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12 maio 2017

Toshiba não encontrou um auditor

Segundo o jornal Japan Times a empresa Toshiba não conseguiu contratar um novo auditor para dar o parecer sobre as demonstrações contábeis de 2016. Conforme já informamos no blog, a empresa japonesa perdeu seu auditor, a PwC Aarata LLC. A empresa tem até segunda para resolver este problema. Provavelmente a Toshiba irá pedir para a PwC Aarata continuar trabalhando na empresa até que encontre um auditor diferente para o próximo exercício social.

Há um sério desentendimento entre a empresa de auditoria e a Toshiba com respeito a contabilidade da Westinghouse, uma unidade de energia nuclear da Toshiba, que apresenta sérios problemas financeiros. A PwC Aarata não concordou com os números da Toshiba e não quis assinar o seu relatório de auditoria para os três primeiros trimestres.

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Lobby para minar a SOX

As quadro grandes empresas de auditoria - Deloitte, EY, KPMG e Price - e a AICPA estão usando o momento político dos Estados Unidos para tentar mudar a Lei Sarbanes-Oxley, segundo afirma Francine McKenna. Esta lei, também conhecida como Sarbox ou SOX, foi aprovada em 2002 e alterou a forma de trabalho das empresas de auditoria.

Com a vitória de Trump abriu-se a oportunidade de reverter algumas reformas implementadas nos últimos anos. O atual presidente dos Estados Unidos é claramente favorável a redução de regras que “impedem” os negócios. Para a área de auditoria, a SOX é um obstáculo. Este conjunto de regras surgiu após os problemas com a empresa Enron e o trabalho incompetente da empresa de auditoria Arthur Andersen. Ambas entidades não existem mais, mas os efeitos dos problemas da Enron e da Andersen foram sérios, a ponto de levar a criação da SOX.

Segundo McKenna, as empresas de auditoria e a AICPA desejam voltar no tempo onde não existia uma entidade que regulasse as suas atividades. Segundo dados apresentados por McKenna, somente a Deloitte gastou 560 mil dólares no primeiro trimestre de 2017 na atividade de lobby. As outras empresas também estão fazendo “investimentos” pela alteração das normas, o que poderia, eventualmente, incluir a extinção do PCAOB.

Outro problema é a pressão exercida no passado para separar a auditoria da consultoria. Duas das grandes empresas de auditoria desfizeram da área de consultoria em razão da pressão ocorrida logo após a falência da Enron. Afinal, a atenção que a Andersen deu a consultoria pode ter provocado as falhas cometidas na Enron. Mas a área de consultoria é vantajosa e tem um crescimento bastante interessante. Por isto, as restrições de fazer auditoria e prestar serviço de consultoria representam um obstáculo para o crescimento das Big Four. O que se observa mais recentemente é a retomada dos serviços de consultoria.

No final de 2015, a Reuters revelou que as Big Four fizeram lobby para minar o presidente do PCAOB. Recentemente, sócios das empresas em diversos países, inclusive no Brasil, foram punidos pelo PCAOB. E um funcionário desta entidade repassou informações sobre fiscalização para a KPMG. Os problemas da Big Four com os reguladores não param e isto pode ser um indutor para o lobby das empresas de auditoria.

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Fonte: Aqui

11 maio 2017

Quem destrói mais o ambiente?

Em 1970, as pessoas usaram pela primeira vez mais recursos ambientais do que o mundo poderia produzir.

A diferença entre a demanda e a capacidade da natureza para atender a essa demanda tem crescido de forma constante desde então. Todos os anos vivemos um déficit ecológico - tomando mais do que podemos repor - reduzindo as reservas mundiais de recursos naturais. Garantir que não usamos os recursos do mundo é um esforço global, embora alguns países usem mais recursos do que outros.

Queríamos saber quais os países que mais usaram os recursos ambientais e quais os que não o fazem.

