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03 abril 2018

Sabedoria sobre o mundo atual

O futuro do texto será multimodal, embora não exclusivamente. Os incômodos que a academia revela em face das novidades digitais se justificam apenas em termos de comprometer a qualidade da argumentação, estudo, pesquisa, leitura, mas que podemos, perfeitamente, preservar em ambientes multimodais. Muito da reação é apenas tradicionalismo, coibindo oportunidades que, mais cedo ou mais tarde, serão comuns, porque o mundo digital veio para ficar. A melhor atitude é buscar fazer bem.

Como vamos viver imersos na digitalidade – os adolescentes já o fazem – é impraticável fugir do assunto: conhecimento também será afetado por tais ambientes. Como tudo é ambíguo, temos, ao lado de grandes oportunidades, também grandes riscos. Antes, tudo vinha no papel. Agora vem na tela. Para uns, maneja-se melhor um texto no papel; para outros, na tela. Questão talvez de hábito. Em termos mais práticos, a multimodalidade pode alargar muito as chances de argumentar, porque dispõe de muitos recursos audiovisuais aproveitáveis, tornando o texto mais fluido, flexível, manejável, além de atraente e motivador.

(Pedro Demo, via aqui). Postei o seguinte comentário: "Como docente no ensino superior, estou confuso e tentando adaptar ao mundo moderno. Gosto muito da Wikipedia e uso vídeos de comerciais em sala de aula do doutorado."

Tempo para Facebook?

Notícia do G1 reproduz as palavras do executivo Mark Zuckerberg, que afirmou que o Facebook precisará de "alguns anos" para resolver os problemas de privacidade. O executivo defendeu o modelo de negócios da empresa, que está sob ataque depois das denúncias de falta de privacidade dos dados dos usuários, além da crítica de Tim Cook, executivo da Apple.

Zuckerberg afirmou que um dos problemas do Facebook é seu "idealismo", concentrando-se nos aspectos positivos de conectar as pessoas, e que "não passamos tempo suficiente investindo ou pensando em alguns dos usos negativos das ferramentas".

Buffett e a Contabilidade

Em 1993, o investidor Warren Buffet fez uma palestra na Universidade de Nebraska, onde teceu comentários sobre a importância da contabilidade (e de entender a contabilidade) no mundo dos negócios:




Eu recebi uma excelente educação aqui, eu estava contando ao reitor que a coisa mais valiosa que aprendi aqui, eu aprendi muito, mas a mais valiosa foi a contabilidade e nós tívemos um professor maravilhoso chamado Gray Dean. (...) As pessoas me perguntam qual a minha opinião sobre a escola de administração e como, ou até mesmo se elas não estudaram na faculdade de administração, o que precisariam saber antes de entrar no mundo dos negócios. Eu digo a eles que você precisa.

Você tem que entender que a contabilidade é a linguagem da mídia. Seria como estar em um país estrangeiro sem conhecer a língua, se você está nos negócios e não entende contabilidade.

Rir é o melhor remédio






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02 abril 2018

Contador e jogador de xadrez

Um dos maiores jogadores do mundo, talvez o maior jogador “amador” do mundo, foi também contador. Samuel "Sammy" Reshevsky, nascido em 1911, foi grande mestre e chegou a disputar o título de campeão mundial, além de ter sido campeão dos Estados Unidos por oito vezes.

Foi uma criança prodígio (vide fotografia)

Reshevsky graduated from the University of Chicago in 1934 with a degree in accounting and supported himself and his family by working as an accountant. (Fonte: Aqui)

Ucrânia x PwC

Em 2017 postamos aqui que a Ucrânia poderia banir a PwC pelo trabalho realizado no Privat Bank. Na ocasião a notícia era que o Banco Central encontrou problemas no banco e na auditoria feita pela PwC, o que levou o banco central do país a reforçar o capital do Privat Bank em 1,5 bilhão.

Pois bem, o governo de Kiev não somente proibiu a PwC de auditar bancos da Ucrânia em razão dos problemas encontrados no PrivatBank. Agora o governo anunciou que está processando a PwC da Ucrânia e do Chipre num valor de 5 bilhões de dólares, que corresponde, aproximadamente, ao valor do déficit encontrado no banco privado. Segundo as investigações, 95% dos empréstimos concedidos estavam vinculados as empresas dos acionistas.

A Máquina

Sobre a série da Netflix O Mechanismo, a Bloomberg analisou o grande problema:

Parte do problema é a densidade de detalhes em um caso que mergulha em camadas sobrepostas de autoridades governamentais, partidos políticos, marcas corporativas e instituições policiais, de auditoria e de supervisão financeira. Talvez para deixar os espectadores não-iniciados atualizados, Padilha reúne boa parte desta série de oito episódios com narração de fora da câmera, contando a história em vez de mostrá-la.
Outro problema é a dose extra de licença poética que Padilha [o diretor] usa para acelerar o ritmo. Embora "inspirado em fatos reais", "O Mecanismo" muda nomes, embaralha datas e embeleza personagens, começando com o ex-policial bipolar que conduz secretamente a investigação de sua garagem, como um deus ex machina.

Isto não significa que não vale a pena assistir. Pelo contrário. Com a nota 9,2 no IMDB mostra, a série possui muitas qualidades. O fato de ter trocado uma fala - um pecado mortal para aqueles que não gostam dos fatos narrados na série - é um mero detalhe.

Como somos um blog de contabilidade é bom lembrar que a série destaca o papel do contador na descoberta do esquema de corrupção. (Foto: Carolina Abras, no papel Verena Cardoni)