Fonte: Aqui
12 maio 2017
11 maio 2017
Quem destrói mais o ambiente?
Em 1970, as pessoas usaram pela primeira vez mais recursos ambientais do que o mundo poderia produzir.
A diferença entre a demanda e a capacidade da natureza para atender a essa demanda tem crescido de forma constante desde então. Todos os anos vivemos um déficit ecológico - tomando mais do que podemos repor - reduzindo as reservas mundiais de recursos naturais. Garantir que não usamos os recursos do mundo é um esforço global, embora alguns países usem mais recursos do que outros.
Queríamos saber quais os países que mais usaram os recursos ambientais e quais os que não o fazem.
(...) Os países da Europa Ocidental, do Leste Asiático e dos países produtores de petróleo normalmente são os maiores déficits por pessoa. Luxemburgo tem um déficit por pessoa 10 vezes superior à média mundial. Os países da América do Sul, com densas florestas, como a Guiana, o Suriname e a Guiana Francesa, têm os maiores excedentes por pessoa.
Vimos que a riqueza de um país é um forte preditor do seu consumo de recursos naturais. Olhando apenas para as 50 maiores economias, o Canadá é o mais ambientalmente responsável e a Coreia do Sul o pior. Destas grandes economias, os Estados Unidos têm o segundo pior cenário ambiental.
A pegada ecológica mede quanta área biologicamente produtiva um país precisa para alimentar seu consumo de recursos e absorver seus resíduos.
(...) Por outro lado, a "biocapacidade" é positiva para o meio ambiente. A biocapacidade mede o quanto a terra e a água de um país podem produzir. (...)
Continue lendo aqui
A diferença entre a demanda e a capacidade da natureza para atender a essa demanda tem crescido de forma constante desde então. Todos os anos vivemos um déficit ecológico - tomando mais do que podemos repor - reduzindo as reservas mundiais de recursos naturais. Garantir que não usamos os recursos do mundo é um esforço global, embora alguns países usem mais recursos do que outros.
Queríamos saber quais os países que mais usaram os recursos ambientais e quais os que não o fazem.
(...) Os países da Europa Ocidental, do Leste Asiático e dos países produtores de petróleo normalmente são os maiores déficits por pessoa. Luxemburgo tem um déficit por pessoa 10 vezes superior à média mundial. Os países da América do Sul, com densas florestas, como a Guiana, o Suriname e a Guiana Francesa, têm os maiores excedentes por pessoa.
Vimos que a riqueza de um país é um forte preditor do seu consumo de recursos naturais. Olhando apenas para as 50 maiores economias, o Canadá é o mais ambientalmente responsável e a Coreia do Sul o pior. Destas grandes economias, os Estados Unidos têm o segundo pior cenário ambiental.
A pegada ecológica mede quanta área biologicamente produtiva um país precisa para alimentar seu consumo de recursos e absorver seus resíduos.
(...) Por outro lado, a "biocapacidade" é positiva para o meio ambiente. A biocapacidade mede o quanto a terra e a água de um país podem produzir. (...)
Continue lendo aqui
Uberização da Contabilidade 2
Numa postagem de ontem reproduzimos um texto de um jornal português sobre a uberização da contabilidade. Além de reproduzir o texto, fizemos alguns comentários sobre as ideias apresentadas no jornal.
O termo uberização naturalmente é originário do nome da empresa Uber. Em termos conceituais, refere-se a transição de um modelo operacional onde os agentes econômicos trocam uma capacidade subutilizada de recursos, com baixo custo de transação. No caso do Uber, a empresa criou um aplicativo que permite que os usuários solicitem o serviço de motoristas que utilizam seu próprio automóvel. O custo de transação é reduzido, já que não existe o processo burocrático de um táxi; para o motorista, prestar este serviço pode ser interessante nas horas vagas, por exemplo, quando seu automóvel estiver subutilizado. O papel da empresa é aproximar o cliente do prestador de serviço.
