o final de 2013 e o final de 2014, o auge, quando, a receita chegou, a preços de hoje, a receita ultrapassou a casa de 100 bilhões de reais por trimestre. Desde então, a empresa reduziu sua receita em um quarto do valor, através de um processo de venda de diversos ativos. Além disto, a recessão na economia brasileira também ajudou no valor menor da receita da empresa.
Ao mesmo tempo, a redução nas amortizações dos investimentos realizados nas gestões passadas parecem ter terminado. Entre 2014 a 2017 a Petrobras levou para resultado 116 bilhões de reais (não corrigidos), o que representa algo em torno de 15% dos ativos. Neste período, o prejuízo acumulado da empresa, sem a correção da inflação, chegou a 70 bilhões ou 77 bilhões. Mais do que os valores, o destaque no resultado líquido foi a decisão da empresa em fazer as amortizações de maneira parcela e alguns trimestres, o que aumentou a variabilidade do resultado, conforme gráfico abaixo.
Como resultado do teste de impairment e das decisões de vendas de ativos, o ativo da empresa, que no passado chegou a marca de 1 trilhão de reais, a preços de hoje, agora é quase 200 bilhões de reais a menos. E tem-se mantido neste novo patamar há mais de dois anos.
Uma empresa menor, com menos faturamente, menos investimento e menos caixa. Antes da crise, a empresa chegou a ter quase 100 bilhões nominais (R$130 bilhões a preços de hoje) de dinheiro e aplicações de curto prazo. Este valor atingiu a menos de 30 bilhões e, pelo terceiro trimestre consecutivo, mostrou um crescimento. A quantidade de recursos em caixa é crucial para uma empresa endividada, como a Petrobras, e que precisa negociar com as instituições financeiras. Ao mesmo, permite uma maior autonomia para a sua administração.
O grande problema da empresa ainda é o grande volume de dívida. A situação hoje é bem melhor que há três anos, quando a soma dos empréstimos e financiamentos, menos o valor do caixa, atingiu a mais de 400 bilhões de reais (preços de hoje), bem perto da metade do valor dos ativos. Existem empresas mais endividadas no mercado, mas o problema destes números é que estamos falando do conceito de dívida líquida, geralmente um valor mais favorável para a empresa, pois não considera as dívidas de operação.
Esta situação fez com que a Petrobras ficasse conhecida com o nada honroso título de “empresa mais endividada do mundo”. Desde então, o caixa aumentou, o dólar manteve-se razoavelmente estável - uma parcela expressiva da dívida da empresa é em moeda estrangeira - e o peso da dívida está caindo. Assim, em termos relativos, a Petrobras hoje é claramente menos endividada que a empresa de três ou quatro anos atrás, quando ficou claro os problemas de gestão da estatal.
Apesar dos problemas, durante todo este período a estatal conseguiu obter caixa com as suas operações. Ao contrário do lucro, que tem sido uma medida de desempenho instável no tempo, o caixa operacional tem ficado um pouco acima dos 20 bilhões de reais há muitos trimestres. Assim, a recuperação do lucro, ocorrida no último trimeste, já era algo esperado, diante deste caixa das operações.
Mesmo assim, os investidores devem ter ficado surpresos com os números do primeiro trimestre. Desde sua divulgação, o preço da ação da empresa subiu. Bom para os acionistas, que poderão começar a receber dividendos da empresa.
Desde que Parente assumiu a empresa, a Petrobras teve, em alguns momentos, a seu favor, o câmbio favorável, que permitiu manter sob controle sua dívida. Agora, o preço internacional do petróleo parece voltar a aumentar, o que pode ajudar a atual gestão nas melhorias implantadas de controle da dívida e redução dos investimentos inadequados. Para completar, a gestão atual tem como parâmetro de comparação duas gestões desastrosas da empresa, marcada por investimentos de péssima qualidade e um grande esquema de corrupção.
O resultado divulgado nesta semana mostra uma empresa mais enxuta, com menor endividamento e que começa a ter resultados positivos. O gráfico abaixo apresenta o comportamento da receita da empresa desde 2010, corrigido pela inflação. A empresa atingiu, entre o final de 2013 e o final de 2014, o auge, quando, a receita chegou, a preços de hoje, a receita ultrapassou a casa de 100 bilhões de reais por trimestre. Desde então, a empresa reduziu sua receita em um quarto do valor, através de um processo de venda de diversos ativos. Além disto, a recessão na economia brasileira também ajudou no valor menor da receita da empresa.
