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30 maio 2017

Procura-se ...

O Iasb fez uma proposta interessante (e, acredito, inovadora): apresentação de candidatos para fazerem uma revisão da literatura acadêmica sobre o efeito da implementação da IFRS 13 - Valor Justo (mensuração). Esta revisão será usada pelo Iasb na sua análise (e eventual mudança) da IFRS 13. Mais informação aqui

Aposta do Goldman

O sempre controverso Goldman Sachs esteve recentemente envolvido numa operação financeira que, eventualmente, poderia ajudar o regime venezuelano de Nicolas Maduro. Segundo informação do Wall Street Journal (via aqui), o Goldman recentemente adquiriu títulos emitidos pela empresa de petróleo PDVSA, num valor de face de quase 3 bilhões de dólares.

Comandando um país falido, com elevada inflação e recessão econômica, Maduro tem honrado as dívidas do seu país. O Goldman, que pagou o investimento com um desconto de 31% em relação a outros títulos, aposta também numa eventual mudança no governo da Venezuela. A oposição criticou o Goldman, que estaria ajudando o atual governo.

O Goldman é uma instituição financeira muito polêmica. Envolvido na crise financeira de 2007, nos problemas da AIG, além de escândalos na Líbia e Malásia, para o Goldman a compra de títulos

é apenas uma outra oportunidade única de capitalizar em títulos altamente arriscados que podem aumentar seu valor se a aposta funcionar ou pode ruir, caso contrário. O resto, como é o caso de tantas vezes, é irrelevante para Goldman.

Rir é o melhor remédio


29 maio 2017

Japão e IFRS

O Iasb e FASF do Japão assinaram uma declaração conjunta na semana passada reafirmando o compromisso da adoção das normas de contabilidade internacionais por parte do país asiático. Atualmente no Japão as empresas podem escolher as normas; as normas do Iasb são permitidas desde 2010 e atualmente 164 empresas com ações negociadas na bolsa adotam ou anunciaram planos de adotar as IFRS; isto significa 30% do valor de mercado do Japão.

Originalidade e Cópia em Notícias

No tempo do Crtl C Crlt V, produzir uma matéria nova ou um texto original é muito dispendioso. Talvez por isto, seja tão difícil manter um blog ou escrever um livro ou um artigo. Isto inclui notícias.

Uma pesquisa realizada na França, com dados de 2013, mostrou como a questão da cópia e da originalidade também é um problema na produção de notícias online. Usando dados de jornais, televisão, rádio, mídia online e agência de notícias, três pesquisadores desenvolveram um algoritmo de detecção de eventos, identificando o momento que a notícia surgiu. Depois, verificaram a propagação. Naquele ano, um quarto das notícias eram reproduzidas on-line em menos de 4 minutos, graças a cópia literal. Somente 33% do conteúdo online é original. Se por um lado existe um impacto negativo no incentivo à busca por notícias, há um efeito na reputação: afinal o conteúdo original é responsável por 58% do consumo de notícias on-line.

Isto é um aspecto interessante: a reputação parece resolver, em parte, a questão da violação de direitos autorais. Por exemplo: se existe um endereço na internet que simplesmente cópia as notícias de um jornal, a sua reputação não será das melhores.

Vide artigo aqui

Links

Surpresa: era digital tira vendas da Coca-Cola

Política e problemas de tradução

Razão para os flamingos usarem uma perna

O paraíso escandinavo não existe (hygge, fika e lagom)

JBS omitiu mudança na estrutura acionária da empresa

Petrobras: de como quebrar a como recuperar uma empresa

Joesley sai da presidência da JBS

Reuters

Duas notícias da Reuters, do final da semana passada.

A primeira é que alguns investidores estão apostando que o pior ainda está por vir no mercado acionário brasileiro. Nesta aposta, os problemas de Temer estariam começando, o que impediria de continuar tentando uma reforma na previdência e outras medidas econômicas.

A segunda refere-se a empresa chinesa COFCO que está reorganizando sua gestão no Brasil relacionado com a Nidera Sementes em razão de irregularidades contábeis referentes ao exercício social de 2016. A diferença pode chegar a mais de 150 milhões de dólares. O prejuízo da holding da Nidera, propriedade da COFCO, foi de 266 milhões de dólares.