Um caso interessante envolvendo a SEC, uma empresa e acionistas que desejam maior transparência aparece aqui.
A empresa AmerisourceBerge atua na área de distribuição farmacêutica. Recentemente a empresa teve que fazer um acordo por não ter um controle efetivo das vendas de substâncias controladas, inclusive opióides, um grupo de medicamentos com efeitos parecidos com o ópio, mas com características químicas diferentes.Além disto, parece existir uma epidemia do consumo desse produto. E algumas pessoas acreditam a evidenciação pode ajudar a reduzir o risco futuro.
Um grupo de investidores propôs votar em uma assembleia sobre estes dois assuntos. O primeiro é maior transparência sobre como a empresa está gerenciando os riscos financeiros e de reputação sobre a epidemia. O segundo assunto é como a empresa lidou com o pagamento do acordo sobre o controle de substâncias feito pelos executivos.
A SEC decidiu que estes dois assuntos devem ser discutidos na reunião anual dos acionistas. O link apresenta mais detalhes sobre o assunto.
18 janeiro 2018
Apple e os impostos
Recentemente o governo dos EUA aprovou uma reforma tributária reduzindo alguns impostos. Um dos pontos da mudança tributária é a redução da alíquota favorecendo as empresas multinacionais.
Ontem a Apple anunciou que irá pagar 38 bilhões de dólares em decorrência desta mudança. Isto seria resultado de um lucro de mais de 200 bilhões obtidos no exterior e que a empresa deseja repatriar. A mudança cortou a alíquota de 35% para 21%. Além disto, a empresa pretende fazer elevados investimentos nos próximos anos, estimados em 30 bilhões de dólares nos próximos cinco anos em gastos de capital.
Ontem a Apple anunciou que irá pagar 38 bilhões de dólares em decorrência desta mudança. Isto seria resultado de um lucro de mais de 200 bilhões obtidos no exterior e que a empresa deseja repatriar. A mudança cortou a alíquota de 35% para 21%. Além disto, a empresa pretende fazer elevados investimentos nos próximos anos, estimados em 30 bilhões de dólares nos próximos cinco anos em gastos de capital.
17 janeiro 2018
Valor de uma assinatura
Eis uma história interessante sobre a dificuldade de determinação de valor de um objeto:
O canal Fox Business levou ao ar esta semana a história dos irmãos Landau – Ned, Roger e Steven –, de Teaneck, no Estado de New Jersey, nos EUA. Quando a mãe morreu, em 2010, deixou de herança um aparelho de chá, algumas porcelanas e uma velha pintura descascada que ficava pendurada na sala de jantar.
O quadro sempre causou arrepios em Ned. “Nunca gostei da imagem. Era uma mulher desmaiada numa cadeira, com duas pessoas tentando ressuscitá-la. Quando era criança, nunca entendi direito porque tínhamos uma pintura tão feia na sala”, disse.
A herança foi parar no porão de Roger. O quadro velho, largado debaixo de uma mesa de pingue-pongue. Por quatro anos, as quinquilharias acumularam poeira, até que os filhos decidiram se livrar de tudo.
O leilão foi em setembro de 2015, mas os irmãos nem sequer acompanharam os lances. No salão, tudo aconteceu como previsto. As porcelanas saíram por mais. A prataria, por um pouco menos. O leiloeiro abriu a venda do quadro pelo lance mínimo: US$ 250. “De repente, os lances chegaram a US$ 5 mil”, lembra Nye. “Tudo foi feito pelo telefone. Era uma guerra entre um alemão e um francês. O preço passou de US$ 100 mil.”
Ainda sem entender, Nye colocou a mulher, Kathy, para repetir os lances do francês, enquanto sua assistente, Amy Ludlow, cuidava do alemão. “Quando o preço passou de US$ 450 mil, as pessoas começaram a ficar angustiadas”, disse Kathy. A guerra acabou quando o alemão fez um lance de US$ 1,1 milhão, seguido de uma confissão: o quadro era de Rembrandt.
Os irmãos Landau só ficaram sabendo da venda dois dias depois. O quadro Paciente Inconsciente, pintado entre 1624 e 1625 pelo jovem mestre holandês, foi revendido em 2016 por US$ 4 milhões. Ned Landau, que nunca gostou da pintura, hoje garante que é uma obra-prima. “Não há Rembrandt mais bonito”, disse ele à Fox. / AP
O quadro que ficou no porão, debaixo de uma mesa de pingue-pongue é esse:
16 janeiro 2018
Direitos Autorais
Em 1998, o governo Clinton dos Estados Unidos promoveu uma alteração na lei de direitos autorais. Basicamente, a nova norma ampliou o prazo de duração dos direitos para 70 anos, para o autor, e 120 anos, para obras de autoria corporativa. Além disto, os trabalhos publicados até início de 1978 tiveram o prazo aumentado em 20 anos, para 95 anos a partir da data de publicação.
