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02 maio 2018

Castelhano ou Catalão?

A Catalunha, uma região que atualmente faz parte da Espanha, iniciou um processo de independência bastante noticiado. Uma pesquisa feita por uma empresa gestora de dados mostrou algo interessante:

Las empresas catalanas se inclinan por el castellano a la hora de decidir los términos con los que se inscriben en el Registro Mercantil, por lo que prevalece frente al catalán en las razones sociales de la región.

Assim, a empresas da Catalunha usam termos do castelhano, como “construciones” ou “servicios”, do que o correspondente termo em catalão:

De esta forma, el análisis refleja que las compañías catalanas prefieren utilizar la palabra gestión, en lugar de gestió, o asociación, en lugar de associació, una circunstancia que se encuadra en un contexto en que la batalla lingüística vuelve a tener un fuerte protagonismo tras el anuncio del Gobierno el pasado mes de febrero de poner fin a la denominada inmersión lingüística catalana para garantizar que las familias puedan escoger el castellano como lengua vehicular en las escuelas de la región, más de cuatro meses después de aprobarse las medidas excepcionales al amparo del artículo 155 de la Constitución.

01 maio 2018

Café no setor público

Os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público e da Defensoria Pública da União (DPU), gastam, pelo menos, R$ 55,3 milhões por ano com café e com o serviço de copeiragem nos órgãos públicos. (...) é muito dinheiro para algo que não traz benefícios diretos à população.


O valor pode estar subestimado, já que "muitos pedidos dos órgãos vinham acompanhado de outras mercadorias, como chás, galões de água, impossibilitando a separação das despesas".

Vide também esta postagem anterior e aqui comentário de Victor Godeiro sobre a notícia.

Mesmo com oposição, KPMG continua auditando GE

Recentemente a General Electric divulgou problemas na sua contabilidade. Os problemas da gigante empresa levava até a especulação que poderia existir uma possibilidade de falência. Parte do problema era decorrente do novo padrão de reconhecimento da receita, o que levou a empresa a republicar suas demonstrações. Como consequência, alguns investidores começaram a articular um movimento contrário a renovação do contrato de auditoria com a KPMG. Os novos números foram republicados, mas mesmo contrariando alguns acionistas, a GE decidiu renovar o contrato centenário com a KPMG.

Um ponto interessante que é o nível de resistência a renovação do contrato. Segundo o Wall Street Journal (via aqui), 65% dos acionistas votaram pela continuidade da KPMG como auditor da GE. Parece significativo, mas não é. Este é um assunto mais técnico, que não interfere diretamente no bolso do acionista. Assim, a existência de 35% de descontentes pode ser algo notável nesta votação. De qualquer forma, a KPMG permanece como auditor por mais um ano. Para fins de comparação, o mesmo assunto na Wells Fargo obteve 91% de votos favoráveis a manutenção do auditor.

Rir é o melhor remédio

Logos honestos:





30 abril 2018

Comprando e vendendo avaliações

Muitos serviços que são prestados nos dias de hoje dependem das avaliações que são realizadas pelos usuários. Assim, damos nota ao motorista do Uber, ao hotel que usamos na nossa viagem ou ao livro que lemos. Como na nossa economia "tudo é negociável", as avaliações do motorista, do hotel ou do livro também podem ser compradas.

A BBC foi capaz de comprar recomendações de "cinco estrelas". Isto inclui compradores da Amazon, que recebem reembolso do valor da compra em troca de uma nota mais agradável. O fato disto ocorrer significa que cada vez mais o consumidor olha a avaliação na decisão de compra. Segundo uma estimativa citada pela BBC, o impacto pode ser de 23 bilhões de libras em cada ano, no Reino Unido.

Alguns analistas dos EUA estimam que até metade das revisões de certos produtos postados em sites internacionais, como a Amazon, são potencialmente pouco confiáveis.

Cálculo da inflação

Com a Pesquisa Orçamentária Familiar de 2017/2018, o IBGE poderá atualizar itens do IPCA:

Serviços como Netflix, Uber, Spotify entraram na vida - e no orçamento - de parte das famílias brasileiras nos últimos anos, mas permanecem de fora da cesta de consumo usada para medir a inflação oficial do país. Atualizada pela última vez entre 2008 e 2009, essa cesta de bens e serviços consumidos pelas famílias exibe ainda itens cada vez mais obsoletos, desde "locação de DVD" à compra de CD e DVD", além de "filmadora". (Boas, Bruno Villa. Novos Hábitos vão mudar ´cara´da inflação, Valor, 31 de março de 2018, p. A3)

Mais do que isto, pode reduzir a inflação. Quando o IBGE usa uma cesta defasada, no cálculo da inflação não está sendo considerado os ganhos de produtividade e as economias decorrentes deste fato. Assim, quando o consumidor não loca mais DVD, mas faz uma assinatura da Netflix, existe um impacto em termos de "preço": é muito mais barato ter a assinatura da Netflix do que alugar DVD.