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29 outubro 2017

Fato da Semana: Punição para uso de informação privilegiada

Fato da Semana: Trader do HSBC é condenado

Data: 23 de outubro

Contextualização -Uma empresa solicita uma operação cambial de bilhões de dólares. O trader compra antes moeda, garantindo um lucro. Um clássico uso de informação privilegiada. A justiça decidiu agora que ele é culpado e pode ser preso. Estamos tão acostumados a ler sobre a corrupção brasileira que esquecemos que este é um problema mundial. Nesta semana colocamos nos links uma baixaria envolvendo dois clubes de futebol de Portugal. Também postamos uma frase inacreditável da maior bilionária da África sobre corrupção. Postamos sobre o roubo de combustível no México. E a oferta pública que está obrigando até a bolsa de Londres a mudar suas regras.

Relevância - O Financial Times disse que o caso pode mudar o mercado de câmbio. É uma dura punição para àqueles que se aproveitam da informação privilegiada.

Notícia boa - Sim. O regulador deve agir quando necessário e para garantir o bom funcionamento do mercado.


Desdobramento - Não sou tão otimista quanto o Financial Times, mas pode abrir brecha para outros processos.


Mas a semana só teve isto? Sim.

Rir é o melhor remédio

Improviso é tudo

28 outubro 2017

Casey Brown: Saiba o seu valor e cobre por ele


Seu chefe provavelmente não está lhe pagando o que você vale – ao invés disso, eles estão lhe pagando o que pensam que você vale. Tire um tempo para aprender a moldar seus pensamentos. A consultora de preços Casey Brown compartilha histórias e ensinamentos que podem lhe ajudar a comunicar melhor o seu valor e ser paga por sua excelência.

27 outubro 2017

Links

SEC aprova novo relatório de auditoria (aqui também)

Dez meses depois, ações do Monte Dei Paschi voltam ao pregão

Um fundo "adquiriu" um processo judicial contra Toshiba

Prêmio pelo risco no Brasil (via blog Contabilidade e Métodos Quantitativos)

Bancos e incentivos inapropriados

A popularidade dos Beatles está diminuindo?

Leite, Recuperação Judicial e Censura

A revista Exame preparava um texto sobre o processo de recuperação judicial da Tuiuti que estavam em tramitação na Comarca de Amparo. Os autos eram públicos e digitais até agosto de 2017. Neste mês, o juiz determinou o sigilo do processo por conta de uma disputa interna. O mesmo juiz entendeu que a informação seria ilícita e não deveria ser divulgada, podem influenciar o mercado e afetar a recuperação judicial.

A disputa foi levada para o Supremo, pois a editora Abril, que publica a revista, entendeu ser isto um ato de censura. Agora o Supremo Tribunal Federal suspendeu a decisão da Justiça estadual que determinou a retirada de matéria da revista Exame: seria uma censura prévia.

Ficou interessado? Aqui o link para a história.

Rir é o melhor remédio

Fazendo progresso

26 outubro 2017

Ainda IPO da Aramco

Comentamos aqui, no passado, sobre a oferta pública de ações da Aramco. Uma notícia informa que a Arábia Saudita pretende construir uma cidade futurística. Talvez com o dinheiro da IPO.

Mas a melhor análise é da revista The Economist (dica de Sérgio Nazaré, grato). O tema é a confusão recente sobre o local da oferta, além do valor estipulado.

Sobre o local, a Bolsa da Arábia Saudita anunciou que tem condições de absorver a oferta sozinha. Isto é muito questionável, já que o valor de mercado de todas as empresas desta bolsa é muito pequeno e a Aramco é muito grande para esta bolsa. Existem notícias sobre a possibilidade de uma emissão privada para alguns investidores chineses. E como comentamos, a IPO nos Estados e Unidos e na Inglaterra não é tão simples assim.

Mas a melhor análise da The Economist é sobre o valor (aqui um link do blog). A revista é cética quanto a isto:

A confusão parece ter se originado no palácio real. Desde o início, o MBS, como o príncipe herdeiro é conhecido, insistiu que a empresa deveria ser avaliada em pelo menos US $ 2 trn e que o IPO deveria ocorrer no próximo ano. Ele ainda não levou em conta nem a ameaça de ações judiciais relacionadas aos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 que poderiam resultar de uma cotação na Bolsa de Valores de Nova York, ou a complexidade da emissão de ações na Bolsa de Valores de Londres, onde os investidores institucionais estão irritados com os esforços para reduzir as regras de listagem por parte da Aramco. Ele erroneamente assumiu que, dadas as enormes taxas prometidas aos banqueiros e conselheiros, outros atores do mundo das finanças dobrariam o joelho.

Conclui o texto:

Para atingir esse objetivo, o MBS pode precisar refletir mais sobre o que significa uma IPO. Seu governo é o único acionista da Aramco e, claro, tem a última palavra. Mas, a menos que ele esteja preparado para afrouxar as rédeas, permitindo que o IPO avance em um ritmo prudente e deixe os investidores decidir qual é o valor correto, ele pode fazer melhor para destruir o processo completamente. Sua atitude até agora sugere pouca fé nas forças de mercado que ele deseja desencadear.