02 junho 2017
01 junho 2017
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Vídeo: a dificuldade de pronunciar Covfefe (uma palavra digitada por Trump no seu Twitter que ninguém sabe o que é)
HSBC faz parceria com empresa de AI para reduzir a lavagem de dinheiro
Toshiba e a falta do parecer do auditor
Eletrobras x Petrobras = briga de duas estatais por R$1,7 bilhão na justiça
Uber tem prejuízo
Wells Fargo: "sem fraude, a matemática não funciona"
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Frase
O modelo de "rede global" da indústria de auditoria é o veículo legal usado para gerar responsabilidade, em uma versão Big Four de Catch Me If You Can . (Francine McKenna)
Segundo a McKenna, o modelo das empresas de auditoria é estabelecer sócios, até que surja um problema. Quando atende uma empresa em qualquer lugar do mundo, a auditoria enfatiza a rede global necessária para suprir as necessidades dos clientes. Se ocorre problema, negam a estrutura, para evitar responsabilidade legal. McKenna foca no caso da PwC, que "evitou" ver um problema de despesa pessoal com dinheiro da Fifa.
Segundo a McKenna, o modelo das empresas de auditoria é estabelecer sócios, até que surja um problema. Quando atende uma empresa em qualquer lugar do mundo, a auditoria enfatiza a rede global necessária para suprir as necessidades dos clientes. Se ocorre problema, negam a estrutura, para evitar responsabilidade legal. McKenna foca no caso da PwC, que "evitou" ver um problema de despesa pessoal com dinheiro da Fifa.
Notícias, notícias e notícias
Quatro textos diferentes, com origens diferentes, provocam uma reflexão sobre notícias e jornalismo. Comecemos por dois textos acadêmicos.
No início desta semana postamos um resumo de uma pesquisa realizada na França sobre a propagação de notícias. O advento dos meios modernos de comunicação aumentou o tempo que uma notícia é divulgada pelos meios de comunicação, através do mecanismo do “colar copiar”. A pesquisa mostrou que a rapidez na propagação é decorrente da cópia, mas que a reputação pode ajudar a resolver em parte este problema. A pesquisa é importante por discutir um aspecto bastante comum nos dias atuais, que é a reprodução de notícias. Mais do que a redução no custo de produção de notícias, tivemos uma substancial queda no custo de reprodução. Isto não ocorreu somente com o jornalismo, mas também com os livros acadêmicos - onde a cultura do PDF expandiu e fez cair a venda das obras, ou nos filmes, onde novos canais de acesso e o aumento da oferta derrubou os preços (vide Netflix ou torrents).
Ontem Danielle Nunes defendeu sua tese sobre Incerteza Política (vide aqui uma postagem do blog). A professora utilizou a base de dados do jornal O Globo de 1985 a 2015 para verificar o comportamento mensal dos fatos políticos que podem ter afetado o mercado acionário brasileiro. Os resultados mostram que o mercado sofre influencia da incerteza doméstica e daquela originária de outros países. O jornalismo, representado no estudo pelas notícias do jornal carioca, seria a expressão deste sentimento de incerteza.
As duas pesquisas citadas acima mostram a relevância das notícias sob a ótica acadêmica. Não menos importante para esta reflexão são dois textos postados na rede.
O primeiro é uma análise da relação entre notícia e dinheiro, feita no blog Stumbling And Mumbling. A discussão é o papel do dinheiro sobre a produção de notícias. Dillow pergunta se a presença de dinheiro na produção de notícias poderia afetar sua qualidade e se o jornalismo seria diferente. Ele faz uma ligação com textos acadêmicos, que teriam a mesma questão para responder: a pesquisa mudaria se não houvesse dinheiro envolvido? Não buscamos de forma obsessiva o p-valor dos resultados? Creio que o dinheiro não é o único motivador da escrita: afinal este blog existe há 11 anos. Mas prestígio intelectual, idealismo e necessidade de compartilhar nossos pensamentos também podem ser relevantes. O leitor precisa ver como ficamos (eu, Isabel e Pedro) contentes quando recebemos elogios.
O último é um texto longo do promarket sobre o jornalismo empresarial . Representa um resumo de um painel no Stigler Center, mas existe uma nas linhas uma grande decepção com este tipo de texto. E isto inclui críticas a enorme dependência de relatórios produzidos pelas empresas, ao invés de buscar uma análise mais crítica, o que torna os jornalistas dependentes das fontes e passíveis de serem enganados. O texto lembra duas pesquisas conduzidas por Dyck e Zingales, uma de 2002 e outra de 2008 - esta com a participação de Moss, onde a imprensa é analisada sob a ótica corporativa. Alguns dos painelistas focam suas críticas as empresas que controlam as notícias, que exclui ponto de vista marginal e afastam os textos investigativos.
Talvez a única certeza seja que a discussão não acabou.
