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29 maio 2017

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Surpresa: era digital tira vendas da Coca-Cola

Política e problemas de tradução

Razão para os flamingos usarem uma perna

O paraíso escandinavo não existe (hygge, fika e lagom)

JBS omitiu mudança na estrutura acionária da empresa

Petrobras: de como quebrar a como recuperar uma empresa

Joesley sai da presidência da JBS

Reuters

Duas notícias da Reuters, do final da semana passada.

A primeira é que alguns investidores estão apostando que o pior ainda está por vir no mercado acionário brasileiro. Nesta aposta, os problemas de Temer estariam começando, o que impediria de continuar tentando uma reforma na previdência e outras medidas econômicas.

A segunda refere-se a empresa chinesa COFCO que está reorganizando sua gestão no Brasil relacionado com a Nidera Sementes em razão de irregularidades contábeis referentes ao exercício social de 2016. A diferença pode chegar a mais de 150 milhões de dólares. O prejuízo da holding da Nidera, propriedade da COFCO, foi de 266 milhões de dólares.

Rir é o melhor remédio


28 maio 2017

O Futuro da JBS

O jornal Estado de S Paulo traz hoje uma reportagem sobre o futuro de curto prazo da JBS (JBS corre contra o tempo para quitar R$18 bi em dívidas). O texto informa que a empresa possui dívidas de curto prazo, que vencem em 2017, de R$18 bilhões, conforme o próprio título do texto.

Para resolver este problema, a empresa tem como estratégia:

a) postegar o pagamento de fornecedores - como uma empresa dominante na cadeia produtiva, a JBS pode impor o pagamento a prazo na compra de bois. Isto já foi feito, mas nada impede da empresa aumentar este prazo. Se existirem outros compradores concorrentes, esta estratégia pode afastar os fornecedores e prejudicar no médio e longo prazo a cadeia produtiva da empresa. Além disto, este alívio é passageiro, já que a economia obtida ocorre uma vez somente.

b) redução da empresa - Isto pode ser feito de duas formas:

b.1) vendendo empresas do grupo - sendo um grupo diversificado, a JBS pode começar a vender algumas empresas que podem atrair investidores, como a Alpargatas, a Eldorado (celulose) ou a Vigor. A questão é encontrar compradores que se disponham a pagar um preço razoável pelas empresas e, de preferência, em dinheiro. Mas nada impede um acordo de troca de ativos por dívidas, por exemplo. A Alpargatas foi comprada no passado com juros de banco oficial e a Eldorado é uma empresa que teria uma valor mais adequado se a venda fosse postergada. De qualquer forma, a venda de empresa pode gerar um resultado negativo no balanço consolidado, conforme forem as negociações.

b.2) redução do tamanho da empresa de proteína - isto significa reduzir receita e porte da empresa. Aqui é necessário estar atento ao impacto dos custos fixos no resultado, mas se a decisão for por vender unidades isoladas, este problema talvez não seja expressivo. A redução do tamanho também pode ajudar na redução das necessidades de caixa.

O jornal alerta para o caráter especulativo das ações nos dias atuais e que a possibilidade de reapresentação das demonstrações contábeis pode afetar ainda mais o futuro da empresa.

Um aspecto não comentado pelo texto é a possibilidade de existência de cláusulas de proteção existentes nos empréstimos de longo prazo (covenants). Isto agravaria ainda mais a situação da empresa, conforme exposto no texto.

Ademais, ainda estamos no início do processo de “punição” pelas diabruras cometidas no passado. Outras multas e acertos precisam ser feitos, incluindo com autoridades de outros países. Assim esperamos. (Foto: aqui) (P.S. A dívida da Eldorado de curto prazo é de R$2,3 bilhões)

Rir é o melhor remédio

Quem é que manda

27 maio 2017

Fato da Semana: Dolly

Fato: Dolly

Data: 25 de maio

Contextualização

A empresa de refrigerantes Dolly sempre esteve envolvida em polêmicas, incluindo acusações contra a Coca-Cola e suspeita de não pagamento de tributos. No ano passado seu registro foi suspenso, mas criou-se outra pessoa jurídica para continuar a produção da tubaína e outros produtos da empresa. Na quinta uma operação da receita estadual de São Paulo anunciou uma dívida de 2 bilhões de reais com o fisco.

Logo após, surgiram novas notícias sobre o fato, envolvendo um contador que era de confiança do dono da empresa e auxiliares que desviaram recursos da empresa. É bem verdade que a estimativa do desvio chegada a 100 milhões de reais, bem abaixo da dívida tributária.

Relevância

O caso envolve alguns aspectos cruciais numa empresa; em especial, controles internos. Sinais exteriores de riqueza foram percebidos tardiamente pelo dono.

Além disto, uma empresa "polêmica" como a Dolly deve ter "segredos" que somente o contador, o braço direito do dono, sabe. Será que isto contribuiu com as falhas observadas?

Notícia boa para contabilidade?
Um contador numa situação de fraude e desvio não parece ser bom para contabilidade

Desdobramentos
Haverá a versão do contador, mas a dívida é da empresa, que deve fazer um plano de renegociação de dívidas fiscais com o estado. O Conselho de Ética do CRC deveria estar funcionando.

Mas a semana só teve isto?
A não publicação das demonstrações auditadas da Braskem e os problemas no futebol, que inclui a prisão do ex-presidente do Barcelona e outros escândalos. E, naturalmente, os desdobramentos da JBS.

Caso Dolly


(Grato a Jailton Fernandes, pela dica)