Ao mesmo tempo, a redução nas amortizações dos investimentos realizados nas gestões passadas parecem ter terminado. Entre 2014 a 2017 a Petrobras levou para resultado 116 bilhões de reais (não corrigidos), o que representa algo em torno de 15% dos ativos. Neste período, o prejuízo acumulado da empresa, sem a correção da inflação, chegou a 70 bilhões ou 77 bilhões. Mais do que os valores, o destaque no resultado líquido foi a decisão da empresa em fazer as amortizações de maneira parcela e alguns trimestres, o que aumentou a variabilidade do resultado, conforme gráfico abaixo.
Como resultado do teste de impairment e das decisões de vendas de ativos, o ativo da empresa, que no passado chegou a marca de 1 trilhão de reais, a preços de hoje, agora é quase 200 bilhões de reais a menos. E tem-se mantido neste novo patamar há mais de dois anos.
Uma empresa menor, com menos faturamente, menos investimento e menos caixa. Antes da crise, a empresa chegou a ter quase 100 bilhões nominais (R$130 bilhões a preços de hoje) de dinheiro e aplicações de curto prazo. Este valor atingiu a menos de 30 bilhões e, pelo terceiro trimestre consecutivo, mostrou um crescimento. A quantidade de recursos em caixa é crucial para uma empresa endividada, como a Petrobras, e que precisa negociar com as instituições financeiras. Ao mesmo, permite uma maior autonomia para a sua administração.
O grande problema da empresa ainda é o grande volume de dívida. A situação hoje é bem melhor que há três anos, quando a soma dos empréstimos e financiamentos, menos o valor do caixa, atingiu a mais de 400 bilhões de reais (preços de hoje), bem perto da metade do valor dos ativos. Existem empresas mais endividadas no mercado, mas o problema destes números é que estamos falando do conceito de dívida líquida, geralmente um valor mais favorável para a empresa, pois não considera as dívidas de operação.
Esta situação fez com que a Petrobras ficasse conhecida com o nada honroso título de “empresa mais endividada do mundo”. Desde então, o caixa aumentou, o dólar manteve-se razoavelmente estável - uma parcela expressiva da dívida da empresa é em moeda estrangeira - e o peso da dívida está caindo. Assim, em termos relativos, a Petrobras hoje é claramente menos endividada que a empresa de três ou quatro anos atrás, quando ficou claro os problemas de gestão da estatal.
Apesar dos problemas, durante todo este período a estatal conseguiu obter caixa com as suas operações. Ao contrário do lucro, que tem sido uma medida de desempenho instável no tempo, o caixa operacional tem ficado um pouco acima dos 20 bilhões de reais há muitos trimestres. Assim, a recuperação do lucro, ocorrida no último trimeste, já era algo esperado, diante deste caixa das operações.
Mesmo assim, os investidores devem ter ficado surpresos com os números do primeiro trimestre. Desde sua divulgação, o preço da ação da empresa subiu. Bom para os acionistas, que poderão começar a receber dividendos da empresa.
Direito a beleza
Será verdade? Um texto do Quartz afirma que os brasileiros possuem o "direito à beleza":
Nos hospitais públicos, as cirurgias plásticas são gratuitas ou de baixo custo, e o governo subsidia quase meio milhão de cirurgias por ano .
Isto naturalmente tem impacto nas finanças públicas.
No entanto, esses pacientes, a maioria dos quais eram mulheres, também me disseram que viver sem beleza no Brasil era assumir um risco ainda maior. A beleza é vista como sendo tão central para o mercado de trabalho, tão crucial para encontrar um cônjuge, e tão essencial para qualquer chance de mobilidade ascendente que muitos não podem dizer não a essas cirurgias.
Certamente o efeito beleza não é exclusivo do Brasil. Não seria um exagero do texto? O fato do país ser o segundo país do mundo em plástica parece indicar que sim.
Nos hospitais públicos, as cirurgias plásticas são gratuitas ou de baixo custo, e o governo subsidia quase meio milhão de cirurgias por ano .
Isto naturalmente tem impacto nas finanças públicas.
No entanto, esses pacientes, a maioria dos quais eram mulheres, também me disseram que viver sem beleza no Brasil era assumir um risco ainda maior. A beleza é vista como sendo tão central para o mercado de trabalho, tão crucial para encontrar um cônjuge, e tão essencial para qualquer chance de mobilidade ascendente que muitos não podem dizer não a essas cirurgias.
Certamente o efeito beleza não é exclusivo do Brasil. Não seria um exagero do texto? O fato do país ser o segundo país do mundo em plástica parece indicar que sim.
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