13 outubro 2017
Lava-Jato provocou venda de empresas no valor de R$103 bilhões
O portal G1 (via aqui) fez um interessante levantamento sobre os negócios realizados por empresas envolvidas na Operação Lava-Jato de 2015. O resultado: 48 negócios, muitos deles para melhorar posição da empresa diante da crise de credibilidade. Estas transações atingiram R$103 bilhões e envolveram a Petrobras, a JeF, a Odebrecht, a Camargo Corrêa, a OAS e o banco BTG Pactual. Segundo o mesmo portal, existe a estimativa de outros R$75 bilhões serem negociados.
Quando uma empresa tem seu nome envolvido num escândalo de corrupção, perde credibilidade, tem dificuldade de renovar seus empréstimos, reduz seu faturamento e tem seu lucro atual e projetado reduzido. Uma das providências nesta situação de crise é reduzir o tamanho e parar os projetos excessivamente otimistas. Ao mesmo, tentar garantir recursos para enfrentar uma situação de aperto de liquidez. Por este motivo, a venda de negócios pode ser uma saída interessante. O aspecto negativo, em alguns casos, é que as operações podem afetar o resultado consolidado dos grupos empresariais: quando a negociação envolve unidades onde o resultado da venda é inferior ao valor contábil, isto tem reflexo na demonstração do resultado.
Não foi o caso da Alpargatas. Em 2015 a empresa foi vendida para a JeF por R$2,66 bilhões. Logo depois, o grupo comprou mais R$500 milhões. Em 2017 a empresa foi vendida por R$3,5 bilhões. Isto resultou num resultado positivo - sem levar em conta eventuais lucros.
Mas o maior negócio até o momento foi a venda da Nova Transportadora do Sudeste - NTS (rede de gasodutos da Petrobras) para a canadense Brookfield, por R$ 16,7 bilhões. Em seguida, está a venda da Eldorado Celulose e Papel, pela J&F, para o grupo holandês Paper Excellence, por R$ 15 bilhões.
A maior vendedora da lista é a Petrobras, que já levantou R$ 42,5 bilhões (US$ 13,6 bilhões na conta em dólares) em negócios fechados desde 2015.
Quando uma empresa tem seu nome envolvido num escândalo de corrupção, perde credibilidade, tem dificuldade de renovar seus empréstimos, reduz seu faturamento e tem seu lucro atual e projetado reduzido. Uma das providências nesta situação de crise é reduzir o tamanho e parar os projetos excessivamente otimistas. Ao mesmo, tentar garantir recursos para enfrentar uma situação de aperto de liquidez. Por este motivo, a venda de negócios pode ser uma saída interessante. O aspecto negativo, em alguns casos, é que as operações podem afetar o resultado consolidado dos grupos empresariais: quando a negociação envolve unidades onde o resultado da venda é inferior ao valor contábil, isto tem reflexo na demonstração do resultado.
Não foi o caso da Alpargatas. Em 2015 a empresa foi vendida para a JeF por R$2,66 bilhões. Logo depois, o grupo comprou mais R$500 milhões. Em 2017 a empresa foi vendida por R$3,5 bilhões. Isto resultou num resultado positivo - sem levar em conta eventuais lucros.
Mas o maior negócio até o momento foi a venda da Nova Transportadora do Sudeste - NTS (rede de gasodutos da Petrobras) para a canadense Brookfield, por R$ 16,7 bilhões. Em seguida, está a venda da Eldorado Celulose e Papel, pela J&F, para o grupo holandês Paper Excellence, por R$ 15 bilhões.
A maior vendedora da lista é a Petrobras, que já levantou R$ 42,5 bilhões (US$ 13,6 bilhões na conta em dólares) em negócios fechados desde 2015.
12 outubro 2017
Liquidação forçada
Notícia interessante sobre a Oi mostra o impacto da liquidação forçada:
Os ativos da Oi valem R$ 40,8 bilhões, mas o valor pode cair para menos da metade se a endividada operadora de telecomunicações for forçada a vendê-los apressadamente, de acordo com auditoria apresentada nesta quinta-feira.
A auditora Ernst & Young LLP estimou que uma liquidação forçada dos ativos mantidos pela Oi e por subsidiárias incluídos em seu processo de recuperação judicial teria valor de R$ 17,9 bilhões, segundo documento enviado ao mercado.
