13 junho 2017
12 junho 2017
Resenha: TED Talks
Este livro é um guia de como falar em público, baseado na experiência dos palestrantes do TED. Estas conferências ficaram famosas na internet pelo fato de serem curtas (cerca de 18 minutos), objetivas e didáticas. O livro de Chris Anderson resume algumas dicas dos organizadores para os palestrantes. O autor enfatiza a relevância da novidade na introdução, mas o foco principal do livro é preparação. Anderson afirma que as boas palestras representam horas de preparação, o que inclui, inclusive, decorar a palestra! E ele diz algo decisivo: se um Bill Gates, um Daniel Kahneman ou um Barry Schawartz fazem isto, qual a razão de você também não fazer. Segundo o autor, um pecado capital numa palestra é o convidado falar algo como “estava vindo para esta palestra, quando pensei ...”.
Para a maioria das pessoas, decorar uma palestra de dezoito minutos pode levar cinco ou seis horas. Uma hora por dia, durante uma semana.
Conforme o autor: “Uma coisa é se preparar menos do que o necessário. Mas vangloriar-se disso? Isso é um insulto. O palestrante está dizendo que o tempo da plateia não vale nada. Que o evento não vale nada.” A palestra deve ser fruto de uma longa preparação, que inclui uma linguagem próxima ao seu público, mas não necessariamente powerpoint. Anderson faz uma constatação importante: um terço das Conferências TED mais vistas na internet não conta com um slide sequer. A sua regra básica é: melhor não usar slide algum a usar slides ruins. Assim, slides com um monte de texto são proibidos numa palestra de qualidade; a regra é um slide para cada ideia:
Pensando assim, conclui-se que a ideia é bem simples. A finalidade principal dos recursos visuais não deve ser comunicar palavras. A boca do palestrante já faz isso muito bem. A finalidade dos recursos visuais é mostrar aquilo que a boca não mostra tão bem: fotografias, vídeos, animações e dados importantes.
Ao longo da minha vida acadêmica tenho encontrado muito deste tipo de erro. O livro também comenta sobre a roupa, a tecnologia a ser usada, entre outros assuntos de interesse.
Vale a pena? Para quem é professor ou costuma dar palestras é uma obra importante. Apesar de muitas vezes a nossa aula ter mais de 18 minutos e nosso tempo disponível para preparar uma aula é bem menor que seis horas, algumas dicas são relevantes para o professor. Mesmo para quem deseja ou precisa falar em público, o livro pode indicar alguns caminhos interessantes. Sim, vale a pena.
Para a maioria das pessoas, decorar uma palestra de dezoito minutos pode levar cinco ou seis horas. Uma hora por dia, durante uma semana.
Conforme o autor: “Uma coisa é se preparar menos do que o necessário. Mas vangloriar-se disso? Isso é um insulto. O palestrante está dizendo que o tempo da plateia não vale nada. Que o evento não vale nada.” A palestra deve ser fruto de uma longa preparação, que inclui uma linguagem próxima ao seu público, mas não necessariamente powerpoint. Anderson faz uma constatação importante: um terço das Conferências TED mais vistas na internet não conta com um slide sequer. A sua regra básica é: melhor não usar slide algum a usar slides ruins. Assim, slides com um monte de texto são proibidos numa palestra de qualidade; a regra é um slide para cada ideia:
Pensando assim, conclui-se que a ideia é bem simples. A finalidade principal dos recursos visuais não deve ser comunicar palavras. A boca do palestrante já faz isso muito bem. A finalidade dos recursos visuais é mostrar aquilo que a boca não mostra tão bem: fotografias, vídeos, animações e dados importantes.
Ao longo da minha vida acadêmica tenho encontrado muito deste tipo de erro. O livro também comenta sobre a roupa, a tecnologia a ser usada, entre outros assuntos de interesse.
Vale a pena? Para quem é professor ou costuma dar palestras é uma obra importante. Apesar de muitas vezes a nossa aula ter mais de 18 minutos e nosso tempo disponível para preparar uma aula é bem menor que seis horas, algumas dicas são relevantes para o professor. Mesmo para quem deseja ou precisa falar em público, o livro pode indicar alguns caminhos interessantes. Sim, vale a pena.