No início desta semana postamos um resumo de uma pesquisa realizada na França sobre a propagação de notícias. O advento dos meios modernos de comunicação aumentou o tempo que uma notícia é divulgada pelos meios de comunicação, através do mecanismo do “colar copiar”. A pesquisa mostrou que a rapidez na propagação é decorrente da cópia, mas que a reputação pode ajudar a resolver em parte este problema. A pesquisa é importante por discutir um aspecto bastante comum nos dias atuais, que é a reprodução de notícias. Mais do que a redução no custo de produção de notícias, tivemos uma substancial queda no custo de reprodução. Isto não ocorreu somente com o jornalismo, mas também com os livros acadêmicos - onde a cultura do PDF expandiu e fez cair a venda das obras, ou nos filmes, onde novos canais de acesso e o aumento da oferta derrubou os preços (vide Netflix ou torrents).
Ontem Danielle Nunes defendeu sua tese sobre Incerteza Política (vide aqui uma postagem do blog). A professora utilizou a base de dados do jornal O Globo de 1985 a 2015 para verificar o comportamento mensal dos fatos políticos que podem ter afetado o mercado acionário brasileiro. Os resultados mostram que o mercado sofre influencia da incerteza doméstica e daquela originária de outros países. O jornalismo, representado no estudo pelas notícias do jornal carioca, seria a expressão deste sentimento de incerteza.
As duas pesquisas citadas acima mostram a relevância das notícias sob a ótica acadêmica. Não menos importante para esta reflexão são dois textos postados na rede.
O primeiro é uma análise da relação entre notícia e dinheiro, feita no blog Stumbling And Mumbling. A discussão é o papel do dinheiro sobre a produção de notícias. Dillow pergunta se a presença de dinheiro na produção de notícias poderia afetar sua qualidade e se o jornalismo seria diferente. Ele faz uma ligação com textos acadêmicos, que teriam a mesma questão para responder: a pesquisa mudaria se não houvesse dinheiro envolvido? Não buscamos de forma obsessiva o p-valor dos resultados? Creio que o dinheiro não é o único motivador da escrita: afinal este blog existe há 11 anos. Mas prestígio intelectual, idealismo e necessidade de compartilhar nossos pensamentos também podem ser relevantes. O leitor precisa ver como ficamos (eu, Isabel e Pedro) contentes quando recebemos elogios.
O último é um texto longo do promarket sobre o jornalismo empresarial . Representa um resumo de um painel no Stigler Center, mas existe uma nas linhas uma grande decepção com este tipo de texto. E isto inclui críticas a enorme dependência de relatórios produzidos pelas empresas, ao invés de buscar uma análise mais crítica, o que torna os jornalistas dependentes das fontes e passíveis de serem enganados. O texto lembra duas pesquisas conduzidas por Dyck e Zingales, uma de 2002 e outra de 2008 - esta com a participação de Moss, onde a imprensa é analisada sob a ótica corporativa. Alguns dos painelistas focam suas críticas as empresas que controlam as notícias, que exclui ponto de vista marginal e afastam os textos investigativos.
Talvez a única certeza seja que a discussão não acabou.
Dinheiro para não falir
A Comissão Europeia e Itália concordaram em resgatar o banco problemático Monte dei Paschi di Siena, desenhando um projeto de plano de reestruturação que envolve cortes significativos de custos, algum bail-in da parte dos investidores, atingindo as obrigações, e a imposição de tectos à remuneração da administração, avança o FT.
Fonte: Aqui. É o dilema de salvar ou não um banco. Neste caso, uma instituição que existe desde 1472. Provavelmente a idade da instituição deve ter pesado na decisão: muito antigo para falir, então.
Fonte: Aqui. É o dilema de salvar ou não um banco. Neste caso, uma instituição que existe desde 1472. Provavelmente a idade da instituição deve ter pesado na decisão: muito antigo para falir, então.
Fraude fiscal no futebol
O agente de futebol Wagner Ribeiro foi condenado por fraude fiscal
. A sentença é de cinco anos de prisão. Ribeiro declarou que entre 2002 a 2005 teve rendimentos de 580 mil reais, quando o valor verdadeiro seria 4,3 milhões de reais.
Apesar de recorrer em liberdade, Ribeiro terá que entregar o passaporte, o que impede de sair do país.
O agente esteve também envolvido na controversa transação de transferência de Neymar para o Barcelona e trabalha também para Gabriel Gabigol, Vinícius Junior, Robinho e Lucas Lima.
. A sentença é de cinco anos de prisão. Ribeiro declarou que entre 2002 a 2005 teve rendimentos de 580 mil reais, quando o valor verdadeiro seria 4,3 milhões de reais.
Apesar de recorrer em liberdade, Ribeiro terá que entregar o passaporte, o que impede de sair do país.
O agente esteve também envolvido na controversa transação de transferência de Neymar para o Barcelona e trabalha também para Gabriel Gabigol, Vinícius Junior, Robinho e Lucas Lima.
Rir é o melhor remédio
Jackie apagou uma questão da prova com corretivo:
Fonte: Aqui
"Jackie, você não pode simplesmente apagar uma questão que não quer responder." |
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