A uberização depende da tecnologia existente no dia de hoje, onde clientes podem acessar rapidamente a plataforma da empresa, que irá prestar serviço indicando um motorista. A empresa é um intermediário entre dois agentes econômicos. Para garantir a qualidade do serviço e criar incentivos para o motorista e cliente, a empresa adota um sistema de classificação da qualidade do serviço.
A Uber não é a única empresa onde isto ocorre. Airbnb, de locação de espaços físicos, ou eBay, de venda de artigos.
Voltamos então ao artigo. No texto o autor afirma:
Tecnologia aplicada ao serviço é o futuro
Se a uberização fosse somente isto, a ideia do texto estaria correta. Mas trata-se da criação de um vínculo entre cliente e prestador de serviço, através de uma empresa (Uber, Airbnb, eBay etc). Observe no seguinte texto:
Se imaginarmos que o “destino” pretendido pelos clientes dos contabilistas é o cumprimento atempado das obrigações fiscais, então teremos uma “viagem” normal, semelhante àquela que é proporcionada pelo serviço de táxi tradicional.
Pelo texto, realmente a contabilidade NÃO poderia ser comparada, já que não existiria o “prestador de serviço”. Poderia existir a Uberização da Contabilidade se:
a) eu criasse uma empresa chamada ContUber, por exemplo;
b) criasse um app de fácil uso para qualquer pessoa interessada (e que tivesse um cartão de crédito);
c) criasse um banco de dados de profissionais contadores
d) um cliente, desejando resolver um problema contábil, acessaria o App, indicando seu problema;
e) baseado na descrição, a ContUber mandaria um profissional, que não teria vínculo empregatício com a ContUber, com as habilidades desejadas;
f) o serviço seria prestado pelo profissional;
g) o cliente avaliaria a qualidade do serviço, pontuando num sistema de ranking;
h) Com o pagamento para ContUber, esta passa uma parcela do dinheiro para o profissional que prestou o serviço. Tanto o cliente quanto o profissional seriam avaliados; baixa avaliação significa ser descadastrado da ContUber.
Este seria realmente uma situação de Uberização da Contabilidade.
(Esta postagem surgiu de uma dúvida de um leitor. Grato.)
O termo uberização naturalmente é originário do nome da empresa Uber. Em termos conceituais, refere-se a transição de um modelo operacional onde os agentes econômicos trocam uma capacidade subutilizada de recursos, com baixo custo de transação. No caso do Uber, a empresa criou um aplicativo que permite que os usuários solicitem o serviço de motoristas que utilizam seu próprio automóvel. O custo de transação é reduzido, já que não existe o processo burocrático de um táxi; para o motorista, prestar este serviço pode ser interessante nas horas vagas, por exemplo, quando seu automóvel estiver subutilizado. O papel da empresa é aproximar o cliente do prestador de serviço.
A uberização depende da tecnologia existente no dia de hoje, onde clientes podem acessar rapidamente a plataforma da empresa, que irá prestar serviço indicando um motorista. A empresa é um intermediário entre dois agentes econômicos. Para garantir a qualidade do serviço e criar incentivos para o motorista e cliente, a empresa adota um sistema de classificação da qualidade do serviço.
A Uber não é a única empresa onde isto ocorre. Airbnb, de locação de espaços físicos, ou eBay, de venda de artigos.
Voltamos então ao artigo. No texto o autor afirma:
Tecnologia aplicada ao serviço é o futuro
Se a uberização fosse somente isto, a ideia do texto estaria correta. Mas trata-se da criação de um vínculo entre cliente e prestador de serviço, através de uma empresa (Uber, Airbnb, eBay etc). Observe no seguinte texto:
Se imaginarmos que o “destino” pretendido pelos clientes dos contabilistas é o cumprimento atempado das obrigações fiscais, então teremos uma “viagem” normal, semelhante àquela que é proporcionada pelo serviço de táxi tradicional.
