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23 setembro 2017

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Processo de eliminar uma palavra do dicionário

Concentração da pesquisa científica

Ontem divulgamos uma previsão para os ganhadores do Nobel de Economia deste ano. Um aspecto que destaca é o fato de que das seis apostas, todas trabalham nos Estados Unidos: Caltech, Carnegie, Stanford, Harvard, MIT e Chicago. Qual a razão desta concentração geográfica na área?

Uma possível resposta está aqui:

Boa governança que prioriza pesquisa, capacidade de atrair recursos públicos e privados, salários elevados, melhores instalações e contratação e promoção por meritocracia ajudam na concentração da melhor ciência nos Estados Unidos.

É interessante notar que a concentração também se encontra no próprio país. Somente algumas poucas instituições concentram os melhores pesquisadores. Em termos de qualidade, 50% da pesquisa é realizada nas Top 10 dos Estados Unidos. Um pouco mais de 15% da pesquisa de qualidade é feita no resto do mundo. Quando se considera o local de nascimento, um aspecto interessante aparece: um pouco mais de 60% dos pesquisadores nasceram nos Estados Unidos. Agora compare este percentual com aquele da qualidade da pesquisa (85% nos EUA). A explicação da diferença está na atração dos melhores profissionais para as universidades daquele país. Enquanto 15% das pesquisas de qualidade é feita no resto do mundo, que inclui a Europa, 40% dos pesquisadores são do “resto” do mundo.

Arrisco a indicar outra hipótese: geralmente a pesquisa depende da existência de proximidade entre os pesquisadores. A discussão e o contato com diversos pesquisadores ajuda no crescimento da ciência. Ao atrair cientistas de qualidade, as universidades Top conseguem melhorar a qualidade. Um bom cientista numa universidade do resto do mundo fica isolado, sem ter com quem discutir. Esta vantagem, contudo, talvez esteja reduzindo com o passar do tempo. O desenvolvimento dos meios modernos de comunicação (skype, e-mail etc) permitem um maior contato mundial entre os pesquisadores. Facilita também o acesso a base de dados e as pesquisas mais avançadas.

Mas os motivos citados acima (boa governança, atração de recursos financeiros e humanos, melhores salários e instalações) ainda estão distantes nas universidades do resto do mundo.

Sorte na loteria

Uma investigação conduzida nos Estados Unidos sobre os ganhadores na loteria mostrou algo interessante. Usando dados dos ganhadores, PennLive encontrou um pequeno número de “sortudos”: 1700 jogadores que já ganharam mais de 50 vezes. Um cálculo estatístico, baseado nas regras do jogo naquele país, mostra que um jogador deveria gastar uma grande quantidade de dinheiro para ter o padrão destes jogadores.

Uma possível explicação é atividade criminosa. Em 2006 se descobriu que donos de pontos de venda no Canadá estavam roubando os bilhetes premiados dos clientes. No Brasil, em 1994, um deputado, João Alves de Almeida (fotografia), justificou sua fortuna: ganhou mais de 200 vezes na loteria esportiva.

Uma possível explicação para a existência de “sortudos” é o fato de que um ganhador tenta evitar que certas obrigações, com uma pensão em atraso, seja reduzida dos seus ganhos. O ganhador vende seu bilhete para outra pessoa com um desconto. O comprador usa este artifício para lavar dinheiro, como foi o caso do deputado brasileiro.

Posição impossível

New Scientist resolveu usar o xadrez entre o Kim Jong Un e Trump. O problema é que a posição do desenho é impossível num jogo de xadrez (detalhe: a ausência das torres na posição inicial)

Rir é o melhor remédio

Saia do Facbook e volte para o trabalho!


Fonte: Aqui

22 setembro 2017

Auditoria: o quarteto fantástico

Fonte: Aqui
O Neil Collins escreveu um artigo interessante sobre as grandes empresas de auditoria e como continuam a sobreviver meio a tantos problemas.

Há muitos anos atrás a Price Waterhouse anunciou que queria se fundir com a Cooper Brothers. Alguns consideraram uma má ideia, pois reduziria significativamente o número de empresas de contabilidade internacionais, que já era pequeno. As autoridades não tiveram poder ou interesse em vetar o acordo.

Alguns anos depois a Enron explodiu, levando a Arthur Andersen com ela. Passaram então a haver apenas quatro grandes empresas de auditoria internacionais.

Esse grupo de quatro empresas, também conhecido como Big Four (PwC, KPMG, Deloitte e EY), roda as principais atribuições entre si. As empresas são trazidas para investigar as falhas umas dos outras, já que não há alternativa realista. Essas empresas são tão grandes que atualmente nenhuma quantidade de fusões criaria uma quinta empresa internacional para competir com elas. Elas estão tão longe da concorrência que dificilmente as grandes empresas se arriscam a nomear alguém fora do “quarteto fantástico”.

Nesta semana ficou claro que a KPMG não é fantástica. Ela deu à HBOS um parecer favorável meses antes de o banco ter que ser resgatado e ter que sofrer uma investigação pelo regulador do mercado britânico, o Financial Reporting Council (FRC). Felizmente, o órgão concluiu que a auditoria da empresa em 2008 estava dentro dos padrões esperados. Infelizmente, essa conclusão foi tão fora do senso comum que tornou o FRC motivo de piada.

A KPMG também foi a auditora dos interesses da família Gupta, na África do Sul. Alguns executivos já foram demitidos, mas se a KPMG fose uma empresa incorporada e listada, a combinação de duas grandes falhas como essas seria o suficiente para afetar os altos executivos e, talvez, ameaçar a sobrevivência da entidade.

As auditorias não são assim, mais parecendo franquias operando em cada país. A publicação das suas demonstrações financeiras sempre parece ser muito aquém da divulgação que a lei exige para os seus clientes e a sua compartimentalização quase à vácuo é o suficiente para suportarem até mesmo desastres tão grandes quanto aos que têm ocorrido.

No fim das contas, como a KPMG, PwC, Deloitte e EY poderiam dizer, elas são muito poucas para quebrarem.

Previsão do Nobel

Colin F. Camerer (Caltech) e George F. Loewenstein (Carnegie Mellon) - pesquisa em economia comportamental e neuroeconomia

Robert E. Hall (Stanford) - produtividade, recessão e desemprego

Michael C. Jensen (Harvard), Stewart C. Myers (MIT, fotografia) e Raghuram G. Rajan (Chicago) - finanças

Outras previsões aqui