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06 fevereiro 2018

Falência da GE?

Recentemente a empresa GE anunciou um prejuízo trimestral e informou que estava sendo investigada pela SEC por problemas contábeis. Mais do que um escândalo contábil, o desempenho nos últimos anos da empresa pode induzir a provável falência da empresa. Isto é surpreendente para uma multinacional que figura entre as maiores empresas dos Estados Unidos há anos, com receitas de 124 bilhões de dólares, ativos de 365 bilhões e um patrimônio líquido de 76 bilhões. São quase 300 mil empregados e atuação em diversos setores.

Este blog fez uma análise da empresa da seguinte forma: se retirar o goodwill do ativo, o PL da empresa ficaria em 40 bilhões, negativo. O gráfico do preço das ações da empresa mostra, a partir de 2008, um crescimento até 2016, quando o preço começa a cair. Mas o preço da ação não garante que a empresa pode falir.

Usando este sítio obtive o Altman Z-Score. Este índice mede a chance de falência da empresa a partir de indicadores calculados por Altman. É uma medida controversa, mas muito usada na prática. O Z-Score da GE é de 1,41, estando na “distress zones”. Ou seja, há um risco efetivo de falência da empresa. Entre as empresas concorrentes, a GE é aquela que possui menor Z-Score, ou seja, com mais chances de falência.

Processo pela Auditoria da Steinhoff

Em dezembro postamos aqui sobre a empresa Steinhoff e seus problemas financeiros e contábeis. O caso chamou a atenção do regulador do mercado de capitais da África do Sul, sede da empresa. E agora entram em campo os advogados. Segundo notícia do Accountancy Age, a empresa de advocacia da holanda Barents Krans começou um processo contra a empresa. Mas como tem sido comum nos últimos tempos (e a exemplo do que ocorreu com a Petrobras), o caso também sobra para o auditor, no caso da Deloitte.

Segundo os advogados, a auditoria não informou as irregularidades contábeis que impediram a empresa de varejo de publicar suas demonstrações contábeis de 2016 e 2017. Além disto, o The Independent Regulatory Board for Auditors também está investigando o trabalho da Deloitte.

Apesar do processo ter começado na Holando, os acionistas de qualquer lugar do mundo podem participar. O advogado da BarentsKrans cita, como argumento, a queda nos preços das ações da empresa, de mais de 80% desde dezembro (gráfico acima). Isto demostraria que os problemas da empresa não eram de conhecimento do mercado. Além do processo, a Deloitte sofre com a desconfiança da própria Steinhoff, que contratou a PwC para revisar sua contabilidade.

Interesse de quem?

Como parte do acordo feito pela Petrobras nos Estados Unidos para encerrar a ação coletiva os acionistas, a empresa de auditoria PwC irá pagar 50 milhões de dólares. A PwC é o auditor da empresa. Os acionistas compraram ações da empresa entre 2010 e 2015.

Uma das frases, registrada neste site, é a seguinte:

"O acordo garante a prestação de contas para aqueles cujo dever é proteger os interesses dos acionistas, e não dos seus clientes corporativos" Jeremy Lieberman)

Marketing multinível

Rir é o melhor remédio

05 fevereiro 2018

Ciência e o senso comum

Três pesquisas distintas mostram como a ciência pode ajudar a mudar nossas crenças. Primeira, um alerta da US Department of Health and Human Services' National Toxicology Program informa que o celular não causa mal para saúde das pessoas. Estranhamente, os ratos expostos aos sinais de celular viveram mais que o grupo de controle. Os pesquisadores ainda não sabem a razão disto.

O segundo é a afirmação que existia controle de armas no velho oeste. Algumas cidades proibiam o porte de armas e suas leis eram mais restritivas que as atuais.

Finalmente, e mais surpreendente, apesar da meditação ter a fama de deixar as pessoas calmas, ela não faz com que as pessoas sejam melhores. A meditação corresponde a um efeito placebo.