Pelo texto, realmente a contabilidade NÃO poderia ser comparada, já que não existiria o “prestador de serviço”. Poderia existir a Uberização da Contabilidade se:
a) eu criasse uma empresa chamada ContUber, por exemplo;
b) criasse um app de fácil uso para qualquer pessoa interessada (e que tivesse um cartão de crédito);
c) criasse um banco de dados de profissionais contadores
d) um cliente, desejando resolver um problema contábil, acessaria o App, indicando seu problema;
e) baseado na descrição, a ContUber mandaria um profissional, que não teria vínculo empregatício com a ContUber, com as habilidades desejadas;
f) o serviço seria prestado pelo profissional;
g) o cliente avaliaria a qualidade do serviço, pontuando num sistema de ranking;
h) Com o pagamento para ContUber, esta passa uma parcela do dinheiro para o profissional que prestou o serviço. Tanto o cliente quanto o profissional seriam avaliados; baixa avaliação significa ser descadastrado da ContUber.
Este seria realmente uma situação de Uberização da Contabilidade.
(Esta postagem surgiu de uma dúvida de um leitor. Grato.)
10 maio 2017
Uberização da contabilidade?
Um artigo no Jornal Econômico fala da uberização da contabilidade. Como o texto foi publicado num jornal português, a leitura precisa levar em consideração as peculiaridades locais. O autor começa com o seguinte diagnóstico:
Paira a sensação de que a maior parte dos contabilistas está demasiado focada no cumprimento das inúmeras obrigações que tem perante o Fisco e os seus clientes, não tendo capacidade de antever o que está para chegar. E este cenário torna-se ainda mais preocupante se pensarmos que ao longo de 2017 a contabilidade das empresas irá sofrer profundas alterações devido à entrada em vigor das Taxonomias, que acarretam mudanças quer no Plano de Contas, quer na estrutura do ficheiro SAFT-(PT).
A segunda parte do parágrafo é de interesse local. Mas não acredito que a implantação de taxonomia ou mudança no plano de contas possam ser usados como argumento.
Consciente ou não dessa realidade, a transformação digital dos Escritórios de Contabilidade está a entrar pelos gabinetes adentro, não pela porta grande mas pela fibra que os conecta à Segurança Social ou ao Ministério das Finanças.
É interessante que o grande usuário da contabilidade parece ser o governo, como no nosso país.
Todos estão a ser puxados para a era digital, ainda que sem darem por isso, e talvez muitos não estejam ainda preparados para tirar o máximo proveito das ferramentas que lhes são impostas.
Isto não é uma característica exclusiva da contabilidade.
Mas afinal, o que é isto da “uberização” da contabilidade?
É muito simples traçar um paralelo entre ambas as realidades: a do transporte privado de passageiros e a prestação de serviços de contabilidade. Se imaginarmos que o “destino” pretendido pelos clientes dos contabilistas é o cumprimento atempado das obrigações fiscais, então teremos uma “viagem” normal, semelhante àquela que é proporcionada pelo serviço de táxi tradicional.
Tenho dúvidas se o gestor deseja um serviço “uber”, como afirma o texto. Em alguns casos, sim. Mas na grande maioria, o gestor é muito orgulhoso para ter alguém dando palpite. Além disto, o papel de “guiar” a gestão, numa grande empresa, talvez seja também o papel da área de marketing, produção, etc. E o profissional mais preparado para isto é o consultor, que sabe como vender seus “conselhos”. Não estou dizendo que a informação contábil não seja relevante; mas que a informação contábil, da forma como é entregue hoje, não é interessante para o gestor. Parece que o autor está tentando vender o Uber Black, quando o gestor quer o Uber X.
Porém, se oferecermos ao cliente um serviço mais ágil, que permita guiá-lo pelos pontos de maior interesse na gestão da sua empresa, que proporcione informação relevante exatamente na hora certa, contribuindo para a monitorização da performance e para o aumento da rentabilidade, aí o serviço será diferenciador.
Bom, parece que o autor reconhece que o serviço de Uber Black não é feito hoje pela contabilidade (mais adiante iremos saber que isto não ocorre somente nas pequenas empresas). E fala da necessidade de tempestividade, informação para controle e melhoria de desempenho.