A lei ficou conhecida como Sonny Bono em “homenagem” ao deputado de mesmo nome e ex-parceiro de Cher. Ou de maneira irônica, Mickey Mouse Protection Act. Muitas obras criadas em 1923 irão entrar em domínio público em 2019. O ratinho “homenageado” foi criado em 1928. Isto significa que em 2024 estará em domínio público.
O site Ars Technica discutiu a possibilidade da lei ter uma extensão de prazo adicional, protegendo o Mickey do domínio público (via aqui). O site entrevistou lobistas e interessados para saber da possibilidade de uma nova lei.
Segundo o texto, não existiria clima para mudança na lei. No passado, o argumento era que a lei beneficiaria os artistas. Isto seria muito questionável. E os lobistas parecem não estar interessados no assunto.
A lei ficou conhecida como Sonny Bono em “homenagem” ao deputado de mesmo nome e ex-parceiro de Cher. Ou de maneira irônica, Mickey Mouse Protection Act. Muitas obras criadas em 1923 irão entrar em domínio público em 2019. O ratinho “homenageado” foi criado em 1928. Isto significa que em 2024 estará em domínio público.
O site Ars Technica discutiu a possibilidade da lei ter uma extensão de prazo adicional, protegendo o Mickey do domínio público (via aqui). O site entrevistou lobistas e interessados para saber da possibilidade de uma nova lei.
Segundo o texto, não existiria clima para mudança na lei. No passado, o argumento era que a lei beneficiaria os artistas. Isto seria muito questionável. E os lobistas parecem não estar interessados no assunto.
Duas notícias da Arábia Saudita
Duas notícias da Arábia Saudita. A primeira: o hotel prisão de cinco estrelas da rede Ritz Carlton, localizado em Riad, deverá reabrir as portas para os hospedes comuns. Em dezembro de 2017 o governo saudita prendeu diversos princípes e funcionários do alto escalão no hotel de luxo acusando-os de corrupção e fechou o hotel para hóspedes tradicionais. Alguns dos presos já entraram em acordo com as autoridades e estão “devolvendo” dinheiro desviado pela corrupção. Um deles foi libertado depois de pagar 1 bilhão de US$.
A segunda notícia refere-se a oferta pública de ações da Aramco. A empresa está convidando para ajudar no processo somente alguns instituições financeiras que nos anos recentes emprestaram dinheiro para a empresa. Isto deixa de fora o UBS e Merril Lynch. O Barclays também não foi convidado para as negociações.
A segunda notícia refere-se a oferta pública de ações da Aramco. A empresa está convidando para ajudar no processo somente alguns instituições financeiras que nos anos recentes emprestaram dinheiro para a empresa. Isto deixa de fora o UBS e Merril Lynch. O Barclays também não foi convidado para as negociações.
15 janeiro 2018
Poder da variação
No livro Adapte-se, Tim Harford chama a atenção para a importância da variação. O capítulo chama-se Criando Novas Ideias que Importam ou: Variação. Para Harford, um dos princípios básicos para obter novas tecnologias é promover tantos experimentos separados quantos forem possíveis, mesmo que sejam contraditórios ou aparentemente irão falhar (p. 133 da edição brasileira).
Harford afirma que o problema da pesquisa financiada pelo governo é os burocratas gostam de um grande plano e as exceções são consideradas com desconfiança. Ele cita a descoberta de uma medição adequada da longitude, por parte do Royal Observatory, as pesquisas financiadas pelo Howard Hughes Medical Institute (versus o burocrático US National Institutes of Health), entre outros exemplos.
A lição é que o pluralismo estimula pluralismo. Se você quiser estimular muitas inovações, combine muitas estratégias.
Para a contabilidade, a busca pela convergência não seria o oposto do que é defendido por Harford? O país que criar uma maneira diferente de apresentar as informações estaria sendo incentivo pelo atual sistema?
Harford afirma que o problema da pesquisa financiada pelo governo é os burocratas gostam de um grande plano e as exceções são consideradas com desconfiança. Ele cita a descoberta de uma medição adequada da longitude, por parte do Royal Observatory, as pesquisas financiadas pelo Howard Hughes Medical Institute (versus o burocrático US National Institutes of Health), entre outros exemplos.
A lição é que o pluralismo estimula pluralismo. Se você quiser estimular muitas inovações, combine muitas estratégias.
Para a contabilidade, a busca pela convergência não seria o oposto do que é defendido por Harford? O país que criar uma maneira diferente de apresentar as informações estaria sendo incentivo pelo atual sistema?
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