O gráfico acima foi publicado no Valor Econômico de sexta, 11 de agosto. Foi construído a partir dos dados compilados pela Firjan sobre o número de municípios que não divulgaram dados para o Tesouro Nacional. Pode-se dizer que é um ranking dos estados com maior transparência (Rondônia) ou menor transparência (Amapá). Com estes dados, calculei a relação com a renda per capita, população, IDH, percentagem da população com curso superior e número de contabilistas por mil habitantes. O gráfico abaixo tem o resultado entre esta última variável e os valores do gráfico acima.
Apesar de ser um cálculo rápido, realizado por estado (talvez o melhor seria por município) e sem levar em consideração outras variáveis, o resultado mostra que nas unidades da federação com maior participação de contabilistas a percentagem de municípios que não apresentaram informação reduziu. (R2 = 0,12, p-valor da variável Percentagem de Contabilistas de 0,0834).
14 agosto 2017
13 agosto 2017
Fato da Semana: Situação Fiscal dos Municípios
Fato: Situação caótica dos municípios brasileiros
Data: 10 de agosto de 2017
Contextualização - A Firjan calcula um índice de Gestão Fiscal dos municípios brasileiros. Este índice mensura, de maneira aproximada, a situação financeira deste ente da federação. A base de dados primária é a Secretaria do Tesouro Nacional. Esta semana, a Firjan divulgou a consolidação do índice para o ano de 2016. Desde que começou a divulgar este índice, em 2006, este foi o pior ano em termos de desempenho. O resultado foi que 86% das prefeituras estão numa situação financeira "crítica" ou "difícil".
Relevância - A contabilidade pública deveria ajudar os habitantes de cada município a fiscalizar o desempenho de cada gestor. Mais ainda, deveria servir de guia para decisões futuras, impedindo contratações irresponsáveis e sendo um parâmetro fundamental na escolha dos prefeitos. Isto não ocorre. As razões são as mais diversas possíveis: (a) falta de fiscalização séria dos tribunais de contas (b) falta de punição para os gestores irresponsáveis (c) falha na comunicação sobre a situação do município (d) o contador trabalha para o prefeito, não para a comunidade (ou seja, o contador público deveria ser mais servidor público) (e) frouxidão da legislação, que deveria reduzir o teto de gasto com pessoal na área pública, entre outros fatores. O certo é que a contabilidade pública não exerce o papel que se espera dela.
Notícia boa para contabilidade? Não. A situação dos municípios é um forte elemento para afirmarmos que a contabilidade pública brasileira não está exercendo a sua tarefa.
Desdobramentos - Não tenho ilusão de que haverá uma alteração substancial na contabilidade pública, nem nas normas. Os problemas fiscais talvez sejam resolvidos pelos nossos filhos.
Mas a semana só teve isto? A divulgação de alguns balanços, inclusive da Petrobras, seria outro fato relevante.
Data: 10 de agosto de 2017
Contextualização - A Firjan calcula um índice de Gestão Fiscal dos municípios brasileiros. Este índice mensura, de maneira aproximada, a situação financeira deste ente da federação. A base de dados primária é a Secretaria do Tesouro Nacional. Esta semana, a Firjan divulgou a consolidação do índice para o ano de 2016. Desde que começou a divulgar este índice, em 2006, este foi o pior ano em termos de desempenho. O resultado foi que 86% das prefeituras estão numa situação financeira "crítica" ou "difícil".
Relevância - A contabilidade pública deveria ajudar os habitantes de cada município a fiscalizar o desempenho de cada gestor. Mais ainda, deveria servir de guia para decisões futuras, impedindo contratações irresponsáveis e sendo um parâmetro fundamental na escolha dos prefeitos. Isto não ocorre. As razões são as mais diversas possíveis: (a) falta de fiscalização séria dos tribunais de contas (b) falta de punição para os gestores irresponsáveis (c) falha na comunicação sobre a situação do município (d) o contador trabalha para o prefeito, não para a comunidade (ou seja, o contador público deveria ser mais servidor público) (e) frouxidão da legislação, que deveria reduzir o teto de gasto com pessoal na área pública, entre outros fatores. O certo é que a contabilidade pública não exerce o papel que se espera dela.
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Companhia para estudar
As maravilhas do YouTube:
O Thomas fez um vídeo com a duração de um pomodoro para te fazer companhia nos estudos...
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Tricia Wang: As percepções humanas que faltam no big data
Por que tantas empresas tomam decisões ruins, mesmo com acesso a quantidades de dados sem precedentes? Com histórias da Nokia à Netflix e aos oráculos da Grécia antiga, Tricia Wang desmistifica o big data e identifica suas armadilhas, sugerindo que nos concentremos em "thick data" - percepções preciosas e não quantificáveis de pessoas reais - para tomar as decisões de negócios corretas e prosperar no desconhecido.
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