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08 março 2018

Impacto econômico da discriminação de gênero

O estatístico Rafael Ribeiro dos Santos decidiu calcular o impacto econômico da discriminação de gênero no mercado de trabalho brasileiro. Agora mestre em economia pelo Insper (São Paulo), o pesquisador descobriu que uma média salarial mais baixa para as mulheres reduz o crescimento do país.

De acordo com os resultados de sua tese, entre 2007 e 2014, cada 10% de aumento na diferença entre salários reduziu em cerca de 1,5% a expansão do PIB per capita dos municípios brasileiros.

Para chegar a esse percentual, o estatístico utilizou dados do mercado formal de trabalho da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), e isolou o impacto de outros fatores que influenciam salários, como escolaridade, ocupação, tempo de empresa, raça e religião. Logo, as diferenças salariais encontradas não podiam ser explicadas porque o homem era mais qualificado do que a mulher, por exemplo.

Segundo informações veiculadas pelo jornal Folha de S. Paulo, entre todas as capitais do país, Curitiba tinha a maior diferença salarial entre homens e mulheres em 2007, seguido de Manaus e São Paulo.

Em números, isso significa que, em Curitiba, o sexo do trabalhador explicava 28% da diferença em remuneração entre mulheres e homens em 2007. A menor diferença foi observada em Boa Vista, de 11,3%.

Para se ter uma ideia do efeito econômico que isso causa, caso São Paulo, que exibia um indicador de 23% em 2007, tivesse uma média menor como a de Florianópolis, de 15,4%, no mesmo ano, a renda média dos paulistanos subiria de R$ 52.797 para R$ 53.258 em 2014.

Enquanto essa diferença de remuneração tem diminuído ao longo do tempo em vários países, incluindo o Brasil, diversas outras pesquisas chegaram a conclusões semelhantes.
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Fonte: Aqui

Como é trabalhar com contabilidade na Irlanda

A Thavane trabalha com contabilidade desde os 16 anos. Ela chegou a trabalhar em uma multinacional aqui no Brasil, mas não falava nada de inglês e sentiu falta disso. Ela escolheu ir estudar a língua por um ano na Irlanda...

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07 março 2018

Carillion em três gráficos

Três gráficos interessantes que mostram a situação da empresa inglesa Carillion, que enfrenta dificuldade e durante as últimas demonstrações aparentemente manipulou seus números. Um relatório do final do ano passado já comentava que a empresa estava fazendo esta prática.




Resenha: Contabilidade Pública 3D

O livro Contabilidade Pública 3D, escrito por Giovanni Pacelli, foi publicado recentemente pela editora JusPodivm. A obra não se declara como sendo específica para quem estuda para concursos, mas o que nos faz remeter a isso são as questões apresentadas, que têm como fonte provas de concursos públicos. Pessoalmente acredito que um dos maiores problemas com materiais para o concursando é a quantidade de plágio, então é refrescante encontrar um material que cita as fontes com clareza e consideração.

Por que talvez não considerar a obra apenas para quem estuda para concursos? Porque o livro apresenta muito bem toda a matéria necessária para um curso de Contabilidade Pública. O autor concluiu recentemente o doutorado em Ciências Contábeis e isso claramente afeta a didática do livro. Como alguém acostumado a publicar em áreas acadêmicas assim como para o público concursando, a obra casou os dois públicos da melhor forma possível.

Outro aspecto interessante foi a adoção de “corolários” que, segundo o autor, foram utilizados de forma inédita e pioneira. Esses corolários são o alicerce da obra e trazem uma abordagem diferente e atrativa. O desenrolar do livro é guiado por essas proposições, e achei essa estratégia interessante.

Na verdade, tenho muito a elogiar sobre o livro: está atualizado tanto em relação ao conteúdo, quanto à abordagem; há diversos quadros e figuras que resumem o que foi explicado ou esclarecem as ideias apresentadas; os exercícios já vêm com a solução logo após a sua apresentação - prefiro isso aos que exibem as respostas no fim da obra (especialmente quando o livro é grande); a diagramação é visualmente agradável - nada mais desencorajador do que abrir um livro e ver um design cansativo aos olhos e ao ânimo; há a possibilidade de assistir a explicação por vídeo, por meio de QR codes distribuídos em meio à matéria.

Vale a pena: Sim, se você tem interesse no assunto. Mas já aviso que é pesado: são quase 1.500 páginas.

Em tempo: Link para as erratas do livro: aqui.

Evidenciação: O livro foi adquirido pela autora da resenha com recursos próprios.