Em 1993, o investidor Warren Buffet fez uma palestra na Universidade de Nebraska, onde teceu comentários sobre a importância da contabilidade (e de entender a contabilidade) no mundo dos negócios:
Eu recebi uma excelente educação aqui, eu estava contando ao reitor que a coisa mais valiosa que aprendi aqui, eu aprendi muito, mas a mais valiosa foi a contabilidade e nós tívemos um professor maravilhoso chamado Gray Dean. (...) As pessoas me perguntam qual a minha opinião sobre a escola de administração e como, ou até mesmo se elas não estudaram na faculdade de administração, o que precisariam saber antes de entrar no mundo dos negócios. Eu digo a eles que você precisa.
Você tem que entender que a contabilidade é a linguagem da mídia. Seria como estar em um país estrangeiro sem conhecer a língua, se você está nos negócios e não entende contabilidade.
03 abril 2018
02 abril 2018
Contador e jogador de xadrez
Um dos maiores jogadores do mundo, talvez o maior jogador “amador” do mundo, foi também contador. Samuel "Sammy" Reshevsky, nascido em 1911, foi grande mestre e chegou a disputar o título de campeão mundial, além de ter sido campeão dos Estados Unidos por oito vezes.
Foi uma criança prodígio (vide fotografia)
Reshevsky graduated from the University of Chicago in 1934 with a degree in accounting and supported himself and his family by working as an accountant. (Fonte: Aqui)
Foi uma criança prodígio (vide fotografia)
Reshevsky graduated from the University of Chicago in 1934 with a degree in accounting and supported himself and his family by working as an accountant. (Fonte: Aqui)
Ucrânia x PwC
Em 2017 postamos aqui que a Ucrânia poderia banir a PwC pelo trabalho realizado no Privat Bank. Na ocasião a notícia era que o Banco Central encontrou problemas no banco e na auditoria feita pela PwC, o que levou o banco central do país a reforçar o capital do Privat Bank em 1,5 bilhão.
Pois bem, o governo de Kiev não somente proibiu a PwC de auditar bancos da Ucrânia em razão dos problemas encontrados no PrivatBank. Agora o governo anunciou que está processando a PwC da Ucrânia e do Chipre num valor de 5 bilhões de dólares, que corresponde, aproximadamente, ao valor do déficit encontrado no banco privado. Segundo as investigações, 95% dos empréstimos concedidos estavam vinculados as empresas dos acionistas.
Pois bem, o governo de Kiev não somente proibiu a PwC de auditar bancos da Ucrânia em razão dos problemas encontrados no PrivatBank. Agora o governo anunciou que está processando a PwC da Ucrânia e do Chipre num valor de 5 bilhões de dólares, que corresponde, aproximadamente, ao valor do déficit encontrado no banco privado. Segundo as investigações, 95% dos empréstimos concedidos estavam vinculados as empresas dos acionistas.
A Máquina
Sobre a série da Netflix O Mechanismo, a Bloomberg analisou o grande problema:
Parte do problema é a densidade de detalhes em um caso que mergulha em camadas sobrepostas de autoridades governamentais, partidos políticos, marcas corporativas e instituições policiais, de auditoria e de supervisão financeira. Talvez para deixar os espectadores não-iniciados atualizados, Padilha reúne boa parte desta série de oito episódios com narração de fora da câmera, contando a história em vez de mostrá-la.
Outro problema é a dose extra de licença poética que Padilha [o diretor] usa para acelerar o ritmo. Embora "inspirado em fatos reais", "O Mecanismo" muda nomes, embaralha datas e embeleza personagens, começando com o ex-policial bipolar que conduz secretamente a investigação de sua garagem, como um deus ex machina.
Isto não significa que não vale a pena assistir. Pelo contrário. Com a nota 9,2 no IMDB mostra, a série possui muitas qualidades. O fato de ter trocado uma fala - um pecado mortal para aqueles que não gostam dos fatos narrados na série - é um mero detalhe.
Como somos um blog de contabilidade é bom lembrar que a série destaca o papel do contador na descoberta do esquema de corrupção. (Foto: Carolina Abras, no papel Verena Cardoni)
Parte do problema é a densidade de detalhes em um caso que mergulha em camadas sobrepostas de autoridades governamentais, partidos políticos, marcas corporativas e instituições policiais, de auditoria e de supervisão financeira. Talvez para deixar os espectadores não-iniciados atualizados, Padilha reúne boa parte desta série de oito episódios com narração de fora da câmera, contando a história em vez de mostrá-la.
Outro problema é a dose extra de licença poética que Padilha [o diretor] usa para acelerar o ritmo. Embora "inspirado em fatos reais", "O Mecanismo" muda nomes, embaralha datas e embeleza personagens, começando com o ex-policial bipolar que conduz secretamente a investigação de sua garagem, como um deus ex machina.
Isto não significa que não vale a pena assistir. Pelo contrário. Com a nota 9,2 no IMDB mostra, a série possui muitas qualidades. O fato de ter trocado uma fala - um pecado mortal para aqueles que não gostam dos fatos narrados na série - é um mero detalhe.
Como somos um blog de contabilidade é bom lembrar que a série destaca o papel do contador na descoberta do esquema de corrupção. (Foto: Carolina Abras, no papel Verena Cardoni)
01 abril 2018
Psicologia no McDonald´s
Um texto do MarketWatch mostra como o McDonald´s está usando a psicologia para "ajudar" você nas decisões. O objetivo da rede é aumentar as receitas e o lucro e para isto a empresa contratou um consultor para usar as pesquisas na área de decisão para "oferecer melhores produtos e serviços".
Entre outras coisas, a rede de fast-food "ancora" a decisão, com fotos produzidas das ofertas, geralmente os produtos mais lucrativos. Estas fotografias estão perto da entrada, já que as pessoas tendem a seguir as primeiras opções apresentadas (efeito prime) quando tomam decisão. Nas fotos não são colocados os preços, para reduzir a dor do gasto (aversão à perda). Além disto, a empresa está usando animações sutis para direcionar os olhos para as opções mais caras. E que direcionam para os novos produtos, combatendo o viés do status quo. Para isto a rede manipula a exibição dos itens novos, reduzindo o tempo de exibição dos itens tradicionais (arquitetura de escolha).
Para evitar o sentimento de culpa, a empresa cria o "halo saudável", com fotos de salada ou água engarrafada (saudável?), o que induz a sensação de que o menu da empresa é saudável. Assim, a empresa coloca uma fatia de maçã junto com a batata frita. Um efeito comprovado do "menu saudável" é a tendência a pedir sobremesas calóricas ou batata frita.
Entre outras coisas, a rede de fast-food "ancora" a decisão, com fotos produzidas das ofertas, geralmente os produtos mais lucrativos. Estas fotografias estão perto da entrada, já que as pessoas tendem a seguir as primeiras opções apresentadas (efeito prime) quando tomam decisão. Nas fotos não são colocados os preços, para reduzir a dor do gasto (aversão à perda). Além disto, a empresa está usando animações sutis para direcionar os olhos para as opções mais caras. E que direcionam para os novos produtos, combatendo o viés do status quo. Para isto a rede manipula a exibição dos itens novos, reduzindo o tempo de exibição dos itens tradicionais (arquitetura de escolha).
Para evitar o sentimento de culpa, a empresa cria o "halo saudável", com fotos de salada ou água engarrafada (saudável?), o que induz a sensação de que o menu da empresa é saudável. Assim, a empresa coloca uma fatia de maçã junto com a batata frita. Um efeito comprovado do "menu saudável" é a tendência a pedir sobremesas calóricas ou batata frita.
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