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21 junho 2017

Links do IZA

Regularmente o IZA - Institute of Labor Economics - publica papers interessantes. Abaixo, uma seleção de alguns publicados no mês de junho de 2017:

O que as mulheres querem: divisão de tarefas no lar e satisfação do casal - O tempo residual do trabalho doméstico está relacionado com a equidade percebida de cada parceiro na divisão das tarefas domésticas.

Alunos com orientadores no doutorado do mesmo gênero são mais produtivos, com mais chances de serem futuros professores - Pesquisa com 20 mil doutores na área de química, nos Estados Unidos

"Mau comportamento na infância corresponde a algumas habilidades não cognitivas valiosas no mercado de trabalho"

Aumento no custo de desenvolvimento de novos fármacos e remuneração do CEO

A espionagem industrial da Alemanha Oriental reduziu o fosso tecnológico do ocidente

As habilidades ocupacionais e a seleção de imigrantes 

Executivo da Uber anuncia saída da empresa

O principal executivo da empresa Uber anunciou a sua saída do comando da empresa. Travis Kalanick (foto) fundou a Uber em 2009 e levou a empresa a adotar uma política agressiva de mercado e a uma controversa política de relações trabalhistas, ocupando uma zona cinzenta no transporte de pessoas, mas fazendo inimigos entre taxistas e reguladores, para alegria dos consumidores, que gostaram da proposta da empresa.

O motivo da saída foi uma revolta de grandes acionistas (First Round Capital, Lowercase Capital, Menlo Ventures e Fidelity Investments) que pressionaram para sua saída. O início da crise foi uma denúncia de abuso sexual na empresa.

A empresa possui um valor estimado de 68 bilhões de dólares.

Curso de Contabilidade Básica: Quando o veículo é circulante

Quando começamos a aprender qualquer matéria nova, nosso desejo é ter regras imutáveis e simples. Assim, basta decorar as regras e pronto! Somos especialistas naquele conhecimento. Isto também ocorre com as pessoas que começam a aprender contabilidade. Como professores, temos respondido ao longo dos anos perguntas que expressam este desejo. Mas a contabilidade não cabe sempre em regras imutáveis e simples.

Vamos dar um exemplo de uma questão que surge constantemente e que está relacionada com a classificação dos itens nas demonstrações contábeis. No capítulo 2 do volume 1 do livro Curso de Contabilidade Básica, mostramos os grandes grupos das demonstrações contábeis. Mostramos no livro que o ativo está dividido em circulante e não circulante. O lado direito do balanço em passivo circulante, não circulante e patrimônio líquido. O exemplo que iremos trazer aqui diz respeito justamente à classificação do ativo, em circulante e não circulante. É muito comum dúvidas do seguinte tipo: estoques é circulante ou não circulante? E as aplicações financeiras? E assim por diante. Em muitos casos, infelizmente, a resposta é: depende.

Veículos é circulante ou não circulante? Na maioria dos casos, veículos é não circulante. Muitas vezes na nossa pressa respondemos de imediato: não circulante. Mas o correto é: depende também. Veja o caso da Quality Aluguel de Veículos S/A e seu balanço de 31 de dezembro de 2016, consolidado.


Sendo uma empresa de aluguel de veículos, podemos imaginar que o grande ativo será, obviamente, veículos. E que esses veículos, por serem utilizados nos negócios, estariam classificados no não circulante. Mas observe que a conta de maior peso no balanço é “estoques” e não a de imobilizado. Olhando agora o que a empresa publicou na nota explicativa número 6, podemos ver o detalhamento dessa conta:


Os estoques da empresa, que correspondem a 77% do ativo, são veículos. E estes estão classificados no ativo circulante. Assim, como dissemos anteriormente, veículos usualmente são classificados no ativo não circulante. Mas, voltando à nossa pergunta inicial: veículos é circulante ou não circulante? Podemos ver que a resposta correta deve ser depende! Em circunstâncias especiais como a desta empresa, podem ser considerados no circulante.

Rir é o melhor remédio


20 junho 2017

Mercado de Trabalho da contabilidade: a crise ainda não passou

Enquanto na economia o número de trabalhadores admitidos no mercado de trabalho formal foi superior ao número dos demitidos, o mesmo não ocorreu na contabilidade. Em maio foram 34 mil contratações a mais que as demissões na economia como um todo, um número menor que do mês passado (quase 60 mil), mas ainda sim positivo.
Na contabilidade, o número positivo de janeiro criou uma ilusão que a crise no setor contábil estava passando. Mas desde então, o número de empregados demitidos superou os admitidos. E em maio atingiu um valor acumulado de 35 mil vagas reduzidas no setor em razão dos 8.190 admitidos e 9.233 demitidos em maio. Como é normal, o salário médio dos contratados é inferior ao dos demitidos: uma diferença de R$526 ou 23,6%.

Outra notícia ruim é o aumento do tempo médio de emprego dos demitidos, atingindo o valor máximo desde que começamos a computar este valor: 37,37 meses em maio de 2017 versus 33,65 meses de maio do ano passado. Isto significa que a crise não está poupando os empregados mais antigos e experientes. Um fato que comprova isto é que a idade média dos demitidos em maio foi de 32,56 anos, a segunda maior da série. E a idade média dos contratados é a maior da série: 30,60 anos. Ou seja, o mercado de trabalho tem demitido os empregados mais velhos e a idade média dos contratados tem aumentado com o tempo.

Em termos das características do trabalhador, o mês de maio só não foi ruim para aqueles com curso superior completo.