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12 dezembro 2017

Quem comprou Da Vinci?

Há dias a empresa de leilão Christie´s vendeu um quadro que teria sido pintado por Leonardo da Vinci. Apesar da controvérsia da autoria, os compradores apareceram e um deles venceu o leilão pagando o mais alto preço por uma obra de arte.

Agora o vencedor apareceu. Trata-se do princípe Bader bin Abdullah bin Mohammed bin Farhan al-Saud, da Arábia Saudita.Em termos de histórico em leilões, Bauder era um desconhecido. Outro aspecto interessante é que o governo saudita desencadeou uma campanha contra a corrupção e prendeu diversas pessoas, inclusive da aristocracia, congelou contas bancárias e exigiu um resgate.

Tudo leva a crer que a pintura deverá ficar na filial do Louvre, recentemente inaugurado em Adu Dhabi, nos Emiratos Árabes Unidos. Este país é um antigo aliado da Arábia Saudita.

Atualização: Entretanto a notícia acima pode não ser verdadeira. Aparentemente o comprador foi o Emirato:

“Trabalhamos muito de perto com o corretor neste quadro, fizemos a oferta e conseguimos adquiri-lo, graças a Deus, pelo preço que consideramos ser o valor certo”, disse Mohamed Khalifa Al Mubarak.

Esta declarações surgem três dias depois de a embaixada da Arábia Saudita em Washington ter dito que o príncipe Badr Al Saud atuou como intermediário para ajudar o Departamento da Cultura de Abu Dhabi a comprar o quadro no leilão da Christie’s. O New York Times revelou que a pintura foi comprada por um príncipe saudita chamado Badr bin Abdullah bin Mohammed bin Farhan al-Saud, amigo e associado do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman. O Wall Street Journal por sua vez disse que o comprador era um representante do príncipe herdeiro.

Sobre o pagamento da administração no Terceiro Setor

Um caso envolvendo uma entidade do terceiro setor em Portugal pode ser uma reflexão sobre o pagamento do administrador para esta situação. Em geral esperamos que os gestores destas entidades sejam não somente honestos como dediquem às atividades de maneira gratuita. Mas será que funciona? No caso da Raríssimas, uma entidade voltada para doenças raras, a gestora [foto ao lado] não somente recebia um salário, como tinha outros benefícios:

(...) a presidente da Raríssimas recebia um salário base de 3.000 euros mensais, a que acresciam 1.300 euros em ajudas de custo, bem como 816,67 euros de um plano poupança-reforma e ainda 1.500 euros para deslocações.

A estes valores juntava-se ainda o aluguer de um carro com o valor mensal de 921,59 euros, bem como compras de ordem pessoal que Paula Brito Costa faria com o cartão de crédito da associação. Uma fatura de um vestido de 228 euros ou de uma despesa de 364 euros em compras de supermercado, dos quais 230 euros diziam respeito a gambas, são alguns dos documentos facultados à TVI por antigos funcionários da Raríssimas.


P.S.: Três dias depois das primeiras denúncias, Paula Brito deixou a presidência da entidade

Devedor Contumaz

Um texto do Valor destaca os problemas dos programas sucessivos de parcelamentos de dívida:

Muitas [empresas] se acostumaram a saldar parte das parcelas e suspender o pagamento, à espera de novo programa. 

Isto corresponde a um incentivo ao não pagamento de tributos:

"O uso indevido de sucessivos Refis não educa o contribuinte", afirma Heleno Torres, professor de direito tributário. 

Outro aspecto refere-se a questão da concorrência. A ação da Secretaria da Receita Federal é muito tímida:

Para enfrentar os devedores contumazes, a Receita criou em 2015 a cobrança administrativa especial, que é uma análise aprofundada da empresa, verificando indicadores como balanço, endividamento e distribuição de resultados e também benefícios concedidos a ela (...) Se a empresa tiver condições de pagar e não o fizer, esses benefícios são cassados. 

É interessante que este texto foi publicado em um caderno especial sobre concorrência desleal.

Rir é o melhor remédio



O jogador de xadrez Ian Nepomniachtchi da Rússia (rating de 2729) parece rezar antes de começar a partida contra o melhor jogador de xadrez de todos os tempos, o norueguês Magnus Carlsen (rating de 2837) no torneio de Londres. A organização do torneio usou a foto e fez uma brincadeira: "Por favor, Deus, faça Magnus cometer um erro". E foi o que ocorreu. Nepo venceu a partida.

11 dezembro 2017

Foto do Ano?

Talvez não seja uma fotografia séria, como deseja a Reuters (aqui) ou a National Geographic. Mas a fotografia a seguir talvez seja a ilustração de 2017 (ou não)


A The New Yorker chamou de Homem Distraído:

No início de 2017, uma fotografia mostrando um jovem com uma camisa xadrez começou a circular pela Web. A foto mostra um cara na rua, de mãos dadas com uma jovem companheira. Está ensolarado; a cena é perfeita para o romance. E, no entanto, o amor do casal é tão grotesco quanto a barba do homem. Outra mulher, vestindo um vestido vermelho sem mangas, passa, e o homem a admira. Seus lábios são pressionados no que parece ser um assobio. Sua namorada sofisticada parece com raiva e horrorizada. No verão, a foto surgiu como o meme mais onipresente e adaptável do ano. Em outubro, Namorado Distraído - como o homem da foto rapidamente passou a ser conhecido - era uma fantasia para Halloween.

Uber e a ética


A Uber se envolveu em mais uma polêmica nos Estados Unidos nesta terça-feira, 28. Um ex-funcionário da empresa disse que ela tinha uma equipe especialmente dedicada a roubar e esconder dados roubados de rivais.

A informação foi divulgada em uma carta assinada por Richard Jacobs, ex-membro do grupo de inteligência da Uber. A carta foi entregue à promotoria pública dos EUA durante uma investigação criminal que envolve a companhia.

Segundo Jacobs, o grupo era uma espécie de força-tarefa secreta que atuava no departamento de marketing e analytics da Uber. Como explica o Gizmodo, o objetivo do grupo era rastrear motoristas de serviços rivais e até funcionários de concorrentes.

Entre as atribuições dessa equipe estava a de invadir a conta do GitHub dos programadores das empresas rivais da Uber para tentar descobrir códigos secretos dos apps concorrentes. Além disso, eles também coletavam dados dos motoristas de outras empresas, incluindo a localização e trajeto dos carros.

O ex-funcionário diz que recebeu instruções de Craig Clark, executivo que foi recentemente demitido da Uber por ajudar a esconder um grande vazamento de dados. Mais de 57 milhões de contas de usuários da Uber foram roubadas por hackers, que receberam US$ 100 mil da empresa para manter a invasão em segredo. (...) 


Fonte: Aqui

Cientista Kardashian

O índice Kardashian foi criado para verificar se a popularidade de um cientista na rede social é muito maior que sua popularidade nos meios acadêmicos. O nome do índice é uma homenagem a família de atrizes modelos celebridades com pouco conteúdo.

Quando o número de seguidores de um acadêmico no Twitter supera substancialmente o número de citações tem-se um cientista Kardashian. Para o caso inverso, temos um cientista subestimado nas redes sociais.

Aqui tem-se a calculadora para o índice. Se o valor for acima de 5, você é um cientista Kardashian.

Particularmente acho que existe um viés para o Brasil, já que o Twitter não é tão popular entre nós.