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26 julho 2017

Efeito Bartleby

Um efeito danoso da preocupação atual dos órgãos de controle com o “gerenciamento de riscos” ficou muito claro no texto de Claudia Safatle, Traumas que marcam a Petrobras (Valor, 21 de julho de 2017, A2):

O temor dos funcionários da petroleira fica evidente na elaboração dos pareceres. Segundo Parente [presidente da empresa], eles listam uma série de riscos, mas não dizem que apesar dos riscos e das atividades mitigadoras a decisão deve prosseguir ou não ser interrompida. Na semana passada houve uma reunião com toda a média gerência da empresa para tratar desses problemas. “A melhor maneira de não correr riscos é não fazer nada”, comentou [Parente]

Lembra o personagem Bartleby, de Melville, que afirmava "prefiro não fazer".

Governo eleva royalties sobre minérios e cria agência reguladora para o setor

Fonte: Aqui
O governo anunciou hoje (25) mudanças nas regras do setor de mineração. As mudanças serão feitas por meio de três medidas provisórias que serão enviadas pelo governo ao Congresso. Entre as principais medidas estão a alteração na base de cálculo e aumento nas alíquotas da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), o royalty cobrado das empresas que atuam no setor, e a transformação do Departamento Nacional de Mineração em uma agência reguladora para o setor, a Agência Nacional de Mineração (ANM).

As três medidas provisórias assinadas nesta tarde pelo presidente Michel Temer, em cerimônia no Palácio do Planalto que lançou o Programa de Revitalização da Indústria Mineral Brasileira. No total, as MPs alteram 23 pontos no Código de Mineração.

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Segundo o ministro a intenção do governo é conseguir, nos próximos sete anos, elevar de 4% para 6% a participação do setor de mineração no Produto Interno Bruto (PIB). “Isso é uma meta para que, em algum ponto do futuro, se possa aumentar a sua participação no PIB. Não posso precisar se vai acontecer em seis, sete, oito anos. Lançamos a base para que a mineração possa crescer”, disse.

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No caso da criação da Agência Nacional de Mineração, o novo órgão deverá assumir as atuais funções do DNPM e também atuar na regulação do setor. “Você vai ter uma atividade menos burocrática, terá mais transparência e agilidade. A agência vai administrar o portfólio mineral brasileiro”, disse Lôbo.

Fonte: Aqui

Rir e o melhor remédio

Procrastinação

25 julho 2017

Como lidar com perfeccionismo

Um ótimo canal no YouTube, especialmente para estudantes: Thomas Frank. Há vários vídeos sobre hábitos, procrastinação, produtividade, técnicas de aprendizagem... Diversos têm legenda em português.



Fato da Semana: Crise do Emprego Continua

Fato: Crise de Emprego no setor

Contextualização - O blog Contabilidade Financeira acompanha o comportamento do mercado de trabalho formal, tendo por base o número de admitidos e demitidos. A crise econômica derrubou o mito de que "não existe crise na contabilidade" ou que "não existe contador desempregado". O número de demitidos já superou o de admitidos em mais de 36 mil desde janeiro de 2014

Relevância - O acompanhamento deste dado permite verificar onde e quando está ocorrendo as demissões. Em junho o resultado foi negativo, enquanto a economia como um todo estava contratando. Aparentemente a discrepância entre os números da economia e do setor contábil decorre do bom desempenho do setor agrícola.

Notícia boa para contabilidade? - Não. A atração dos jovens para a contabilidade depende de uma perspectiva de emprego, que não ocorre nos dias atuais.

Desdobramentos - Devemos ter meses com desempenho negativo pela frente. Talvez em outubro o número de admitidos possa superar o de demitidos.

Por uma razão técnica estamos postando somente agora o fato da semana. 

Mercado de Trabalho Contábil continua em crise.

Segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e compilados por este blog, o número de admitidos com carteira assinada em junho de 2017 foi novamente inferior ao de demitidos no mercado de trabalho contábil: 8.104 versus 9.124. O gráfico a seguir mostra a evolução desta série desde início de 2014. É possível perceber que desde fevereiro de 2015 o número de admitidos tem sido inferior ao de demitidos, com a exceção de outubro de 2015 e de janeiro de 2017.


O gráfico a seguir mostra o tamanho da crise de emprego no setor contábil. Usando dados acumulados, o gráfico deixa claro que no período analisado foram reduzidas mais de 36 mil vagas no setor.


Um padrão que tem sido constante é o fato do salário dos admitidos ser inferior ao dos demitidos. Em razão da crise, esta diferença tem ficado acima de 20%. Isto significa dizer que as pessoas que estão sendo contratadas recebem um salário inferior. Em junho a diferença foi de R$563 ou 24,9%, um percentual bem próximo aos 26,9% de junho de 2016, a maior diferença que registramos.

Com respeito ao tempo de emprego dos demitidos, junho marcou um tempo médio de quase 39 meses. Este valor foi o maior registrado na série histórica e tem mostrado uma tendência crescente. Com o aumento da crise, as demissões estão ocorrendo com os funcionários mais antigos, com mais de três anos de trabalho.

Outro fato registrado nos outros meses é a substituição do trabalhador mais antigos pelo mais jovem. A idade média dos demitidos foi de 32,68 contra 30,34 anos dos admitidos.

O gráfico abaixo registra a comparação do setor contábil com a economia. Em junho de 2017 enquanto a economia contratava, a crise do emprego continuava no setor contábil. Existem duas possíveis explicações para esta diferença no comportamento. A primeira é o fato de que está ocorrendo um aumento de produtividade no setor, com a crescente automoção no trabalho. Ou seja, existe uma mudança estrutural. A segunda possível explicação, que talvez seja a mais correta, é que o mercado de trabalho foi positivo em junho na economia em termos de criação de emprego graças ao setor agropecuário. Os dados do Ministério do Trabalho mostram que este foi o único setor onde a relação entre admitidos e demitidos foi positiva na economia.

