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16 abril 2018

Em Causa Própria

Enquanto o contribuinte normal tem até o final de abril para declarar (e eventualmente pagar mais do que já pagou) o imposto de renda, a vida é um pouco diferente para os políticos. A tabela mostra, parcialmente, os benefícios que alguns parlamentares terão com o novo Refis. Os dados são da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e mostram que eles legislam em causa própria. O relator da proposta, Newton Cardoso Jr, irá pagar somente 8% da sua dívida (que inclui as empresas da família). Mas existem outros exemplos de parcelamento privilegiado.

Rir é o melhor remédio

Clichê de turista

15 abril 2018

Previsão de Tesla

Nikola Tesla é um ídolo de vários cientistas. Em 1926 ele deu uma entrevista para a revista Collier e fez algumas previsões para o futuro. A mais interessante delas: a existência da comunicação sem fio, através de um aparelho que caberia no bolso.

Seremos capazes de testemunhar e ouvir eventos - a inauguração de um Presidente, o jogo de um jogo da série mundial, a destruição de um terremoto ou o terror de uma batalha - como se estivéssemos presentes.


É bem verdade que Tesla defendeu a eugenia.

(A ilustração é de WK Haselden, publicada no Daily Mirror em 1919)

14 abril 2018

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Saneamento como resposta

Eis uma pesquisa interessante com crianças da Índia:. Em geral as crianças muçulmanas possuem maior expectativa de vida, apesar dos muçulmanos terem menor renda, educação e acesso aos serviços públicos, quando comparados aos hindus. Dois pesquisadores propuseram uma resposta a esse fato intrigante. Para isso, ao invés de olhar o dado individual, eles observaram a vizinhança. Quando a vizinhança é muçulmana, os bebês, mesmo os hindus, tendem a ter maior expectativa de vida.

Mas isto não é uma resposta.

Segundo os autores, a questão talvez esteja no saneamento:

Os hindus são 25 pontos percentuais mais propensos a defecar em campos abertos, arbustos ou estradas próximas, do que a população muçulmana mais pobre.

Pemex

Enquanto a Aramco, a estatal de petróleo da Arábia Saudita, divulga os primeiros resultados, com um lucro de 34 bilhões de dólares nos primeiros meses de 2017, outra estatal, com uma grande quantidade de reservas, também apresentava números gigantescos: a Petroleos de Mexico (Pemex).

Com oitenta anos de vida, a empresa apresentou um prejuízo de 22 bilhões de dólares no quarto trimestre de 2017 (dados obtidos aqui), mesmo o aumento no preço internacional do petróleo. A empresa possui dívida de 125 bilhões de dólares - era de 80 bilhões em 2012 - e isto ajuda a explicar o resultado ruim, em um momento de melhoria do mercado. Por este motivo, as receitas da empresa aumentaram em 30%. Dois outros fatores ajudam a explicar o desempenho ruim: câmbio e regras contábeis.

Assim como a estatal brasileira, a Pemex teve muitas mudanças de gestão: três em cinco anos. Mas o desempenho produtivo da Pemex lembra mais a PDVSA: a produção caiu para 1,95 milhões de barris, o menos nível desde 1980.

Um fato curioso que reflete a má gestão da empresa: um dos seus grandes problemas é o roubo de combustível, feito por criminosos com ajuda de empregados da empresa. O valor estimado em 30 bilhões de pesos ou 1,6 bilhão/ano.

GE e os novos números

A General Electric anunciou ontem (sexta) a estimativa dos efeitos da republicação das demonstrações contábeis de 2016 e 2017. Os novos valores afetaram o lucro da empresa destes anos, assim como os valores dos ativos. As novas demonstrações devem ser divulgadas ainda em abril, mas não deve afetar os contratos de longo prazo da empresa nem o fluxo de caixa. As estimativas do lucro para 2018 também não devem ser alteradas.

A republicação é um reflexo do padrão Fasb de reconhecimento da receita. Recentemente a empresa admitiu problemas com sua contabilidade.

O novo padrão contábil rege a forma como as empresas estimam e reconhecem a receita de contratos de longo prazo, e é projetado para fazer com que o fluxo de caixa de uma empresa se aproxime mais de sua renda, disseram especialistas em contabilidade e analistas.

O padrão anterior permitia que as empresas reconhecessem a receita futura de tais contratos mais rapidamente. O novo padrão transfere a receita para mais tarde na duração do contrato, disseram analistas.

As empresas geralmente usam o custo de fornecer serviços como base para estimar a receita futura dos contratos, mas o processo pode levar a subestimar ou subestimar o valor dos contratos como ativos no balanço patrimonial, dizem os especialistas.