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05 junho 2017

Crescimento sustentável

O índice de crescimento sustentável determina a taxa de crescimento máxima de vendas que uma empresa pode ter sem comprometer sua estrutura financeira. O cálculo é bastante simples: a variação do patrimônio líquido sobre o patrimônio líquido inicial. Assim, se o patrimônio líquido de uma empresa cresceu num determinado período em 10%, esta deveria ser a taxa de crescimento da receita da empresa. Um crescimento acima de 10% pode comprometer, no longo prazo, a estrutura de financiamento da empresa.

Assim, o índice de crescimento sustentável deve ser visto em conjunto com o crescimento da receita da empresa. Se quisermos uma análise mais sofisticada é possível usar a expressão que multiplica a margem líquida pela retenção do lucro, o giro do ativo e a alavancagem financeira. Robert Higgins, em Analysis for Financial Management, dedica uma grande atenção para este índice. Já fizemos uma postagem sobre este índice http://www.contabilidade-financeira.com/2012/04/crescimento-sustentavel.html, indicando as suas principais características.

Veja o exemplo de uma empresa real, mostrado na figura abaixo. Na linha vermelha, o crescimento da receita, entre junho de 2012 a março de 2017. Neste período, a receita chegou a multiplicar por 2,5, no final de 2015. Um crescimento impressionante de quase 7% no trimestre. Mesmo com a redução no volume de receitas nos últimos trimestres, a empresa multiplicou por dois sua receita em cinco anos.


Na linha azul o índice de crescimento sustentável. Para acompanhar o crescimento da receita e manter a estrutura de financiamento, a empresa também deveria ter uma taxa de crescimento sustentável elevada. Entretanto, enquanto a receita dobrava de tamanho, o crescimento sustentável aumentou 20% no período, embora no final do terceiro trimestre de 2015 o crescimento sustentável acumulado chegou a 55%, para reduzir nos períodos seguintes.

Se o patrimônio líquido cresceu menos que a receita, a empresa deve ter lançado mão de financiamento de terceiros. No caso desta empresa, a dívida bruta pelo ativo saiu de 42% no final de junho de 2012 para 57% em março de 2016, reduzindo para 56,2% em março de 2017. A correlação entre este índice de endividamento e a relação entre o crescimento da receita e o crescimento sustentável é de 0,94 no período. A figura a seguir faz esta comparação em termos visuais.


Isto mostra que um elevado crescimento nas vendas de uma empresa deve ter, em contrapartida, um maior volume de recursos próprios, caso contrário a empresa torna-se mais endividada.

A próxima figura é de outra empresa, onde a taxa de crescimento da receita chegou a 30% no final do terceiro trimestre de 2013, enquanto o crescimento sustentável era de 1%. Desde então, o crescimento sustentável acumulado ficou negativo, mas a diferença com o crescimento da receita, que chegou a 65% no final de dezembro de 2015, persistiu na casa dos 30%. (Isto corresponde a diferença entre as duas linhas da figura abaixo)


No caso da segunda empresa, o efeito no endividamento foi ainda maior. No início do período analisado a dívida bruta pelo ativo era de 28,5%. O ponto máximo do endividamento ocorreu justamente no final de 2015, quando a diferença entre o crescimento sustentável e o crescimento da receita foi o máximo: 55%. Desde então, o endividamento diminuiu para 46%. A correlação entre o índice de endividamento e a relação entre crescimento da receita e crescimento sustentável é de 0,89 para esta empresa. Por sinal, a questão do endividamento tem sido apontada como o principal problema desta empresa.

Parece que o crescimento sustentável pode ser uma informação relevante no longo prazo para o analista de uma empresa.

Uma nota final: a primeira empresa é a JBS, que teve um crescimento substancial nos últimos vinte anos. A segunda empresa é a Petrobras, que foi incentivada pelo governo, na gestão Gabrielli, a fazer amplos investimentos. Em ambos os casos, o crescimento parece que não foi sustentável.

Rir é o melhor remédio


04 junho 2017

Outro banco espanhol com problemas

O sexto maior banco da Espanha, o Banco Popular, pode ser liquidado a qualquer momento. Com sede em Madri e fundado em 1926, esta instituição tem ativos de 148 bilhões de euros e 12 mil empregados, além de quase 5 milhões de clientes. Suas ações valem hoje 0,43 euros e há dez anos tinham um valor de 15 euros.

A bolha imobiliária na Espanha derrubou os negócios do banco. Mas sua liquidação pode ser complicada, já que a instituição possui uma grande carteira de clientes entre as empresas de pequeno porte e é apoiado pela Opus Dei.

Um comprador não resolve os problemas do Banco Popular. Provavelmente dinheiro do contribuinte espanhol deverá ser usado para ajudar na solução do problema. Um potencial comprador, o Santander, somente faria negócio se existisse um apoio do governo para limpar o balanço do Popular.

Este não é o único banco espanhol com problemas. Conforme destacamos anteriormente no blog, o Bankia é outra instituição envolvida em escândalos.

