Translate

29 abril 2018

Mais um Ebitda

A WeWork é uma empresa que aluga espaços desvalorizados para reformá-los e sublocar como escritórios para empresas de pequeno porte ou freelancers por um dia ou um mês. Há quatro anos, a empresa tinha 7 mil associados; hoje possui 220 mil. Mas este crescimento não tem sido suficiente para acompanhar o crescimento nas despesas, conforme o gráfico a seguir:

Para resolver este problema com potenciais investidores, a empresa lançou mão do Ebitda. O Ebitda é uma medida que consegue milagre de transformar o prejuízo em lucro, retirando da medida de desempenho contábil uma grande quantidade de despesa. Pronto, administradores felizes, por mostrarem resultado positivo (e em alguns casos, recebendo até bônus de desempenho) e investidores tranquilos, pois alocaram recursos (muitos vezes que não eram deles) em uma empresa que está “gerando caixa”. Mas para a WeWork parece que o lucro não resolve. Para isto criou o “community adjusted ebitda”. Uma inovação, onde além de tirar a despesa de depreciação, os impostos e ojuros, a empresa também deixa de considerar as despesas de marketing, design e administração.

Uma explicação (?) interessante foi publicada aqui:

De fato, avaliar o WeWork por métricas convencionais é perder o ponto, de acordo com [o diretor executivo Adam] Neumann. A WeWork não é realmente uma empresa imobiliária. É um estado de consciência, ele argumenta, uma geração de empreendedores emocionalmente inteligentes interconectados.

28 abril 2018

Rir é o melhor remédio

A New Yorker é uma revista conhecida pelos artigos e, talvez principalmente, pelos cartoons. Neste quesito, regularmente publica um cartoon sem palavras e pede que as pessoas preencham a cena com palavras. É o New Yorker Cartoon Caption Contest. Para isto é necessário um bom senso de humor e percepção do significado do desenho. E no mínimo 13 anos de idade.

Uma garota de nove anos de idade fez alguns destes e começou a fazer sucesso no twitter. A New Yorker divulgou o seguinte vídeo com ela:

27 abril 2018

Um problema de Custo

Em 2013, um grande incêndio em Dhaka, Bangladesh, matou 1.100 empregados de uma fábrica de roupas. Diante dos números, os varejistas dos países desenvolvidos resolveram pressionar por inspeção no trabalho por parte do governo para as 2 mil fábricas.

Desde então, o preço do algodão aumentou em 20%, mas o câmbio se manteve estável. Com base nestas informações, poderíamos imaginar que o preço do vestuário tenha aumentado: maior custo de produção (em razão do aumento das exigências de segurança decorrente do acordo assinado anteriormente e aumento no preço do insumo).

Um lógica simples que qualquer aluno de custo acha óbvia. Mas não foi isto que ocorreu. O gráfico abaixo mostra o preço da peça de algodão diminuiu. Qual a razão?

Resposta:

A queda nos preços nos últimos cinco anos ressalta a dinâmica em jogo na cadeia global de fornecimento de vestuário. À medida que as vendas de roupas se tornam cada vez mais concentradas nas mãos de grandes varejistas multinacionais que fazem pedidos gigantescos, o poder do comprador - e a capacidade de reduzir os custos de uma peça de roupa - também se torna cada vez mais concentrado.

Smartphone e desempenho escolar

Um estudo mostrou existir uma relação de causa-efeito entre o uso de telefone celular e desempenho escolar. 

(...) Um aumento de um desvio padrão no uso diário do smartphone produz uma diminuição nas pontuações médias do exame de cerca de um ponto.

O estudo foi realizado em duas universidades belgas.  Vide aqui

Rir é o melhor remédio






do Campeonato Europeu de Empilhamento de Pedras.

(Talvez não seja bem um "rir é o melhor remédio" já que os participantes parecem levar bem a sério a competição. E provavelmente deve ser muito difícil fazer tais empilhamentos.)

26 abril 2018

Uma boa e uma ruim 2

Com respeito a postagem anterior (escrita na noite de quarta) e referente ao PL 7448/17, o G1 publicou a seguinte informação:

Aprovado no Congresso, o projeto muda a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. Críticos, como a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, dizem que a proposta incluía "retrocessos" e favorecia a impunidade. TCU e Ministério Público chegaram a pedir o veto integral do projeto. Apoiadores, como o presidente da Escola Nacional de Administração Pública, Francisco Gaetani, afirmam que o projeto dá mais segurança para a tomada de decisões pelos gestores públicos. (...) O veto do presidente atende, por exemplo, ao ponto mais questionado pelo TCU, o artigo 25. O artigo permitiria que se solicitasse uma autorização do Judiciário para um ato administrativo, mesmo antes de uma avaliação pelos órgãos de controle.