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04 fevereiro 2018

Ajude o ambiente, seja vegano

No livro "Quando Roubar um Banco", de Levitt e Dubner (autores de Freakonomics) uma informação realmente impressionante.Antes de mais nada o livro trata de uma coletânea de artigos publicados no blog dos autores. Em um texto, sobre a questão do aquecimento global, McWilliams faz uma crítica aos ambientalistas e suas propostas de combater o aquecimento global. Eis um trecho com o argumento de McWilliams:

o veganismo representa o caminho mais eficaz para conter as mudanças climáticas globais. Os elementos de comprovação nesse sentido são respeitáveis. Segundo o estudo, cultivar uma dieta vegana é sete vezes mais eficiente na redução das emissões do que optar por uma dieta com base em carne de produção local. Uma dieta vegana global (de colheitas convencionais) reduziria as emissões em 87% em comparação com os meros 8% no caso de "carne e laticínios sustentáveis"


O ponto central do argumento é que a dieta vegana reduziria as emissões provocadas pela pecuária, a maior fonte de emissão de gás carbônico metano. Mas por que os ambientalistas não chamam a atenção para este fato? A razão estaria, entre outros pontos, pelo fato deles serem carnívoros e que o combate a um gasoduto tem muito mais repercussão nos meios de comunicação.

02 fevereiro 2018

Atenção e mercado acionário

A literatura acadêmica fornece evidências de que quando a mídia em geral destaca uma ação específica, é bem provável que esse ativo atraia a atenção de investidores, o que pode causar pressão em seus preços. Essa atenção a meios de comunicação não especializados é explicada pelo fato de investidores menos sofisticados dependerem mais fortemente de informações públicas, uma vez que não têm acesso a gama de canais de informação dos investidores profissionais.
Este artigo investiga a relação entre o volume de negociação no mercado de ações brasileiro e a atenção do investidor. Utilizamos as coberturas jornalísticas de cada empresa como medida de atenção dos investidores, divulgadas no jornal de maior circulação e no jornal de negócios líder no Brasil.
Os resultados deste artigo mostram que o volume de negociação é alto no dia de publicação das notícias nos jornais (ou seja, no dia seguinte ao evento). Esse resultado sugere que investidores menos especializados são influenciados pelos jornais de grande circulação.
Contudo, essa relação positiva ocorre apenas em períodos em que o índice de ações está relativamente alto e para notícias ruins em relação à firma. Além disso, as empresas menos visíveis na mídia são mais suscetíveis a esse efeito quando as notícias são divulgadas simultaneamente em ambos os jornais.


Artigo aqui

Reprodutibilidade e Replicabilidade

Há uma diferença sutil entre reprodutibilidade e replicabilidade na ciência, segundo Leek:

Reprodutibilidade = tomar os dados de uma publicação anterior, reve-los e obter os mesmos resultados.
Replicabilidade = executar um experimento e obter resultados "consistentes" com o estudo original usando novos dados.

Eis um exemplo. Uma pesquisa testou a relação entre tamanho do ativo e margem líquida para as empresas abertas no ano de 2014. A reprodutibilidade significa pegar as mesmas empresas, os mesmos valores e recalcular os testes estatísticos. Já a replicabilidade é usar as técnicas do texto original e verificar se o mesmo se aplica aos resultados de 2017.

Segundo Leek, os resultados que não são reprodutíveis são difíceis de verificar e os resultados que não se replicam em novos estudos são mais difíceis de confiar. Mas uma boa ciência se faz com ambos. Para isto, o pesquisador deve guardar os resultados e disponibilizar quando necessário.

Um estudo de alguns anos atrás mostra a importância disto. Dois pesquisadores econômicos conhecidos cometeram um erro ao calcular a média em uma planilha Excel. A fórmula usada não contemplava todos os países. o estudo apontava uma média na taxa de crescimento de diversos países de -0,1% e o valor correto era de 2,2%. O erro só foi descoberto graças a reprodutibilidade.

Os problemas com a reprodutibilidade e a reprodutividade ocorrem, segundo Leek, por falta de treinamento em estatística e computação por parte dos cientistas, aos incentivos financeiros para publicar resultados desejáveis, os incentivos dos periódicos para publicar resultados inovadores, as limitações estatísticas dos estudos (tamanho da amostra, por exemplo), a não consideração de alternativas nas explicações para os resultados, entre outros aspectos. Como parecerista de artigos em periódicos tenho notado um descuido com ambas as questões; muitos textos preferem falar da classificação da pesquisa, do que esclarecer como a pesquisa foi feita.

Há um outro aspecto: o desprezo com a ética por parte de alguns pesquisadores. Tenho notado isso ao longo da vida acadêmica e isto inclui desde usar o “CRTL C CRTL V” até a tentativa de torturar os dados. Quem não segue este padrão é taxado de “preciosista” pelos colegas.

Rir é o melhor remédio



Via aqui

Oscar, PwC e uma nova atitude

Depois de anos usando o prêmio Oscar, a empresa de auditoria PwC optou, neste ano, pela discrição. A razão foi o vexame que ocorreu no ano passado, na confusão do prêmio de melhor filme. A PwC anunciou mudanças nos procedimentos, para evitar a repetição do ocorrido, e somente isso.

Segundo lembrou o Going Concern, a PwC passou anos vangloriando do seu papel na cerimônia do Oscar, com entrevistas, detalhando os cuidados e promovendo sua participação. Agora, nenhum comunicado à imprensa e a página do sítio da empresa com os detalhes da votação foi retirada.

01 fevereiro 2018

Efeito do Blockchain na contabilidade

Tenho dúvidas de algumas afirmações da figura abaixo, mas achei o material bastante interessante. Ótimo para se usar em sala de aula, com os amigos, nos blogs ... Primeiro, uma versão completa:

A seguir, uma versão em partes:





Adaptado daqui