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17 setembro 2017

Equipes de futebol mais valiosas


A empresa de consultoria suíça CIES Football Observatory listou as equipes de futebol mais valiosas do mundo. Os valores estão em milhões de euros e corresponde ao valor de mercado dos jogadores. Assim, Ronaldo, com um valor de 102 milhões de euros, tem um valor menor que Hazard, embora isto não signifique dizer que seja pior que o jogador do Chelsea. 

Um aspecto curioso da lista é que o jogador mais valioso para sua equipe é Griezmann. Seu valor é maior que os demais jogadores do seu time, o Atletico de Madrid. O jovem goleiro Gianluigi Donnarumma, de 18 anos, tem um elevado valor de 69 milhões de euros. A idade e a possível qualidade do atleta influencia no seu valor. 

Reconhecimento da receita de incorporadoras

Esta semana, numa série de reportagens, Fernando Torres acompanhou, no jornal Valor Econômico, a decisão do Iasb referente ao reconhecimento da receita por parte das empresas incorporadoras de imóveis (aqui, aqui e aqui)

Com a adoção das normas internacionais de contabilidade, o Brasil deveria passar a reconhecer a receita conforme os critérios estabelecidos pelo Iasb. Entretanto, a CVM optou por permitir que as incorporadoras passassem a usar o critério baseado no andamento da obra, denominado de POC. A partir daí, algumas empresas de auditoria colocaram no relatório que o reconhecimento da receita não obedecia as normas internacionais. O que era, de certa forma, injusto com as empresas. A CVM bem que tentou, encaminhando uma defesa do procedimento adotado no Brasil.

Dois aspectos prévios precisam ser considerados sobre a filosofia do processo de interpretação. Para casos onde a aplicação das normas apresentem dúvidas, como seria este caso, existe um comitê de “interpretação”. De certa forma, a existência de um comitê com este escopo é, de certa forma, uma incoerência. Como o Iasb é baseado em princípios, como a entidade insiste em anunciar, o “espírito” da norma deveria estar claro no seu enunciado. Ao colocar em debate a questão da receita na situação brasileira, o comitê teria o papel de interpretar uma situação prática. Isto pode significar que a norma de reconhecimento da receita não foi clara o suficiente nos seus princípios. Em defesa da entidade reguladora é possível imaginar a grande dificuldade em fazer uma norma que seja suficientemente clara para não existir dúvidas em aplicações específicas, como é o caso da questão das incorporadoras.

Outro aspecto refere-se a quem deveria fazer a interpretação da norma. Sendo específica, os reguladores nacionais não estariam mais aptos a fazerem a interpretação? Em defesa da existência de um comitê de interpretação centralizado no Iasb temos duas desvantagens: a existência de dúvidas sobre a norma é um poderoso feedback para o regulador sobre a qualidade das normas e a necessidade da sua expansão; e a interpretação pode desvirtuar o espírito do padrão.

O caso também conduz a questão política da regulação contábil e um processo de convergência. Este aspecto político foi de grande importância para o recuo dos Estados Unidos em aderir as normas do Iasb, muito embora não seja o único fator. Mas o mercado de capitais desse país é muito mais forte e sua estrutura conceitual certamente é mais tradicional, e talvez de melhor qualidade, que àquela emanada pelo Iasb. Não é o caso do Brasil, onde a opção por usar as normas do Iasb talvez tenha melhorado a qualidade da contabilidade brasileira. Mas um dos preços cobrados pela opção é que o país tem que se sujeitar as normas criadas pelo Iasb. Este seria um dos custos da adoção. Obviamente que a CVM poderia insistir em continuar o critério atual, discordando do regulador internacional. Mas seria coerente e politicamente adequado ir contra o comitê de interpretação, depois de apresentar sua posição? Provavelmente não

A questão contábil decorre do fato do ciclo de produção das empresas serem elevados. O POC permite o reconhecimento ao longo da construção. Pela nova interpretação do Iasb, o reconhecimento da receita será feito na entrega das chaves, num único momento. Isto pode provocar alteração no resultado das empresas no curto e médio prazo. E fazer como que o resultado seja mais volátil.

Rir é o melhor remédio

Antes e depois do tratamento. O comentário: "como biólogo, meu primeiro pensamento é que seu produto faz a pessoa ficar infértil"

16 setembro 2017

Enquanto isto, em Narcos...



Enquanto, no episódio 8, da terceira temporada de Narcos...

Links

Uma economia centralizada na era do Big Data 

Atividade física no mundo (mapa)

Um robô conduziu uma orquestra 

Como o contador é apresentado nos filmes recentes

Quanto mais complexa a empresa, melhor a governança

Relação inversa entre elisão e valor da empresa no Brasil


Ensino de Contabilidade Pública

Silva e Oliveira, em A História da disciplina de Contabilidade Pública no Ensino Contábil Brasileiro traçam um perfil desta disciplina, desde as Aulas do Comércio, com a vinda da família real, até o advento do ensino superior, em 1945. O texto é bastante interessante. Em termos históricos, o foco do ensino contábil era o comércio. Conforme os autores do Centro Universitário Moura Lacerda destacam, existiu muita influencia de ideias estrangeiras neste período.

Entretanto, o controle das finanças do Estado é um assunto muito relevante. Soll, em The Reckoning, relacionou este tema com as ascensão e queda de impérios. Quando Valentim Bouças atuou na área pública seu trabalho era banal: controlar as dívidas do país, já que não existia nenhuma informação sobre o que foi pago ou não. E muitas vezes o Brasil pagou a mesma dívida mais de uma vez.

A pesquisa delimita a questão do ensino em sala de aula. Mas devemos lembrar que o processo de ensino também ocorre no local de trabalho. É bem verdade que isto dificultaria enormemente uma pesquisa deste tipo, mas a lembrança dos encontros dos secretários de fazenda na primeira metade do século XX mostra a relevância deste tema.

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