O atual mês não é tradicionalmente contratante. Isto significa dizer que provavelmente no próximo mês o número de demitidos continuará sendo maior que o de admitidos.

Como se destacar na era do exibicionismo profissional

Fonte: Aqui
[...] A cultura competitiva e a disputa por financiamento se refletiram em concursos de ideias com uma maior pressão sobre os participantes para incorporar entretenimento às suas apresentações.

E essa atitude continua a prevalecer - e ganhar força - nos dias de hoje.

"Há tantas novas companhias surgindo nos últimos anos que as pessoas decidiram que elas precisam gritar em vez de murmurar", filosofa Hirshon.

Nesse contexto, parece que suas ideias, seu trabalho duro e seu talento não vão levá-lo muito longe, a menos que você aprenda a se destacar. Mas o que fazer se esse não for o seu jeito?

Para Hirshon, a tendência atual de se autopromover a qualquer preço é "infeliz".

"Muitas companhias que estão gritando para conseguir mais atenção tem a tecnologia menos viável e os piores planos de negócio", afirma.

Esse comportamento também coloca pessoas de culturas mais reservadas em desvantagem. "Enaltecer-se no Japão é o caminho mais rápido para chegar a lugar nenhum", acrescenta ele. O mesmo acontece nos países nórdicos.

"Isso é um problema porque as culturas desses países são a antítese das culturas prevalecentes no Reino Unido ou nos Estados Unidos, onde se destacar a qualquer preço se tornou regra."

Por outro lado, ser muito modesto em países onde a cultura do exibicionismo é mais acentuada pode colocá-lo em desvantagem, diz Charlene Solomon, da RW3 CultureWizard, uma plataforma online de treinamento intercultural.

Em uma entrevista de emprego ou uma apresentação de ideia nos Estados Unidos, diz ela, "você tem de estar aberto a falar sobre si mesmo, porque se você subestima suas capacidades, isso pode arruinar o negócio".

O perigo em recompensar o exibicionismo é que isso favorece alguns tipos de personalidade, alerta a psicóloga Ros Taylor, que trabalha como coach de executivos, além de ensinar Administração na Universidade Strathclyde, no Reino Unido.

O lema de muitas companhias é que seus líderes têm de ser extrovertidos e que tenham uma mente aberta, podendo falar sobre todos os assuntos, avalia ela.

"Ao fim e ao cabo, tudo é uma grande bobagem. Nada tem profundidade ou credibilidade", critica Taylor.

"Isso é preocupante porque o pensamento criativo - ou mesmo a ideia genial - pode vir, e normalmente vem, das pessoas mais silenciosas ou contemplativas", acrescenta.

Segundo ela, "passei a minha vida profissional dizendo a empresas: 'Não, não, não - não há um padrão específico para ser um líder'. A verdadeira diversidade é ter diferentes tipos de pessoas ao redor da mesa, tanto os introvertidos quanto os extrovertidos".

Quando se trata de lideranças, uma personalidade mais reservada pode até superar os rivais mais barulhentos.

Um estudo recente com mais de 2 mil CEOs revelou que os introvertidos tendem a superar mais as expectativas das empresas e dos investidores do que extrovertidos carismáticos.

Se você acha que tem de ficar mais visível, mas ser falastrão não é o seu estilo, há algo que você possa fazer?

Pela própria experiência, Taylor diz acreditar que qualquer um pode aprender a se destacar, e defende que pessoas mais quietas, mas duronas, podem ter um sucesso notável.

Antes de receber orientações dela, há dois anos, o executivo Gerry Tyrrell, de 44 anos, permanecia em silêncio durante reuniões. Como um experiente auditor financeiro em uma empresa multinacional de tecnologia na Escócia, ele tinha confiança em sua experiência, mas ficava inibido para se manifestar. Principalmente, diz ele, quando seus colegas faziam bullying ou adotavam uma 'mentalidade de camaradagem' para ganhar pontos.

Ele sempre fez seu trabalho diligentemente, detectando riscos financeiros e compartilhando suas opiniões com pessoas antes ou depois de encontros importantes, mas sentia que a falta de reconhecimento não estava ajudando sua carreira.

"Sabia que precisava me projetar mais um pouco", diz ele.

De fala mansa, e com uma tendência a falar mais rápido quando nervoso, Tyrrell aprendeu a desacelerar, escolher um ou dois pontos e transmitir sua mensagem. Mas ele está agora pronto para ficar sob os holofotes da mesma forma que seus colegas? "Dois anos atrás, eu nunca teria feito isso. Agora eu posso fazê-lo, mas não vou trair o meu estilo de ser. Vou fazer as coisas do meu jeito", afirma.

Hirshon lembra-se de outro exemplo. Ele teve de treinar um empreendedor para ser mais efusivo. "Tinha um cliente na Suécia que tinha uma tecnologia incrível de reconhecimento facial, melhor do que qualquer outra coisa disponível no mercado, e toda vez que a mencionavam, usavam o adjetivo bom", lembra ele. "Finalmente consegui convencê-lo a dizer: 'Nós temos algo que é realmente único'", acrescenta.

Ainda assim, Hrishon diz acreditar que nem todo mundo deve aprender a aparecer. "Quando todo mundo grita junto, a pessoa que sussurra acaba sendo ouvida", diz ele."Se uma empresa tem um ótimo produto, se você promovê-lo de forma discreta e factual, as pessoas vão entender a mensagem e vão comprar sua ideia."

"As relações públicas não são um jogo de quem grita mais alto. É um jogo de xadrez", conclui.

Fonte: Aqui