(...) Os países da Europa Ocidental, do Leste Asiático e dos países produtores de petróleo normalmente são os maiores déficits por pessoa. Luxemburgo tem um déficit por pessoa 10 vezes superior à média mundial. Os países da América do Sul, com densas florestas, como a Guiana, o Suriname e a Guiana Francesa, têm os maiores excedentes por pessoa.

Vimos que a riqueza de um país é um forte preditor do seu consumo de recursos naturais. Olhando apenas para as 50 maiores economias, o Canadá é o mais ambientalmente responsável e a Coreia do Sul o pior. Destas grandes economias, os Estados Unidos têm o segundo pior cenário ambiental.

A pegada ecológica mede quanta área biologicamente produtiva um país precisa para alimentar seu consumo de recursos e absorver seus resíduos.

(...) Por outro lado, a "biocapacidade" é positiva para o meio ambiente. A biocapacidade mede o quanto a terra e a água de um país podem produzir. (...)

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Uberização da Contabilidade 2

Numa postagem de ontem reproduzimos um texto de um jornal português sobre a uberização da contabilidade. Além de reproduzir o texto, fizemos alguns comentários sobre as ideias apresentadas no jornal.

O termo uberização naturalmente é originário do nome da empresa Uber. Em termos conceituais, refere-se a transição de um modelo operacional onde os agentes econômicos trocam uma capacidade subutilizada de recursos, com baixo custo de transação. No caso do Uber, a empresa criou um aplicativo que permite que os usuários solicitem o serviço de motoristas que utilizam seu próprio automóvel. O custo de transação é reduzido, já que não existe o processo burocrático de um táxi; para o motorista, prestar este serviço pode ser interessante nas horas vagas, por exemplo, quando seu automóvel estiver subutilizado. O papel da empresa é aproximar o cliente do prestador de serviço.

A uberização depende da tecnologia existente no dia de hoje, onde clientes podem acessar rapidamente a plataforma da empresa, que irá prestar serviço indicando um motorista. A empresa é um intermediário entre dois agentes econômicos. Para garantir a qualidade do serviço e criar incentivos para o motorista e cliente, a empresa adota um sistema de classificação da qualidade do serviço.

A Uber não é a única empresa onde isto ocorre. Airbnb, de locação de espaços físicos, ou eBay, de venda de artigos.

Voltamos então ao artigo. No texto o autor afirma:

Tecnologia aplicada ao serviço é o futuro

Se a uberização fosse somente isto, a ideia do texto estaria correta. Mas trata-se da criação de um vínculo entre cliente e prestador de serviço, através de uma empresa (Uber, Airbnb, eBay etc). Observe no seguinte texto:

Se imaginarmos que o “destino” pretendido pelos clientes dos contabilistas é o cumprimento atempado das obrigações fiscais, então teremos uma “viagem” normal, semelhante àquela que é proporcionada pelo serviço de táxi tradicional.

Pelo texto, realmente a contabilidade NÃO poderia ser comparada, já que não existiria o “prestador de serviço”. Poderia existir a Uberização da Contabilidade se:

a) eu criasse uma empresa chamada ContUber, por exemplo;
b) criasse um app de fácil uso para qualquer pessoa interessada (e que tivesse um cartão de crédito);
c) criasse um banco de dados de profissionais contadores
d) um cliente, desejando resolver um problema contábil, acessaria o App, indicando seu problema;
e) baseado na descrição, a ContUber mandaria um profissional, que não teria vínculo empregatício com a ContUber, com as habilidades desejadas;
f) o serviço seria prestado pelo profissional;
g) o cliente avaliaria a qualidade do serviço, pontuando num sistema de ranking;
h) Com o pagamento para ContUber, esta passa uma parcela do dinheiro para o profissional que prestou o serviço. Tanto o cliente quanto o profissional seriam avaliados; baixa avaliação significa ser descadastrado da ContUber.

Este seria realmente uma situação de Uberização da Contabilidade.

(Esta postagem surgiu de uma dúvida de um leitor. Grato.)

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