O valor cobriria menos de 30% dos R$ 65,4 bilhões em dívidas listadas pela companhia no acordo de recuperação.
Os ativos da Oi valem R$ 40,8 bilhões, mas o valor pode cair para menos da metade se a endividada operadora de telecomunicações for forçada a vendê-los apressadamente, de acordo com auditoria apresentada nesta quinta-feira.
A auditora Ernst & Young LLP estimou que uma liquidação forçada dos ativos mantidos pela Oi e por subsidiárias incluídos em seu processo de recuperação judicial teria valor de R$ 17,9 bilhões, segundo documento enviado ao mercado.
O valor cobriria menos de 30% dos R$ 65,4 bilhões em dívidas listadas pela companhia no acordo de recuperação.
Ataque cibernético na Deloitte foi muito maior que o anunciado
O jornal inglês The Guardian revelou alguns detalhes importantes sobre o ataque cibernético na Deloitte. E as notícias são ruins para a grande empresa de contabilidade mundial.
Segundo o jornal, o ataque afetou e-mails de 350 clientes (e seis, como a Deloitte tinha anunciado), incluindo agências do governo dos Estados Unidos, Nações Unidas e algumas das maiores empresas mundiais, como quatro bancos globais, três empresas aéreas, dois fabricantes de automóveis e grandes empresas farmacêuticas. Os e-mails trocados com a Fifa também estão nesta lista. Apesar da Deloitte ter anunciado que o ataque tenha começado há um ano, parece que não existe muita certeza sobre isto. A Deloitte afirma que o número de e-mails que sofreram com o ataque corresponde a um pequeno montante do total. Entretanto, os hackers entraram no sistema da emprega através de uma conta de um administrador, que permitia acesso a todo banco de dados de e-mails, incluindo os funcionários e a correspondência com os clientes. Como o ataque dos hackers durou muito tempo, é muito difícil determinar a quantidade de informação que foi acessada externamente.
Mais aqui e aqui
Segundo o jornal, o ataque afetou e-mails de 350 clientes (e seis, como a Deloitte tinha anunciado), incluindo agências do governo dos Estados Unidos, Nações Unidas e algumas das maiores empresas mundiais, como quatro bancos globais, três empresas aéreas, dois fabricantes de automóveis e grandes empresas farmacêuticas. Os e-mails trocados com a Fifa também estão nesta lista. Apesar da Deloitte ter anunciado que o ataque tenha começado há um ano, parece que não existe muita certeza sobre isto. A Deloitte afirma que o número de e-mails que sofreram com o ataque corresponde a um pequeno montante do total. Entretanto, os hackers entraram no sistema da emprega através de uma conta de um administrador, que permitia acesso a todo banco de dados de e-mails, incluindo os funcionários e a correspondência com os clientes. Como o ataque dos hackers durou muito tempo, é muito difícil determinar a quantidade de informação que foi acessada externamente.
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11 outubro 2017
Comportamento inadequado de celebridades
Uma citação interessante do Marginal Revolution:
O empirismo sugere que as celebridades se envolvam em comportamentos anti-sociais e outros socialmente não aprovados do que as não-celebridades. Eu considero uma série de razões para esse fato, incluindo uma nova teoria, na qual os trabalhadores que são menos substituíveis estão habilitados a se engajar em maiores níveis de mau comportamento (...)
Mas existem custos neste comportamento, como a redução no obtenção de receita de anunciantes. Entretanto, a transparência imperfeita pode ocorrer, como no caso de Weinstein ou Roger Abdelmassih, Mais aqui e aqui
O empirismo sugere que as celebridades se envolvam em comportamentos anti-sociais e outros socialmente não aprovados do que as não-celebridades. Eu considero uma série de razões para esse fato, incluindo uma nova teoria, na qual os trabalhadores que são menos substituíveis estão habilitados a se engajar em maiores níveis de mau comportamento (...)
Mas existem custos neste comportamento, como a redução no obtenção de receita de anunciantes. Entretanto, a transparência imperfeita pode ocorrer, como no caso de Weinstein ou Roger Abdelmassih, Mais aqui e aqui
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