Contou duas vezes o impairment
O adeus ao formato mp3 (mais aqui)
Erhard e Jensen: Integridade em finanças
Os 14 delitos de Rodrigo Rato, ex-diretor do FMI
Problema com a privatização das prisões
19 maio 2017
Vagas: mapas das carreiras
O Guia do Estudante indicou um site interessante com mapas interativos que trazem estatísticas (a partir de dados do próprio site vagas.com) de qualquer profissão.
Quanto ganha o profissional nas diferentes fases de carreira? Quais as formações escolares mais comuns quem trabalha na área? Em que função a maioria já trabalhou e qual o próximo passo mais frequente? Homens são maioria ou trata-se de uma carreira com mais mulheres?A de contador (existem outras opções mais específicas) apresentou os seguintes dados:
Composição por gêneros: 45% mulheres e 55% homens.
Formação mais frequente: graduação em ciências contábeis
Ocupações anteriores: analista contábil (16%), assistente contábil (6%), auxiliar contábil (7%).
Salários:
Começando - abaixo de R$ 2.800,00
Valor médio - R$ 4.100,00
Experiente - acima de R$ 5.900
Para auditor não foi muito diferente e não há um mapa para professor de contabilidade. Não encontrei muito claramente as áreas no serviço público, até porque é um site que quer te ajudar a arrumar um emprego... Mas ao menos ia dar uma melhorada nesses salários, que não vão atrair muitos candidatos no vestibular. o.O
Para definir um cargo foi levado em consideração que pelo menos 10 pessoas utilizassem uma mesma nomenclatura para uma determinada posição e tivessem conexão com outro cargo. Segundo a esquipe técnica do Vagas.com. Foram suprimidos os níveis profissionais dos cargos, como júnior, pleno e sênior, e I, II e III.
A fonte de dados foi criada com base nos currículos cadastrados por cada usuário (!!!).
House of Cards 2
Todos nós estamos acompanhando as notícias recentes sobre a delação dos executivos da empresa JBS e o envolvimento de pessoas importantes, incluindo o atual presidente da república. Talvez o principal sintoma da relevância das notícias sobre a contabilidade financeira seja o comportamento de ontem do mercado acionário brasileiro. A Bovespa perdeu R$219 bilhões em valor de mercado, depois de meses de crescimento. O índice caiu para 61.597 pontos, sendo a maior queda diária desde 2008. Pior foi o desempenho de algumas empresas: Petrobras, com queda de 15,7%, e JBS, com 9,6%.
Outro efeito foi o aumento do risco Brasil, medido pelo CDS. Este seguro contra calote chegou a 269 pontos no final da tarde de ontem, uma alta de quase 30% em relação ao dia anterior.
De forma mais conservadora, a Standard Poors afirmou que colocou as notas do grupo JF, que inclui JBS e Eldorado Celulose, sob observação. Em até 90 dias a agência de risco deverá apresentar um conclusão.
Como as notícias afetaram as empresas? A incerteza política aumentou o risco político. Empresas que atuam em infra-estrutura deverão perder projetos públicos e algumas privatizações podem ser adiadas. O ambiente de negócios, que melhorou substancialmente com a gestão da economia, também deve ser afetado.
Para as empresas do grupo JF a notícia da delação premiada dos principais executivos foi uma grande surpresa. O cerco sobre o grupo e seus negócios estranhos realizados nos últimos anos parece que foram suficientes para incentivar a denúncia. A Operação Greenfield, que levou a uma multa bilionária, era só o começo. Além disto, a imagem era muito ruim para os investidores. Afinal, a empresa cresceu baseado em operações estranhas. O recente resultado positivo da empresa deveu-se, conforme comentamos aqui, a despesa financeira.
A Petrobras também foi afetada com as notícias. Dois aspectos podem justificar isto. Primeiro, a possibilidade de mudança de gestão com a incerteza política. O atual presidente tem optado por caminhos que agradam ao mercado, enxugando a empresa e tentando melhorar seu desempenho. Segundo, um dos reflexos da crise foi a alta do dólar. Apesar do presidente afirmar que o movimento da moeda estrangeira é positivo para a empresa, só um inocente acreditaria nisto ("Em função da combinação das receitas, que são em dólar, das despesas que você tem uma parte em dólar e uma parte em reais, e da dívida, que a maior parte é em dólar... Quando você faz essa resultante, essa resultante é positiva para a empresa")
Os últimos resultados da empresa dependeram, substancialmente, da redução do dólar, que ajudou na redução do passivo oneroso da empresa.
