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02 março 2018

Censura

Recentemente o líder chinês obteve uma vitória pessoal: a possibilidade de exercer uma grande quantidade de mandatos. Com isso, Xi pode exercer mandatos infinitos. Alguns não gostaram e o governo começou a exercer uma censura contra aqueles que discordavam da decisão tomada.O engraçado, para quem está somente assistindo, é a extensão desta censura: abrange o Ursinho Pooh e a letra N, conforme vinculado no Estadão:


A limpeza incluiu a proibição de imagens do Ursinho Pooh – às vezes, Xi é comparado ao desenho – e a busca por termos suspeitos, como “meu imperador”, “longa vida” e “insensível”.

Por um momento, até a letra ocidental “N” foi censurada, segundo Victor Mair, professor da Universidade da Pensilvânia, para impedir que cientistas sociais manifestassem matematicamente sua dissidência com a fórmula N >2, na qual “N” significa o número de mandatos de Xi.

Atualizando as notícias

A Weinstein Co, que estava ameaçada de falência, pode ser salva por um acordo de aquisição.

O acordo foi alcançado após intensas negociações, nas quais participou a procuradoria-geral do estado de Nova Iorque, que no passado dia 11 de fevereiro apresentou uma queixa de direitos civis contra a empresa e os seus fundadores, os irmãos Harvey e Robert Weinstein.

Harvey Weinstein foi afastado da empresa em outubro do ano passado no seguimento de várias denúncias públicas de assédio e abuso sexual por dezenas de mulheres no meio cinematográfico.


O péssimo negócio feito pela Rio Tinto em uma mina de Moçambique pode gerar problemas legais na Austrália. Dois ex-executivos também estão sendo processados pelos efeitos contábeis nas demonstrações de 2011.

E o RBS? Depois de dez anos, sofrendo acusações de falsificar assinatura de clientes, entre outros pecados, o banco do Reino Unido reduziu os custos judiciais e apresentou lucro.

Resenha: Amor em tempos modernos

Dois livros com temáticas parecidas, o amor. “A Matemática do Amor” é uma adaptação da palestra TED de Hannah Fry, uma matemática londrina. Em 9 curtos capítulos e quase 140 páginas, o livrinho discute a beleza, a maximização de noitadas, os encontros virtuais, a matemática do sexo, qual o momento de parar (de namorar), como otimizar o casamento e a felicidade. Discutindo esses assuntos, Fry usa teoria dos jogos, a razão áurea na beleza (ela não acredita nisso), o algoritmo de Gale-Shapley, o problema da secretaria, entre outros conceitos. Na discussão quando uma pessoa deve parar e “sossegar o facho”, Fry usa o problema da secretaria para divulgar os famosos 38%. (Para quem não sabe, o melhor critério de escolha de uma secretaria é fazer entrevistas as primeiras candidatas até atingir os 38% das candidatas; a partir daí, a melhor candidata, quando comparada com as anteriores, deve ser escolhida e as entrevistas de emprego se encerram. Existem justificativas para este percentual).

O segundo livro é "Everything I Ever Needed to know about economics I Learned from Online
Dating", de Paul Oyer. Também é um livro curto, com 10 capítulos, onde cada capítulo aborda um assunto sob a ótica dos sites de namoro. Oyer é um economista em busca do seu par e explica alguns conceitos de economia a partir daí. Isto inclui teoria da pesquisa, "conversa fiada", externalidades, sinalização, discriminação, mercados e seleção adversa. A questão da externalidade é discutida sob a forma do efeito Facebook. Aqui Oyer lembra que o Facebook parece com o fato das casas de antigamente terem o telefone (ou fax): eu tenho o telefone para falar com meu amigo e só por isso vale a pena ter um telefone; e quanto mais pessoas possuírem telefone, mais interessante é ter o aparelho. O mesmo acontece com o Facebook: tenho perfil no Facebook para ter notícias dos amigos e dos conhecidos. Mas Oyer mostra que esta lógica é um pouco diferente para os sites de namoro: vou procurar os sites para encontrar novas pessoas.

