Translate

08 junho 2017

Links

Banco Popular: lição para a Itália?

Banco Popular: ações judiciais a caminho (aqui também)

Banco Popular: o banco que vendeu sua alma (fotografia)

Vídeo: museu da falha

Escândalo da Odebrecht na República Dominicana

E o INAI quer cópia de todos os contratos da Odebrecht com a Pemex entre 2006 a 2016 (México)

"O mundo é amador, comparado ao Brasil" (em corrupção)

Hospital Escola: Custo versus taxa de mortalidade

Existem dois tipos de hospitais: o hospital escola ou de ensino e o hospital comum. Qual o melhor? O hospital escola está vinculado a um curso na área de saúde, geralmente medicina. Por ter esta característica, o hospital escola é mais caro. Quando um paciente entra num hospital escola, ele pode ser o tema de uma aula, onde o professor irá expor o seu caso e os alunos utilizarão o paciente como parte do aprendizado. O tempo padrão num hospital escola é diferente de um hospital comum. Neste último, o paciente, depois de ser tratado a partir de um procedimento comum por parte de um profissional, será liberado. No hospital escola o caso de um paciente poderá ser discutido numa turma, depois de ser detalhadamente analisado.

O hosptial escola também serve para novos experimentos e de treinamento para a nova geração de profissionais da saúde. Apesar do aluno ter um salário reduzido, o tempo mais demorado no tratamento e a possibilidade de servir de experimento faz com que o custo total seja muito maior. No Brasil isto é reconhecido pelo próprio governo, que paga um extra para cada paciente que é tratado num hospital escola. Vale a pena?

Além de formar futuros profissionais, com maior qualidade, o fato de existirem hospitais escola tem outro aspecto: uma pesquisa recente, relata no The Incidental Economist mostra que o hosptial escola reduz a taxa de mortalidade em relação ao hospital comum. Isto ocorre pela utilização de terapias inovadoras. E o efeito é maior sobre a mortalidade, quanto mais alunos estiverem em treinamento por leito.

Estes resultados podem indicar que o custo da vida salva compensa o gasto mais elevado nos hospitais que possuem a missão de educar.

BT troca auditor

Depois de 33 anos, a PwC deixará a auditoria da empresa britânica BT. No início do ano, a BT reconheceu que uma filial italiana tinha manipulado os resultados. As ações cairam após a divulgação. Diante do problema, a BT contratou a KPMG para investigar os acontecimentos. A KPMG relatou a existência de práticas contábeis impróprias, que abrangia vendas, compras e leasing. E que o problema ocorria há anos.

E parece que o trabalho da KPMG agradou. A BT pretende que a troca seja suave e por este motivo a PwC ainda deve assinar os resultados de 2017-18. Em maio a BT anunciou que os pagamentos de Gavin Patterson, executivo-chefe, cairia de 5,28 milhões de libras esterlinas para 1,34 milhão.

Os problemas reduziram o valor da empresa em 8 bilhões de libras ou 34 bilhões de reais. Além deste efeito, as empresas que participam da FTSE 350 devem trocar seu auditor a cada dez anos. A PwC também auditava a Tesco em 2014 e foi substituída pela Deloitte.

Mais punição

Ontem divulgamos uma investigação da Reuters onde a Caixa Econômica Federal estaria "punindo" a JBS pela divulgação de acusações contra o presidente da República.

Hoje o Valor divulgou que o governo ampliou os poderes punitivos da CVM e do Banco Central. Através de uma medida provisória, o governo  multiplicou as multas das duas entidades. Na CVM, a multa máxima passou de 500 mil para 500 milhões; no Banco Central, de 250 mil para 2 bilhões. A medida estava parada na presidência da república desde 2015, segundo o jornal.

No texto da capa do jornal tem-se que a JBS afirma ser vítima de represálias pelas delações.