Rir é o melhor remédio

A pequena Penelope Scout imita fotografias de pessoas famosas. Aqui o motivo e outras fotografias. Você consegue saber quem são estas pessoas? No final a resposta.








Carrie Fisher (Star Wars), Taylor Swift, Frida Kahlo, David Bowie, Adele e Ellen Degeneres

03 junho 2017

Links

De onde buscar o dinheiro para salvar os bancos da Itália?

Lava-jato já atinge o México

Situações usuais de uso ruim da estatística

PCAOB discute a questão da auditoria de estimativas contábeis

PCAOB: quando o auditor precisa usar um especialista

Caso do menino do Acre era publicidade

Fato da Semana: Multa da JBS de 10 bilhões

Fato: Multa da JBS de 10 bilhões

Data: 31 de maio

Contextualização - As negociações entre a JBS e a PGR começaram em fevereiro. As negociações começaram com uma proposta de 1,4 bilhão da JBS e 11,2 bilhões. No dia 22 de maio a PGR propôs 11 bilhões. Com a troca dos negociadores, a JBS finalmente concordou com 10,3 bilhões em 25 anos, a ser arcado pela holding, o protegeria os minoritários da empresa. O pagamento assegura o encerramento das investigações contra o grupo nas operações Greenfield, Sepsis, Cui Bono, Bullish e Carne Fraca. Do dinheiro, oito bilhões serão destinados entre Funcef (25%), Petros (25%), BNDES (25%), União (12,5%), FGTS (6,25%) e Caixa Econômica Federal (6,25%). O restante serão para projetos sociais.

Relevância - Trata-se do maior valor a ser pago por uma empresa num acordo de leniência no mundo. Ao concordar com o pagamento, a empresa concorda em colaborar com as investigações e em troca reduz as punições. O valor corresponde a quase 6% das receitas líquidas.

Notícia boa para contabilidade? Sim. A criação de mecanismos de punição de empresas que atuam contra as regras de mercado é um avanço para nosso capitalismo. Saber que as instituições estão funcionando também é positivo.

Desdobramentos - As punições não encerram aqui. Novos problemas poderão surgir nos processos dos minoritários, contra os auditores etc.

Mas a semana só teve isto? A semana foi muito movimentada: os problemas ambientais da Exxon, o novo parecer de auditoria nos EUA e a relação entre o Goldman e a Venezuela foram fatos alternativos da semana.

Perguntas prováveis em um processo seletivo

1. Quais são os seus pontos fortes?
2. Quais são os seus pontos fracos?
3. Por que você está interessado em trabalhar para esta empresa?
4. Onde você se vê em cinco anos? E em 10?
5. Por que você quer deixar o seu emprego atual?
6. Por que há uma lacuna na sua trajetória profissional entre (data) e (data)?
7. O que só você pode nos oferecer?
8. Cite três pontos em que seu ex-chefe gostaria que você melhorasse.
9. Você busca uma recolocação no mercado?
10. Você tem planos de viajar?
11. Conte sobre a realização de carreira da qual mais se orgulha.
12. Conte sobre alguma vez em que você tenha cometido um erro.
13. Qual o seu emprego dos sonhos?
14. Como você ficou sabendo desta vaga?
15. O que você espera realizar nos primeiros 30 dias, 60 dias e 90 dias de trabalho?
16. Fale um pouco sobre o seu currículo.
17. Fale um pouco sobre sua formação acadêmica.
18. Descreva-se.
19. Conte-me como lidou com uma situação difícil.
20. Por que deveríamos contratá-lo?
21. Por que você está procurando um novo emprego?
22. Você trabalharia em fins de semana e feriados?
23. Como você lidaria com um cliente bravo?
24. Qual a sua pretensão salarial?
25. Conte-me sobre alguma vez em que foi além e também abaixo do que era esperado para um projeto.
26. Quem são seus concorrentes?
27. Qual o seu maior fracasso?
28. O que te motiva?
29. Qual a sua disponibilidade?
30. Quem é o seu mentor?
31. Conte-me sobre alguma vez em que discordou do seu chefe.
32. Como você lida com a pressão?
33. Qual o nome do seu CEO?
34. Quais as suas metas de carreira?
35. O que o motiva para se levantar todos os dias?
36. Quais eram os pontos fortes e fracos dos seus chefes?
37. O que as pessoas que se reportam diretamente a você diriam sobre você?
38. Se eu ligasse agora para o seu chefe e perguntasse em quais pontos você precisa melhorar o que ele diria?
39. Você é um líder ou um seguidor?
40. Qual o último livro que você leu por diversão?
41. Quais são os hábitos irritantes dos seus colegas?
42. Quais são os seus hobbies?
43. Qual o seu site favorito?
44. O que o deixa desconfortável?
45. Quais foram as suas experiências de liderança
46. Como você demitiria alguém?
47. O que você mais gosta e o que menos gosta de trabalhar neste setor?
48. Você trabalharia 40 horas ou mais por semana?
49. Quais perguntas eu não fiz para você?
50. Quais perguntas você quer fazer para mim?

Fonte: Aqui