Vale a pena? - Das duas obras, gostei mais da obra de Fry, talvez por ser mais abrangente. O livro dela também pode ser indicado para aqueles que acham que a matemática não tem nenhuma relação com a realidade. Mas em ambos encontrei exemplos interessantes que estarei usando na minha disciplina na próxima semana. 

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

01 março 2018

Moda e Plágio

Uma forma de defender uma ideia é através do direito autoral. O objetivo do direito autoral é incentivar a criatividade em certas indústrias, como é o caso da literatura ou da patente de um remédio. Muitas vezes esta questão de desvirtuada, como é o caso da Disney.

Uma das áreas onde não existe esta proteção é o setor de moda. E apesar de não existir uma "proteção autoral", o setor de moda continua sendo muito criativo. E por este motivo tem sido um contraponto na discussão da necessidade de existência de patente para que as pessoas sejam criativas. Eis um caso interessante, na área de moda, relatada pelo Animal Politco:

En 2015, la cantante Susana Harp denunció a través de sus redes sociales que en una tienda de San Diego se vendía una blusa típica de Santa María Tlahuitoltepec, Oaxaca, bajo la marca francesa Isabel Marant. La noticia se esparció y acusaron a la marca de plagio. La presión fue tal que la diseñadora francesa reconoció que efectivamente el diseño provenía de una comunidad mexicana y no pretendía adueñarse de él.

Aunque ese caso quizá fue uno de los más conocidos, no es el único. Ocho marcas de ropa, incluso internacionales, plagiaron diseños de comunidades indígenas de Oaxaca, Chiapas e Hidalgo, entre 2012 y 2017, de acuerdo con un análisis realizado por la organización Impacto.

Simples que não é Simples

O professor do Ibmec, Paulo Pêgas, mostra que o Simples não é tão simples como o nome diz:

Suponha uma empresa de comércio varejista de alimentos com receita bruta mensal na faixa de R$ 75 mil (R$ 900 mil/ano). Ela teria pagamento mensal de 8,2% de Simples, distribuído da seguinte forma: 0,74% de IR+CSLL; 1,27% de PIS+Cofins; 3,44% de CPP; e 2,75% de ICMS. Todavia, cerca de 2/3 das mercadorias foram adquiridas já com o ICMS cobrado por meio da substituição tributária, e alguns produtos (perfumaria, cosméticos, cervejas, refrigerantes entre outros) foram adquiridos também com PIS e Cofins já cobrados pela indústria com alíquota majorada, abarcando toda a cadeia produtiva. Em síntese, a legislação permite a esta empresa comercial separar seus produtos em três tipos:

• em torno de 2/3 das vendas è aplicar alíquota de 5,45% (sem o ICMS);

• bebidas, perfumaria e cosméticos è aplicar alíquota de 4,18% (sem ICMS, PIS e Cofins); e

• demais mercadorias è aplicar alíquota cheia de 8,2%.

É difícil imaginar uma empresa varejista desse porte fazendo toda essa segregação em suas vendas. Se não fizer, deverá pagar R$ 73.800/ano de Simples. Se conseguir separar, poderá economizar entre R$ 16 mil e R$ 20 mil dependendo do seu mix de vendas.


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CVM multa Grupo Silvio Santos em caso Panamericano

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) multou em um total de R$ 52,97 milhões o banco Panamericano (atual Pan), a Silvio Santos Participações e outros 17 ex-administradores, conselheiros e membros de comitês da instituição, em caso que apurou irregularidades de ex-administradores e conselheiros do banco. Também inabilitou temporariamente quatro dos executivos acusados para o exercício de cargo de administrador em companhia aberta.

O processo teve inúmeras acusações, que incluíram fraudes a demonstrações financeiras e no sistema de provisão para devedores duvidosos. Também analisou as informações sobre a companhia no prospecto definitivo da oferta de ações do banco em 2007 e o recebimento de vantagem indevida por parte dos executivos. A CVM analisou, ainda, a conduta dos conselheiros e membros do comitê de auditoria nos casos.


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