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01 agosto 2017

Projeção de variáveis na Embraer

Na divulgação dos resultados da Embraer, a empresa fez projeções de sete variáveis de desempenho da empresa: entregas de aeronaves, receita, margem Ebit, margem Ebitda, gastos com pesquisa e desenvolvimento, ativo menos máquinas e fluxo de caixa livre. Além disto, a Embraer não adotou uma atitude comum de quem faz projeções: apresentou os dados passados projetados e fez uma comparação com o valor realizado. Isto permite uma análise da “bola de cristal” da empresa entre 2012 a 2016.

Das seis variáveis (o fluxo de caixa livre é uma projeção mais recente e por isto não estamos considerando aqui), duas a empresa acertou no intervalo de projeção: receita e entregas. Nas dez projeções realizadas, acertou o intervalo de nove: só errou a receita de 2016.

Em três variáveis, o erro foi muito superior ao acerto. No valor de gasto com pesquisa e desenvolvimento, a projeção da empresa foi maior do que o realizado nos anos de 2012 a 2015; em 2016, o valor projetado ficou abaixo do efetivo. Em todos os casos, a empresa justifica que isto não afetou ou não afetará o desempenho futuro. O valor de ativo menos máquinas, nas cinco tentativas, acertou em 2012, superestimou 2013 e subestimou nos anos seguintes. E a margem EBIT foi superestimada em 2012 e 2013, subestimada em 2014 e 2015 e conseguiram calibrar a projeção em 2016. Finalmente, a margem Ebitda teve, no período, três erros e dois acertos.

Arrisco uma possível explicação para este resultado: é muito mais fácil fazer a projeção da receita e das entregas do que das demais variáveis. A projeção da margem Ebit depende da projeção de cada uma das despesas operacionais, além das receitas. Como nem sempre os erros se anulam, um aumento inesperado numa despesa de pessoal pode afetar a projeção do Ebit.

De qualquer forma, eis o placar da bola de crista da Embraer: erros igual a 57% das projeções.

Mestrado e doutorado: alunos especiais ou ouvintes

Achei o vídeo válido por instruir um pouco sobre a possibilidade de antes de entrarem em um programa de mestrado ou doutorado, os alunos assistirem aulas como ouvintes ou alunos especiais. Acredito que se houver um bom desempenho isso possa até ajudar quando chegar o processo seletivo. (Dica: aumente a velocidade do vídeo. Assisti com ela dobrada.)

Rir é o melhor remédio

Humor acadêmico...

31 julho 2017

Spotify na Bolsa e sem IPO

Saiu na TecMundo:

Spotify anunciou hoje que já conta com 60 milhões de usuários pagantes, ou seja, assinantes de fato. Isso é mais do que o dobro que o seu maior concorrente, o Apple Music. É interessante notar, entretanto, que o Spotify conseguiu adicionar 20 milhões de pessoas à sua lista de usuários pagantes em apenas cinco meses. A última vez que a empresa anunciou a quantidade de assinantes que tinha foi em março, quando a conta fechava em 40 milhões de pessoas.
[...]

Entretanto, com o status de “mais legal” obtido pelo Spotify ao longo dos anos, os amantes da música que não se importam tanto com os mais recentes álbuns do pop acabam ficando no Spotify. Por fim, o streaming verde ainda tem uma curadoria melhor, com rádios mais interessantes, as funções Descobertas da Semana e Daily Mix. Mesmo com a concorrência tentando copiar esses recursos, a base de assinantes do Spotify continua crescendo.
[...]

Por fim, o Spotify deve entrar no mercado de ações até dezembro deste ano, segundo relata o The Wall Street Journal. Entretanto, a companhia prepara um processo de venda direta de ações por meio de terceiros. Isso quer dizer que não haverá uma IPO, uma oferta inicial de ações, em alguma bolsa. Esse método é o mais comum e sempre cria muito burburinho quando é relacionado a empresas de tecnologia. Contudo, os preços costumam ser bem mais baixos do que o valor real das ações, dada a abundância de papéis no mercado no primeiro dia.

Não se sabe se a experiência do Spotify vai dar certo sem uma IPO, mas a empresa ainda não detalhou direito como vai proceder para evitar instabilidade e baixa arrecadação.

Links

A geração digital não é melhor que os mais velhos em usar a tecnologia

Plano da Comunidade Européia de congelar depósitos para impedir uma corrida bancária

Putin é mais rico que Gates e Bezos juntos

Reino Unido banindo propaganda em que garotas são bailarinas e garotos engenheiros

Ninguém quer ver sua apresentação no PowerPoint, mas no Prezi sim

Rir é o melhor remédio




Fonte: Aqui

30 julho 2017

Resenha : Ozark

Esta série de televisão estreou recentemente na Netflix. Alguns críticos fizeram uma associação com a consagrada Breaking Bad. O roteiro realmente é parecido (atenção, algum spoiler a seguir): Martin Byrde é um conselheiro financeiro que trabalha em Chicago. Seu sócio desvia dinheiro de um criminoso mexicano, que decide matá-los. Martin, no desespero, propõe trabalhar para o bandido fazendo lavagem de dinheiro numa pequena cidade do interior do Missouri, Ozark. Com isto salva sua família, sua esposa e casal de filhos. Mas o criminoso mata seu sócio e o amante da mulher. O primeiro episódio termina com a chegada em Ozark de Martin e sua família.

Pelo início é possível encontrar aspectos similares com Breaking Bad. Em ambos os casos, um homem é retirado de sua rotina e encontra no crime a solução para os problemas. As brincadeiras do destino estão presentes em ambas as séries. E ambas possuem um elenco sem um grande destaque (Jason “Juno” Baterman é Martin e Laura “Show de Truman” Linney é Wendy Byrde, a esposa), a força da série está na direção e no roteiro. Com Breaking Bad.

Vale a Pena? Sim. Com um IMDB de 8,6, a série começa de forma bem interessante. A questão da lavagem de dinheiro, que foi um dos temas de Breaking Bad, também aparece aqui. A figura mostra Martin discutindo com a esposa, dizendo culpado pela situação, pois não desconfiava que seu sócio estava desviando dinheiro: afinal ele era responsável pela contabilidade e deveria saber do que estava ocorrendo.