11 junho 2017
Muito além do dinheiro público
Segundo Cristiane Barbieri (O Estado de S Paulo, Perda com JF vai além dos cofres públicos), os ex-presidentes da Petros, que eram conselheiros da BRF, recebia do concorrente propinas para obter informações privilegiadas. No caso, o concorrente era o grupo JeF. A BRF disse, oficialmente, que não sabia da relação entre os conselheiros e a JeF e que não iria divulgar um fato relevante.
Um aspecto interessante é que os dois conselheiros teria uma postura de desinteresse:
Saíam no meio de reuniões ou faltavam, não pertenciam a comitês e pouco participavam.
O episódio seria um exemplo de como o grupo da empresa JBS foi danoso para o mercado.
Nas delações, assiste-se a confissões de práticas anticoncorrenciais variadas. Elas vão da tomada de uma fábrica de lácteos da BRF à entrada em novos setores, com a criação ou aquisição de empresas gigantescas.
Um aspecto interessante é que os dois conselheiros teria uma postura de desinteresse:
Saíam no meio de reuniões ou faltavam, não pertenciam a comitês e pouco participavam.
O episódio seria um exemplo de como o grupo da empresa JBS foi danoso para o mercado.
Nas delações, assiste-se a confissões de práticas anticoncorrenciais variadas. Elas vão da tomada de uma fábrica de lácteos da BRF à entrada em novos setores, com a criação ou aquisição de empresas gigantescas.
10 junho 2017
Fato da Semana: Fortalecimento dos reguladores
Fato: Fortalecimento dos reguladores
Data: 8 junho
Contextualização
Os problemas políticos fizeram caminhar uma proposta de fortalecimento de dois órgãos reguladores brasileiros: CVM e Banco Central. Uma proposta de medida provisória estava parada na presidência da república. Aparentemente, diante das revelações da relação entre o atual presidente e o executivo da JBS, o governo decidiu aprovar a medida.
Com isto, CVM e Banco Central poderão fazer acordos de leniência e ampliaram o valor de uma possível multa a ser aplicada para a entidade que cometer infrações.
Relevância
A medida provisória tem o mérito de facilitar o trabalho dos reguladores e agilizar o processo de punição. É mais um instrumento para melhorar a qualidade da fiscalização e regulamentação da CVM e do Banco Central.
Notícia boa para contabilidade?
Sim. Como entidades de controle de caráter mais técnico, a CVM e o Banco Central passam a contar com melhores mecanismos para regular o mercado.
Desdobramentos
A medida não deve ser aplicada à JBS, já que seus problemas são anteriores à sua edição. Mas significa que estes reguladores terão mais força numa negociação.
Mas a semana só teve isto?
A compra do Popular pelo Santander por um euro, a troca do auditor da BT, a multa da Braskem e mais punições para JBS - agora com o corte na linha de financiamento do governo na Caixa - foram notícias importantes da semana.
(Fonte da Figura, aqui)
Data: 8 junho
Contextualização
Os problemas políticos fizeram caminhar uma proposta de fortalecimento de dois órgãos reguladores brasileiros: CVM e Banco Central. Uma proposta de medida provisória estava parada na presidência da república. Aparentemente, diante das revelações da relação entre o atual presidente e o executivo da JBS, o governo decidiu aprovar a medida.
Com isto, CVM e Banco Central poderão fazer acordos de leniência e ampliaram o valor de uma possível multa a ser aplicada para a entidade que cometer infrações.
Relevância
A medida provisória tem o mérito de facilitar o trabalho dos reguladores e agilizar o processo de punição. É mais um instrumento para melhorar a qualidade da fiscalização e regulamentação da CVM e do Banco Central.
Notícia boa para contabilidade?
Sim. Como entidades de controle de caráter mais técnico, a CVM e o Banco Central passam a contar com melhores mecanismos para regular o mercado.
Desdobramentos
A medida não deve ser aplicada à JBS, já que seus problemas são anteriores à sua edição. Mas significa que estes reguladores terão mais força numa negociação.
Mas a semana só teve isto?
A compra do Popular pelo Santander por um euro, a troca do auditor da BT, a multa da Braskem e mais punições para JBS - agora com o corte na linha de financiamento do governo na Caixa - foram notícias importantes da semana.
(Fonte da Figura, aqui)
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