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27 abril 2018

Smartphone e desempenho escolar

Um estudo mostrou existir uma relação de causa-efeito entre o uso de telefone celular e desempenho escolar. 

(...) Um aumento de um desvio padrão no uso diário do smartphone produz uma diminuição nas pontuações médias do exame de cerca de um ponto.

O estudo foi realizado em duas universidades belgas.  Vide aqui

Rir é o melhor remédio






do Campeonato Europeu de Empilhamento de Pedras.

(Talvez não seja bem um "rir é o melhor remédio" já que os participantes parecem levar bem a sério a competição. E provavelmente deve ser muito difícil fazer tais empilhamentos.)

26 abril 2018

Uma boa e uma ruim 2

Com respeito a postagem anterior (escrita na noite de quarta) e referente ao PL 7448/17, o G1 publicou a seguinte informação:

Aprovado no Congresso, o projeto muda a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. Críticos, como a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, dizem que a proposta incluía "retrocessos" e favorecia a impunidade. TCU e Ministério Público chegaram a pedir o veto integral do projeto. Apoiadores, como o presidente da Escola Nacional de Administração Pública, Francisco Gaetani, afirmam que o projeto dá mais segurança para a tomada de decisões pelos gestores públicos. (...) O veto do presidente atende, por exemplo, ao ponto mais questionado pelo TCU, o artigo 25. O artigo permitiria que se solicitasse uma autorização do Judiciário para um ato administrativo, mesmo antes de uma avaliação pelos órgãos de controle.

Cars e Trucks

Um gráfico interessante mostra que a venda de cars apresenta queda constante nos Estados Unidos em comparação a venda de "truck". Nesta última categoria estão as pickups, vans, SUVs, incluindo as SUVs compactas.

Medalha John Bates 2018

A medalha John Bates deste ano foi destinada a Parag Pathak por trabalhos com desenho de mecanismo. A medalha é dada para economistas com menos de 40 anos. O trabalho de Pathak envolveu um problema corriqueiro: como deve ser o processo de alocação das crianças nas escolas públicas. É um problema parecido com um candidato que está prestando vestibular: se colocar sua opção para um curso muito procurado, corre o risco de não passar. Sua escolha deve ser o risco de tentar o curso dos sonhos ou simplesmente escolher um curso menos procurado? Ou de uma pessoa que está escolhendo um potencial namorado no Tinder. A origem disto está no algoritmo Gale Shapley.

Por uma coincidência (?) criei este exemplo para a aula do doutorado de Economia da Informação (1) que corresponde ao processo de escolha de três candidatos fictícios para o doutorado (Vítor, Tiago e Paulo) por parte dos orientadores fictícios (Rodrigo, César e Jorge).

Vamos considerar que neste processo seletivo o professor escolhe o orientando. Este é, por sinal, o mecanismo usual na pós-graduação. Como Vítor é disputado por Rodrigo e César, mas tem preferência por Rodrigo, a escolha seria Rodrigo escolher Vitor. Então, César será o orientador de Paulo e Jorge de Tiago. (Primeira parte da figura acima)

Mas esta solução é ruim para os alunos. Vitor ficou com sua segunda escolha; Tiago com a última e Paulo com a segunda também. Se o critério fosse o aluno escolher teríamos a seguinte combinação (segunda parte da figura): o candidato Tiago escolhe Rodrigo; como o professor Jorge é a primeira preferência de Vitor e Paulo, mas o professor César é a segunda opção de Paulo, teríamos o aluno Vitor sendo orientado por Jorge e Paulo por César

Dois alunos ficariam com a primeira escolha e um com a segunda. Para os orientadores, Rodrigo, César e Jorge ficariam com a segunda escolha. A inversão do processo permitiu um melhor emparelhamento orientando-orientador.


(1) Estou na dúvida sobre qual foi a obra que inspirou este exemplo. Fry, H. (2015). The mathematics of love: Patterns, proofs, and the search for the ultimate equation. Simon and Schuster ou Oyer, P. (2014). Everything I ever needed to know about economics I learned from online dating. Harvard business review Press. Na dúvida, cito os dois. 

Uma boa e uma ruim

Duas notícias recentes sobre projetos de lei para área pública.

Nesta semana, o Senado aprovou um projeto que apresenta uma novidade: a obrigação do governo de fazer uma revisão anual dos gastos públicos.

"Diversos países da OCDE institucionalizaram planos de revisão periódica de gastos públicos após a crise financeira de 2007. Na literatura internacional especializada, esses planos são conhecidos como "Spending Reviews". Este plano de revisão de gastos nada mais é do que um processo transparente de elaboração e adoção de medidas de criação de poupança", afirmou no texto.


Aparentemente uma evolução. Mas o PL 7448/17, prestes para ser sancionado, parece algo mais preocupante. Primeiro, há uma denúncia de que o parecer do relator foi encomendado por advogados de empreiteiras. Mais ainda, segundo a análise de Selene Nunes, o projeto é uma forma de descumprir a LRF, entre outras normas. Selene Nunes chama a atenção, entre outros fatos, da tramitação estranha:

O mais surpreendente é que uma legislação com impacto tão amplo seja adotada contrariando seu próprio princípio de previsão das consequências. O PL tramitou sem votação em Plenário da Câmara dos Deputados e sem audiências públicas para discutir os impactos. Mesmo no Senado, onde ocorreu uma única audiência pública, apenas representantes do Poder Executivo foram convidados a opinar.

Mais sobre o futebol português

Descrevemos aqui um caso que envolve arbitragem, invasão de e-mails, uso de senha do sistema de judiciário português e acusações de compra de resultados. Os problemas envolviam os três principais clubes portugueses, o Benfica, o Sporting e o Porto.

Para ter divulgado e-mails comprometedores sobre seu adversário, o Porto aparentemente lançou mão de hackers, que invadiram os computadores dos adversários. Agora, Sporting e Benfica querem uma indenização do clube:

Sporting Lisboa e Benfica deu entrada com uma ação judicial contra o FC Porto onde reclama uma indemnização de 17,7 milhões de euros, no âmbito do chamado “Caso dos mails”, mas o jornal “A Bola” noticia que estão mais ações em preparação, cujo valor global pode ultrapassar os 50 milhões de euros.

A ação judicial intentada pelo Benfica já deu entrada no Tribunal Cível do Porto e decorre da decisão do Tribunal da Relação do Porto em dar provimento à providência cautelar e proibir a divulgação de mais mensagens de correio eletrónico do Benfica por elementos do FC Porto.