Mas como sempre, nada que ocorre na JBS chega sem uma grande desconfiança. No caso, rumores dão conta que a empresa comprou moeda estrangeira nos últimos dias, entre 750 milhões de dólares a 1 bilhão. A desvalorização cambial ocorrida ontem fez com que esta compra fosse suficiente para pagar a multa do acordo de leniência da empresa. Além disto, os executivos da empresa venderam 300 milhões de reais em ações da empresa recentemente, o que aumenta seus ganhos.
Espera-se que a CVM ou outro regulador possa investigar estas operações. A CVM já avisou que está acompanhando e monitorando o mercado.
Finalmente é importante destacar que as notícias também tiveram repercussão em outros mercados. A bolsa espanhola fechou em baixa e um dos motivos foi a crise brasileira. As empresa Mapfre, de seguros, e o Banco Santander, foram quem mais perderam.
Outro efeito foi o aumento do risco Brasil, medido pelo CDS. Este seguro contra calote chegou a 269 pontos no final da tarde de ontem, uma alta de quase 30% em relação ao dia anterior.
De forma mais conservadora, a Standard Poors afirmou que colocou as notas do grupo JF, que inclui JBS e Eldorado Celulose, sob observação. Em até 90 dias a agência de risco deverá apresentar um conclusão.
Como as notícias afetaram as empresas? A incerteza política aumentou o risco político. Empresas que atuam em infra-estrutura deverão perder projetos públicos e algumas privatizações podem ser adiadas. O ambiente de negócios, que melhorou substancialmente com a gestão da economia, também deve ser afetado.
Para as empresas do grupo JF a notícia da delação premiada dos principais executivos foi uma grande surpresa. O cerco sobre o grupo e seus negócios estranhos realizados nos últimos anos parece que foram suficientes para incentivar a denúncia. A Operação Greenfield, que levou a uma multa bilionária, era só o começo. Além disto, a imagem era muito ruim para os investidores. Afinal, a empresa cresceu baseado em operações estranhas. O recente resultado positivo da empresa deveu-se, conforme comentamos aqui, a despesa financeira.
A Petrobras também foi afetada com as notícias. Dois aspectos podem justificar isto. Primeiro, a possibilidade de mudança de gestão com a incerteza política. O atual presidente tem optado por caminhos que agradam ao mercado, enxugando a empresa e tentando melhorar seu desempenho. Segundo, um dos reflexos da crise foi a alta do dólar. Apesar do presidente afirmar que o movimento da moeda estrangeira é positivo para a empresa, só um inocente acreditaria nisto ("Em função da combinação das receitas, que são em dólar, das despesas que você tem uma parte em dólar e uma parte em reais, e da dívida, que a maior parte é em dólar... Quando você faz essa resultante, essa resultante é positiva para a empresa")
Os últimos resultados da empresa dependeram, substancialmente, da redução do dólar, que ajudou na redução do passivo oneroso da empresa.
Mas como sempre, nada que ocorre na JBS chega sem uma grande desconfiança. No caso, rumores dão conta que a empresa comprou moeda estrangeira nos últimos dias, entre 750 milhões de dólares a 1 bilhão. A desvalorização cambial ocorrida ontem fez com que esta compra fosse suficiente para pagar a multa do acordo de leniência da empresa. Além disto, os executivos da empresa venderam 300 milhões de reais em ações da empresa recentemente, o que aumenta seus ganhos.
Espera-se que a CVM ou outro regulador possa investigar estas operações. A CVM já avisou que está acompanhando e monitorando o mercado.
Finalmente é importante destacar que as notícias também tiveram repercussão em outros mercados. A bolsa espanhola fechou em baixa e um dos motivos foi a crise brasileira. As empresa Mapfre, de seguros, e o Banco Santander, foram quem mais perderam.
18 maio 2017
Um dia na vida de um contador: professor de contabilidade
O pessoal do Going Concern começou uma série de postagens muito legal: um dia na vida de um contador. Se o seu inglês estiver bom, clique aqui e confira a postagem na íntegra.
A ideia é dar uma espiada na vida dos contadores lá nos Estados Unidos (e lembra que estão precisando de gente!?)
O primeiro a participar é Alan, um professor que leciona contabilidade financeira intermediária e avançada e IFRS.
