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26 setembro 2017

Constrangimentos

Na semana passada e nesta semana tivemos a divulgação de dois ataques de hackers. O primeiro foi contra o regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, a SEC. O segundo teve como alvo a Deloitte.

SEC - O ataque contra os computadores da SEC ocorreu em 2016. O atual presidente da SEC só empossado em maio e ficou sabendo do ataque em agosto. Deverá explicar o que ocorreu com a entidade. Segundo a Reuters, o ataque ocorreu no sistema onde as empresas postam suas informações financeiras, o EDGAR. Parece que as empresas “testam” o EDGAR, antes de colocar as informações; muitas empresas fazem os testes com dados fictícios, mas algumas usam os dados que serão divulgados logo após. Tudo leva a crer que o hackers tiveram acesso a estes dados de “testes”. Também existe a desconfiança que os hackers agiram a partir da Ucrânia.

Deloitte - A empresa de auditoria descobriu o ataque em março deste ano, mas o ataque pode ter ocorrido no final do ano passado. A empresa afirmou que muitos poucos clientes foram afetados. O ataque ocorreu no e-mail da empresa, na conta de administrador, o que permitiria, em tese, acesso a todas as áreas da empresa. Nesta conta existia um senha somente e não ocorria verificação em duas etapas. A empresa não sabe a origem e a autoria do ataque, mas provavelmente ocorreu a partir dos Estados Unidos. O Going Concern não descarta uma vingança contra a empresa: no ano passado foi acusada de manter uma equipe de espionagem para saber o que os concorrentes estavam fazendo.

🔻Constrangimento - Os dois casos causaram constrangimentos. A SEC tem investido contra empresas que possuem falhas de segurança nos sistemas de informação. A Deloitte vende soluções contra os ataques de harckers. Você adotaria uma solução de segurança de uma empresa onde o administrador do sistema não possui um requisito básico de segurança, como é a verificação em duas etapas? E o presidente da SEC, que só foi informado do problema meses depois?

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Aqui o original

25 setembro 2017

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Hackers invadiram a Deloitte

A empresa de auditoria Deloitte descobriu em março que teve seus sistemas hackeados, informou o The Guardian (via aqui). Segundo a informação, os hackers tiveram acesso a mais de cinco milhões de e-mails e documentos da empresa, em todos os setores que opera. Isto inclui bancos, multinacionais, governo, entre outras entidades, clientes da Deloitte.

A empresa de auditoria manteve a notícia em segredo, informando somente alguns clientes, sócios e advogados. A Deloitte ainda não sabe a origem do ataque. Mas contratou, em abril, uma empresa de advocacia para analisar um “possível incidente de segurança cibernética”.

Risco e Retorno

A relação entre risco e retorno talvez a regra mais importante da teoria de finanças. Assim, quanto maior o risco, maior o retorno esperado. Quando nós usamos os dados dos últimos anos do mercado brasileiro esta regra parece não funcionar. Considerando um investidor que no passado estivesse na dúvida onde aplicar seus recursos, se no mercado acionário ou num título público, a decisão parecia ser deste tipo: se escolhe o mercado de ações optaria pelo maior risco e retorno; escolhendo o título público seria mais conservador, com menor retorno, mas menor risco.

Usando os dados dos últimos anos, entretanto, isto não seria correto. Escolhendo o mercado acionário, o investidor, além de assumir maior risco, teria menor retorno. Usando os dados mensais da Selic e do retorno do mercado acionário, obtidos no site do Banco Central, podemos comprovar isto. De janeiro de 2012 até julho de 2017 a diferença ainda foi maior para a Selic: 0,92% versus 0,33%. A diferença será sempre a maior para o título público, usando os últimos dez anos ou desde 2001. A exceção: a partir de 2016 esta situação inverte: nos últimos 18 meses o mercado acionário teve um desempenho melhor que o título público.

ex-Auditor do Vaticano começa a explicar sua saída da Santa Sé

Em junho de 2017 o primeiro auditor-geral do Vaticano renunciou. Agora, Libero Milone disse que foi forçado a renunciar depois de descobrir possíveis atividades ilegais. Ele afirma não ser possível dar detalhes do que encontrou em razão de compromissos de confidencialidade. A Reuters informou que um representante da Santa Sé disse que as afirmações de Milone são falsas e que se ele não renunciasse, Milone seria processado. Segundo o arcebispo Giovanni Angelo Becciu, Milone estava espionando a vida privada dos superiores. Domenico Giani, da polícia do Vaticano, fala em evidências esmagadoras contra Milone.

Anteriormente Milone trabalhou na Deloitte da Itália, para Nações Unidas e Fiat. Segundo Milone afirmou seus problemas começaram em setembro de 2015 quando passou a suspeitar que seu computador tivesse sido invadido. Ele contratou uma empresa externa para fazer uma verificação e foi informador que seu computador tinha sido alvo de acesso não autorizado e que o computador da secretaria tinha um spyware.

Becciu, do Vaticano, afirma que a empresa contratada estava ajudando a espionar outras pessoas.

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