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22 janeiro 2018

Relatório Contábil do Tesouro mostra um governo quebrado

Na coluna de Ribamar Oliveira (4 de janeiro do Valor Econômico, página A2) o destaque é para o realatório contábil do Tesouro divulgado no final de dezembro. Segundo Ribamar:

O Tesouro diz, em seu relatório, que o registro de passivo a descoberto "é comum entre os países que estão implantando as normas internacionais de contabilidade no setor público, como é o caso do Brasil". Mas ressalta que "a extensão tolerável desse passivo a descoberto precisa ser entendida com base em uma análise pormenorizada dos ativos, dos passivos e dos fluxos financeiros do Estado".

O problema não é somente o passivo a descoberto. Segundo a análise, as disponibilidades financeiras estão comprometidas, somente 16% dos créditos tributários e da dívida ativa são recuperáveis, os empréstimos aos Estados e municípios são problemáticos, os dividendos recebidos são decrescentes, a dívida pública aumentou, aumentou o pagamento de precatórios e um grande volume de provisão da previdência não foi reconhecido.

O resultado desse "desequilíbrio estrutural" é o aumento da dívida consolidada líquida (DCL) da União na comparação com a receita corrente líquida (RCL), que é um dos indicadores mais importantes para avaliar a solvência de um ente estatal. No caso da União, o relatório diz que a evolução do indicador nos últimos anos "mostra uma tendência preocupante". A estimativa do Tesouro é que a DCL atingiu 4,01 vezes a RCL no fim de 2017. Até 2013, a DCL acompanhava um valor próximo do dobro da RCL. Em 2001, o governo chegou a propor que o Senado fixasse um limite para a DCL em 3,5 vezes a RCL. O teto nunca foi aprovado. Se estivesse em vigor, a União teria estourado o limite.

PCAOB e KPMG

No primeiro semestre de 2017 postamos que um funcionário da entidade sem fins lucrativos PCAOB, responsável por fiscalizar as empresas de auditorias, repassou informações sobre a fiscalização que estava ocorrendo na KPMG.

Hoje a Reuters informou que foram três funcionários da PCAOB. Dois deles se transferiram para a KPMG e levaram informações confidenciais com eles. Outro tentou deixar a entidade e não conseguiu. Um deles se declarou culpado. Com a informação repassada, a KPMG reforçava os aspectos que estavam sendo investigados. Assim, faz parte da acusação a empresa de auditoria através de três funcionários. Eles se declararam inocentes. No ano passado a própria KPMG demitiu funcionários em razão do escândalo.

Rir é o melhor remédio

Os moradores de Fucking, na Áustria, convivem com um problema: os turistas, que roubam as placas indicativas da cidade. Com 104 habitantes, o roubo significa mais impostos (e atrai turistas). O mesmo acontecia com Shitterton, na Inglaterra. Lá o problema foi resolvido da seguinte forma: a população encomendou um bloco de pedra, de 1,5 tonelada, com o nome da cidade. Problema resolvido.

Outra placa alvo dos "turistas" é o sinal em East Kent, a meia milha de Ham e perto de Sandwich:



Fonte: Aqui

Volatilidade e Bitcoin

Analistas do Deutsche Bank afirmam que há uma relação entre o preço do Bitcoin e a volatilidade do mercado, medida pelo VIX. E que esta relação aumentou nos últimos dias. E a relação seria inversa. Ou seja, quando o mercado apresenta baixa volatilidade, o preço do Bitcoin aumenta.

Segundo o banco alemão, em um ambiente de baixa taxa de juros, baixos spreads e baixa volatilidade, a moedas digitais seriam uma alternativa para tomada de risco para o investidor (e de ganhar dinheiro).

18 janeiro 2018

Rir é o melhor remédio

No dia 13 de janeiro um alerta de nível apareceu no Havaí as 8 horas e 7 minutos da manhã. Meia hora depois, mais precisamente as 8:45, divulgou que a informação era falsa. O gráfico abaixo mostra o tráfego no site Pornhub no período. O alerta reduziu substancialmente o número de pessoas acessando o site. Depois de divulgada que a informação era falsa (ou aliviada a tensão), o acesso aumentou muito acima do normal (cor verde)


Lista: A média de público nos campeonatos de futebol da Europa

A seguir, a lista dos times que conseguem levar mais público nos campeonatos nacionais:


Evidenciação

Um caso interessante envolvendo a SEC, uma empresa e acionistas que desejam maior transparência aparece aqui.

A empresa AmerisourceBerge atua na área de distribuição farmacêutica. Recentemente a empresa teve que fazer um acordo por não ter um controle efetivo das vendas de substâncias controladas, inclusive opióides, um grupo de medicamentos com efeitos parecidos com o ópio, mas com características químicas diferentes.Além disto, parece existir uma epidemia do consumo desse produto. E algumas pessoas acreditam a evidenciação pode ajudar a reduzir o risco futuro.

Um grupo de investidores propôs votar em uma assembleia sobre estes dois assuntos. O primeiro é maior transparência sobre como a empresa está gerenciando os riscos financeiros e de reputação sobre a epidemia. O segundo assunto é como a empresa lidou com o pagamento do acordo sobre o controle de substâncias feito pelos executivos.

A SEC decidiu que estes dois assuntos devem ser discutidos na reunião anual dos acionistas. O link apresenta mais detalhes sobre o assunto.