Ele geralmente acorda às 5h30 (eu quero saber que horas ele vai dormir, mas não diz) e vai andando para o trabalho. Um dia normal no varia. Depende se é um dia de ensino ou de pesquisa. Em dias de ensino ele começa com forte preparação, muita cafeína, aulas coladas umas nas outras. Os dias de pesquisa se alternam entre coleta de dados, codificação de dados, análise estatística, escrita, edição e tarefas para a preparação de apresentações. Geralmente também incluem muitos diálogos com coautores.
Quando questionado sobre a parte do trabalho dele que mais poderia surpreender as pessoas, ele menciona exercer também um papel de terapeuta, já que alunos na casa dos 20 geralmente lutam com assuntos sérios e não sabem ou não têm os recursos para lidar com aquilo. A parte mais gratificante do trabalho dele é ajudar alunos com metas de carreiras ou acadêmicas que, sem a ajuda dele, o aluno não conseguiria.
A ideia é dar uma espiada na vida dos contadores lá nos Estados Unidos (e lembra que estão precisando de gente!?)
O primeiro a participar é Alan, um professor que leciona contabilidade financeira intermediária e avançada e IFRS.
Ele geralmente acorda às 5h30 (eu quero saber que horas ele vai dormir, mas não diz) e vai andando para o trabalho. Um dia normal no varia. Depende se é um dia de ensino ou de pesquisa. Em dias de ensino ele começa com forte preparação, muita cafeína, aulas coladas umas nas outras. Os dias de pesquisa se alternam entre coleta de dados, codificação de dados, análise estatística, escrita, edição e tarefas para a preparação de apresentações. Geralmente também incluem muitos diálogos com coautores.
Quando questionado sobre a parte do trabalho dele que mais poderia surpreender as pessoas, ele menciona exercer também um papel de terapeuta, já que alunos na casa dos 20 geralmente lutam com assuntos sérios e não sabem ou não têm os recursos para lidar com aquilo. A parte mais gratificante do trabalho dele é ajudar alunos com metas de carreiras ou acadêmicas que, sem a ajuda dele, o aluno não conseguiria.
Ragi Refrigerantes: Inadimplência e fraude no ICMS
A fabricante do refrigerante Dolly é alvo nesta quinta-feira, 18, de uma operação que investiga fraudes relacionadas ao pagamento de impostos.
Segundo a Secretaria da Fazenda de São Paulo, a Operação Clone mira empresas "de um grande grupo do ramo de bebidas que são suspeitas de inadimplência fraudulenta do ICMS, embaraço de fiscalização e organização de fraude fiscal estruturada".
Fontes com conhecimento do assunto confirmam que trata-se da Ragi Refrigerantes, fabricante dos produtos da marca Dolly.
"Com cerca de R$ 2 bilhões de débitos já inscritos na dívida ativa e autos de infração milionários, as empresas do grupo têm deixado de responder a inúmeros comunicados da Secretaria da Fazenda desde o ano passado e jamais receberam fiscais da pasta para esclarecimentos", diz comunicado divulgado pela secretaria.
A pasta diz também que várias empresas tiveram as inscrições estaduais cassadas pelo Fisco por causa das irregularidades, mas que "há indícios de que elas ainda hoje continuam operando irregularmente, sem inscrição estadual".
O Fisco "também identificou créditos vultosos de impostos relativos a supostas entradas de insumo nunca comprovadas, emitidas por empresas situadas em outras unidades da federação, cujos valores foram objeto de autuações."
Fonte: Aqui
Segundo a Secretaria da Fazenda de São Paulo, a Operação Clone mira empresas "de um grande grupo do ramo de bebidas que são suspeitas de inadimplência fraudulenta do ICMS, embaraço de fiscalização e organização de fraude fiscal estruturada".
Fontes com conhecimento do assunto confirmam que trata-se da Ragi Refrigerantes, fabricante dos produtos da marca Dolly.
"Com cerca de R$ 2 bilhões de débitos já inscritos na dívida ativa e autos de infração milionários, as empresas do grupo têm deixado de responder a inúmeros comunicados da Secretaria da Fazenda desde o ano passado e jamais receberam fiscais da pasta para esclarecimentos", diz comunicado divulgado pela secretaria.
A pasta diz também que várias empresas tiveram as inscrições estaduais cassadas pelo Fisco por causa das irregularidades, mas que "há indícios de que elas ainda hoje continuam operando irregularmente, sem inscrição estadual".
