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29 julho 2017

Fato da Semana: Prisão de Bendine

Fato: Prisão de Bendine

Data: 27 de julho de 2017

Contextualização - Bendine foi presidente do Banco do Brasil, de onde saiu para arrumar a Petrobras. Depois da estatal do petróleo, chegou a ser um dos candidatos para dirigir a Vale, outra grande empresa brasileira. Fez carreira na instituição financeira, mas foi no governo Lula que Bendine foi escolhido para dirigir a entidade. Envolvido em algumas operações estranhas, denunciado por corruptores e com ligações muito próximas de políticos do Partido do Trabalhadores, Bendine hoje recebe uma aposentadoria de R$60 mil e recebeu, no passado, agrados com cifras de milhões.

Relevância - O vídeo em que Bendine aparece num evento defendendo uma nova gestão na Petrobras, um pouco depois de receber dinheiro da Odebrecht, mostra que não devemos confiar nos gestores, mas nas estruturas de controle das empresas. Bendine também foi o responsável pela divulgação do número da corrupção da Petrobras, de R$6 bilhões.

Notícia boa para contabilidade? Por um lado, é desolador ver que Bendine em público falava de transparência, enquanto recebia dinheiro de corruptores. Por outro lado, a punição para o ex-burocrata pode fazer com que pessoas de má fé pensem duas vezes antes de agirem de maneira desonesta.

Desdobramentos - Tudo leva a crer que o próximo será Mantega, o mais longevo ministro da Fazenda que tivemos. E um dos responsáveis pela desastrosa política econômica do governo Dilma.

Mas a semana só teve isto? Sim.

Rir é o melhor remédio

Mais procrastinação...

28 julho 2017

Leda Braga, rainha dos quants é brasileira

Leda Braga, 48, is considered the most powerful female hedge fund manager in the world.

In January, she launched her fund, Systematica Investments, a computer-driven fund.

With $8.8 billion in assets, Braga manages more than any other female hedge fund manager and more than many other funds run by men.

Before heading out on her own, Braga spent 14 years managing BlueCrest's biggest fund — the computer-driven BlueTrend fund.

Before that, she worked with BlueCrest's founders at JPMorgan as a quantitative analyst on the firm's derivatives research team.

The Brazilian-born portfolio manager, who holds a Ph.D. from Imperial College, joined BlueCrest when she was 34-weeks pregnant.

In the male-dominated world of Wall Street, Braga said she hasn't experienced difficulties.

"What can I say? Me, personally, I've always liked to work," she said at the CNBC Delivering Alpha Conference held at the Pierre Hotel in midtown Manhattan on Wednesday.

"She's so impressive," one attendee was overheard saying.
The Future of Trading

The "queen of the quants," as Braga is sometimes known, told the room that in the next ten years, the systematic approach the trading — the one she deploys — will prevail.

When it comes to making trades, there are two contrasting approaches —discretionary and systematic. Discretionary trading relies on the fund manager's own decision-making. Systematic trading uses computer models, research firm Preqin explained.

"I think in a world where there's regulatory pressures, investor pressure for lower fees ... I think the systematic approach will prevail in the long run. I think the next ten years for sure," Braga said.

[...]

Leda Braga


Fonte: aqui

Advogados dominam CVM

Juliana Schincariol, do Valor Econômico destacou bem o atual perfil da CVM:

Com a indicação do novo presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Marcelo Barbosa, e a nomeação do diretor Gustavo Gonzalez, o colegiado da autarquia será formado inteiramente por advogados. (Advogados dominam colegiado da CVM, 14 de julho de 2017, p. C12) 

Parodiando o premiê francês Clemenceu, a CVM é importante demais para ser deixada nas mãos dos advogados.

Presidente do BNDES faz uma afirmação estranha

Há dias, o presidente do BNDES defendeu a instituição pelos negócios com a JBS. Segundo Mariana Sallowciz, em Para Rabello, JBS é um dos melhores negócios do BNDES, Estado de São Paulo, 15 de julho de 2017, p. B6:

Até a lambança da delação a empresa estava cotada a quanto? Era mais de R$10 (a ação) e o BNDES quando entrou estava cotada a R$7

Ou seja, ocorreu um crescimento de 43%. Parece um bom negócio. Mas não é e é estranho (ou má fé ou incompetência ou distração) que o presidente do BNDES trabalhe com valores nominais. Entre 2006 a final de 2015 a inflação brasileira foi de 77%. Ou seja, redução em termos reais de quase 20%. Se este foi um dos melhores negócios, imagine os piores.

Links

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