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29 agosto 2017

Novo relatório de auditoria no maior mercado de capitais do mundo

James Peterson discute a adoção de um novo relatório de auditoria nos Estados Unidos. Esta é uma decisão da SEC, a partir de uma proposta do PCAOB. O Reino Unido já adotou um relatório deste tipo, assim como o IAASB, em abril de 2016. A principal alteração nos Estados Unidos é a inclusão dos assuntos críticos, ou sejam, os tópicos desafiantes, subjetivos ou complexos.

A poderosa Câmara de Comércio dos EUA já reclamou do padrão proposto e alego até que o novo relatório irá afetar a formação de capital, tornando-a menos eficiente. Mas Newquist e a Bloomberg são favoráveis: mais informação é melhor.

Peterson duvida que um relatório de auditoria ampliado tenha algum valor. Não há, até o momento, nada que comprove, sua qualidade. Além disto, um mercado onde a informação é enviada em alta velocidade, o relatório tenderia a ser “padronizado”. Segundo Peterson, “o reconhecimento da receita seria um desafio no setor de tecnologia” (e isto estaria em todo relatório de empresa de tecnologia). Finalmente, Peterson enxerga que o novo relatório pode trazer mais conflitos legais.

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27 agosto 2017

Diligência e sua relevância

Sobre a venda da Eldorado, a Fibria pretende oferecer 12 bilhões de reais pela empresa do grupo J e F. Segundo o Estadão:

Até agora, a maior oferta foi feita pela indonésia April, de R$ 16 bilhões, montante considerado elevado pelo mercado e, na visão de especialistas, insustentável depois de um processo de diligência. Um dos fatores que contamina o balanço da Eldorado é o fato de créditos tributários, como ICMS, serem contabilizados como geração de caixa. A própria chilena Arauco, que chegou a negociar de forma exclusiva, ofertou inicialmente R$ 14 bilhões pela companhia, valor que caiu a R$ 11,5 bilhões após due dilligence. (grifo do blog)

O fato da existência de diligência contagiando o valor diz muito sobre os riscos do negócio.

Limpando o balanço da Distribuidora

A Petrobrás vai injetar R$ 6,3 bilhões na BR Distribuidora, como parte de uma reestruturação societária anunciada para tornar mais atraente a abertura de capital da subsidiária. Os recursos serão usados para abater a dívida da BR e limpar seu balanço, aumentando as chances de sucesso da oferta de ações, que deve ocorrer até 1.º de dezembro. A operação envolve a transferência de créditos da distribuidora com o grupo Eletrobrás à estatal (...)

A empresa petrolífera pretende fazer a oferta em dezembro. O texto continua:

Os R$ 6,3 bilhões do aporte de capital serão 100% destinados ao pagamento de dívidas da BR. A redução da dívida abre espaço para que a empresa seja mais bem avaliada pelos investidores, aumentando o interesse por seu IPO. Além disso, também é afastado o fantasma de um eventual calote da Eletrobrás. Ao fim de 2016, sua dívida bruta era de R$ 12,4 bilhões. O balanço da BR do ano passado mostra que o total a receber de empresas termoelétricas do Sistema Eletrobrás era de R$ 6,064 bilhões.

A sinalização da redução da dívida é realmente importante. A distribuidora ficará muito mais atrativa para os potenciais compradores, sem os créditos podres da Eletrobas.

Para o professor Eliseu Martins, um dos maiores especialistas em contabilidade do País, nada se altera no balanço consolidado da petroleira. “A Petrobrás apenas perde liquidez, ao deixar de ter dinheiro e passar a ter recebíveis”, explica.

A companhia informa no comunicado que a operação será realizada a valor contábil, sem gerar resultado para nenhuma das duas empresas envolvidas. “Não vai ser gerado nenhum lucro interno nas operações da mãe (Petrobrás) com a filha (BR). Às vezes uma empresa passa um ativo para outra não a valor contábil, mas a valor de mercado, o que pode gerar problemas tributários. Nesse caso, a Petrobrás não deve pagar mais nem menos que o valor pelo qual os créditos estão contabilizados”, diz Martins.


Mais do que isto, os créditos são da Eletrobras, uma empresa do próprio governo.

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Fonte: adaptado daqui (baseado em fato real)