O Fisco "também identificou créditos vultosos de impostos relativos a supostas entradas de insumo nunca comprovadas, emitidas por empresas situadas em outras unidades da federação, cujos valores foram objeto de autuações."
Fonte: Aqui
Ibovespa e Circuit Breaker
O principal índice da bolsa paulista retomou o pregão e opera em forte queda nesta quinta-feira (18), após ter os negócios interrompidos pelo circuit breaker, um mecanismo de controle de variação dos índices. Se a queda persistir, os negócios podem ser interrompidos novamente quando a baixa chega a 15%. Desta vez, a paralisação seria de uma hora.
Às11h19 10h19, o Ibovespa caía 8,23%, a 61.978 pontos.
Às 10h51, a Bovespa caiu 10,47%, a 60.470 pontos, e os negócios foram interrompidos pelo circuit breaker, repercutindo as denúncias da noite passada contra o presidente Michel Temer. Os negócios ficaram suspensos por 30 minutos. O site da Bovespa também saiu do ar. A última vez que isso aconteceu foi em 22 de outubro de 2008, quando a bolsa caiu 10,18%.
O circuit breaker é um mecanismo de controle da variação dos índices. Quando as cotações superam limites estabelecidos de alta ou de baixa, as negociações são interrompidas, para evitar movimentos muito bruscos.
Na Bovespa, o circuit breaker é disparado quando a baixa Ibovespa atinge os 10%. Os negócios são então paralisados por trinta minutos e retomados em seguida. Depois da retomada do pregão, se a queda persistir, os negócios são novamente interrompidos quando a baixa chega a 15%. Desta vez, a paralisação é de uma hora.
As ações preferenciais da Petrobras abriram as negociações desta quinta com queda de 18%. Os títulos do banco Itaú, que possuem o maior peso no índice Ibovespa, também registravam baixa de 18%. Ainda no segmento financeiro, o Bradesco recuava 17%. A própria JBS perdia 14% no mesmo horário.
Na véspera, o Ibovespa caiu 1,67%, a 67.540 pontos, após subir por 6 pregões seguidos, tendo como pano de fundo o cenário externo de aversão a risco diante de preocupações com o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, segundo a agência Reuters.
Mais cedo, o Banco Central informou que está monitorando o impacto das informações recentemente divulgadas e que "atuará para manter a plena funcionalidade dos mercados".
A Secretaria do Tesouro Nacional também informou, por meio de nota à imprensa, que "adotará as medidas necessárias para assegurar a plena funcionalidade e a adequada liquidez dos mercados".
Fonte: Aqui
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Às 10h51, a Bovespa caiu 10,47%, a 60.470 pontos, e os negócios foram interrompidos pelo circuit breaker, repercutindo as denúncias da noite passada contra o presidente Michel Temer. Os negócios ficaram suspensos por 30 minutos. O site da Bovespa também saiu do ar. A última vez que isso aconteceu foi em 22 de outubro de 2008, quando a bolsa caiu 10,18%.
O circuit breaker é um mecanismo de controle da variação dos índices. Quando as cotações superam limites estabelecidos de alta ou de baixa, as negociações são interrompidas, para evitar movimentos muito bruscos.
Na Bovespa, o circuit breaker é disparado quando a baixa Ibovespa atinge os 10%. Os negócios são então paralisados por trinta minutos e retomados em seguida. Depois da retomada do pregão, se a queda persistir, os negócios são novamente interrompidos quando a baixa chega a 15%. Desta vez, a paralisação é de uma hora.
As ações preferenciais da Petrobras abriram as negociações desta quinta com queda de 18%. Os títulos do banco Itaú, que possuem o maior peso no índice Ibovespa, também registravam baixa de 18%. Ainda no segmento financeiro, o Bradesco recuava 17%. A própria JBS perdia 14% no mesmo horário.
Na véspera, o Ibovespa caiu 1,67%, a 67.540 pontos, após subir por 6 pregões seguidos, tendo como pano de fundo o cenário externo de aversão a risco diante de preocupações com o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, segundo a agência Reuters.
Mais cedo, o Banco Central informou que está monitorando o impacto das informações recentemente divulgadas e que "atuará para manter a plena funcionalidade dos mercados".
A Secretaria do Tesouro Nacional também informou, por meio de nota à imprensa, que "adotará as medidas necessárias para assegurar a plena funcionalidade e a adequada liquidez dos mercados".
Fonte: Aqui
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