O TCU, num relatório sobre a "realidade prisional" brasileira apresenta um exemplo do uso errôneo do custo unitário:
Em alguns casos, esse custo será reduzido devido ao encarceramento de pessoas em número superior ao limite que a unidade prisional tem capacidade de suportar, ferindo direitos fundamentais do preso e possibilitando a ocorrência de rebeliões.
Mais ainda:
O ímpeto de comparar o custo individual dos presos entre as diferentes Unidades da Federação sem esquadrinhar seus componentes deve ser evitado, pois os baixos custos unitários podem estar refletindo resultados piores em termos de segurança e de disponibilização de assistências previstas na Lei de Execução Penal (material, saúde, jurídica, educacional, social, religiosa, etc.), direitos que, quando não respeitados, repercutem-se diretamente no comportamento dos presos e nos índices de reiteração criminosa. (...)
Segundo a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário de 2009, o custo de construção de um estabelecimento penal, em termos absolutos, é normalmente alto, porém corresponde a aproximadamente 10% do custo de manutenção do sistema (obra, funcionários, alimentação, saúde, transportes, água, energia elétrica, etc.) ao longo de trinta anos.
Para resolver este problema, tentou-se padronizar a metodologia de cálculo de custo:
De acordo com o art. 5º dessa Resolução, o custo mensal do preso é definido pela resultante do total de despesas apresentado no mês de referência dividido pela população carcerária do mesmo mês.
Para o cálculo do valor total das despesas, foram definidos no art. 3ª da Resolução os parâmetros (componentes do custo) a serem adotados, tais como: despesas com pessoal (salários, material de expediente, prestadores de serviços, etc.), aluguéis, transportes, água, luz, telefone, manutenção predial e de equipamentos, alimentação e recursos para assistência à saúde do preso.
Trata-se basicamente das "despesas correntes". Ou seja, é muito mais o valor do "orçamento" do que custo efetivo, já que não inclui o custo de construção.
O relatório do TCU comenta que poucas unidades da federação fazem este cálculo.
04 dezembro 2017
Bitcoin na visão de quatro economistas
Quatro textos sobre o Bitcoin, numa visão de excelentes economistas. Primeiro, John Cochrane, que afirma que o que está ocorrendo com o Bitcoin é algo “normal”: uma demanda temporária especulativa, com uma oferta temporária reduzida e ausência temporária de substitutos. Para ele, Bitcoin não é um bom dinheiro (gráfico ao lado extraído da sua postagem).
Tyler Cowen, do Marginal Revolution, estima uma demanda por moeda digital em 600 bilhões de dólares; atualmente a capitalização do mercado é de 300 bilhões de dólares. O que significa que há espaço para crescimento.
Já Stiglitz associa o Bitcoin a evasão e a falta de fiscalização. Para ele, o Bitcoin deveria ser banido.
Jean Tirole, no Financial Times (e traduzido pelo Valor Econômico), pergunta se o Bitcoin é sustentável e se contribui para o bem comum. Segundo ele, as respostas seriam: provavelmente não (a conferir) e definitivamente não.
Finalmente, o grande "economista" Maduro, e também presidente da república, anuncia a criação de uma moeda digital na Venezuela.
Tyler Cowen, do Marginal Revolution, estima uma demanda por moeda digital em 600 bilhões de dólares; atualmente a capitalização do mercado é de 300 bilhões de dólares. O que significa que há espaço para crescimento.
Já Stiglitz associa o Bitcoin a evasão e a falta de fiscalização. Para ele, o Bitcoin deveria ser banido.
Jean Tirole, no Financial Times (e traduzido pelo Valor Econômico), pergunta se o Bitcoin é sustentável e se contribui para o bem comum. Segundo ele, as respostas seriam: provavelmente não (a conferir) e definitivamente não.
Finalmente, o grande "economista" Maduro, e também presidente da república, anuncia a criação de uma moeda digital na Venezuela.
03 dezembro 2017
Amigo Secreto: Quem me tirou
Hogwarts is my home |
O Felipe do ContabilidadeMQ falou que está tendo fraude no Amigo Secreto dos Blogs de Contabilidade porque os dois presentes até o momento haviam saído da Paraíba e vindo pra Brasília. Acho que a evidência agora apontará ainda mais Brasília, já que o terceiro presente chegou e é meu! \o/ \o/ Mas calma pessoal, prometo estar tudo de acordo com as normas e regulamentos de amigos secretos de blogs de contabilidade. ;)
Hoje recebi uma linda caixa vinda de Belém do Pará! Já sorri ao ler o remetente: minha querida amiga Polyana, do Histórias Contábeis. Achei ainda mais fofo porque ontem escrevi um cartão de natal para ela no qual eu mencionava algo sobre como seria legal se a gente se tirasse e perpetuasse o Clube da Luluzinha que ocorreu em 2013. (sorry, boys)
E dentro dessa caixa maravilhosa veio uma caneca de Hogwarts, para onde Poly e eu vamos em breve para a reunião Corvinal: “A casa dos que têm a mente sempre alerta / onde os homens de grande espírito e saber / sempre encontrarão companheiros seus iguais.” A confirmação da presença dela estava no lindo cartão que recebi, que veio até com uma cordinha para pendurá-lo na árvore de natal. Nada mais a minha cara!
Obrigada, Poly! Gostei muito do presente, que já está sendo usado. Espero que os próximos presenteados fiquem tão felizes quanto eu!
02 dezembro 2017
30 novembro 2017
Clube dos 500 bilhões
As maiores empresas em valor de mercado: Apple, Alphabet (ou Google), Microsoft, Amazon, Facebook e Tecent.Via aqui
29 novembro 2017
Setor financeiro na Rússia
QUANDO Elvira Nabiullina assumiu o governo do Banco Central da Rússia (CBR) em 2013, ela enfrentou um setor financeiro inchado e com mais de 900 bancos. Desde então, mais de 340 perderam suas licenças. Outros 35 foram resgatados, incluindo, nos últimos meses, Otkritie, o maior credor privado do país por ativos, e o B & N Bank, 12º maior. Os custos foram íngremes. De acordo com a Fitch, uma agência de rating, mais de 2,7 trn rublos (US $ 46 bilhões, cerca de 3,2% do PIB em 2016) foram gastos em empréstimos a bancos resgatados e pagamentos a depositantes segurados. A Fitch calcula que algumas centenas de bancos poderiam fechar antes do encerramento da limpeza. Os maiores bancos privados podem estar entre eles.
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