Tecnologia aplicada ao serviço é o futuro
Muitos contabilistas já disponibilizam este serviço diferenciador às grandes contas, no entanto, a maioria das PME acede ainda a um serviço tradicional de táxi. A questão que se coloca é: como disponibilizar este serviço global a todas as empresas? A resposta é simples: tecnologia aplicada ao serviço – tal como fez a Uber.
O foco do texto então são as pequenas empresas. Nestas não existe o serviço de Uber e faz-se necessário a tecnologia aplicada ao serviço. Sejamos realista: é muito difícil substituir a visão do gestor/dono da pequena empresa por tempestividade, informação para controle e melhoria de desempenho. Mais difícil ainda é convencer o gestor/dono a aceitar esta informação.
É aqui que entra o papel essencial das software houses, também elas desafiadas a encontrar soluções que permitam agilizar a relação entre cliente e contabilista, deixando para trás um modelo de trabalho tradicional que limita a produtividade e o papel de consultoria de negócio que os contabilistas devem ter e, por outro lado, tira agilidade às empresas e dificulta o acesso a indicadores de gestão e informação de apoio à decisão, que podem ser tão decisivos na performance empresarial.
A grande diferença está na experiência que se tem ao longo do “percurso” e nos resultados obtidos. Cabe agora a cada um decidir como pretende fazer a “viagem”, sem esquecer que é na velocidade que hoje está a diferenciação.
Finalizando o texto com os desafios para cada profissional.
Paira a sensação de que a maior parte dos contabilistas está demasiado focada no cumprimento das inúmeras obrigações que tem perante o Fisco e os seus clientes, não tendo capacidade de antever o que está para chegar. E este cenário torna-se ainda mais preocupante se pensarmos que ao longo de 2017 a contabilidade das empresas irá sofrer profundas alterações devido à entrada em vigor das Taxonomias, que acarretam mudanças quer no Plano de Contas, quer na estrutura do ficheiro SAFT-(PT).
A segunda parte do parágrafo é de interesse local. Mas não acredito que a implantação de taxonomia ou mudança no plano de contas possam ser usados como argumento.
Consciente ou não dessa realidade, a transformação digital dos Escritórios de Contabilidade está a entrar pelos gabinetes adentro, não pela porta grande mas pela fibra que os conecta à Segurança Social ou ao Ministério das Finanças.
É interessante que o grande usuário da contabilidade parece ser o governo, como no nosso país.
Todos estão a ser puxados para a era digital, ainda que sem darem por isso, e talvez muitos não estejam ainda preparados para tirar o máximo proveito das ferramentas que lhes são impostas.
Isto não é uma característica exclusiva da contabilidade.
Mas afinal, o que é isto da “uberização” da contabilidade?
É muito simples traçar um paralelo entre ambas as realidades: a do transporte privado de passageiros e a prestação de serviços de contabilidade. Se imaginarmos que o “destino” pretendido pelos clientes dos contabilistas é o cumprimento atempado das obrigações fiscais, então teremos uma “viagem” normal, semelhante àquela que é proporcionada pelo serviço de táxi tradicional.
Tenho dúvidas se o gestor deseja um serviço “uber”, como afirma o texto. Em alguns casos, sim. Mas na grande maioria, o gestor é muito orgulhoso para ter alguém dando palpite. Além disto, o papel de “guiar” a gestão, numa grande empresa, talvez seja também o papel da área de marketing, produção, etc. E o profissional mais preparado para isto é o consultor, que sabe como vender seus “conselhos”. Não estou dizendo que a informação contábil não seja relevante; mas que a informação contábil, da forma como é entregue hoje, não é interessante para o gestor. Parece que o autor está tentando vender o Uber Black, quando o gestor quer o Uber X.
Porém, se oferecermos ao cliente um serviço mais ágil, que permita guiá-lo pelos pontos de maior interesse na gestão da sua empresa, que proporcione informação relevante exatamente na hora certa, contribuindo para a monitorização da performance e para o aumento da rentabilidade, aí o serviço será diferenciador.
Bom, parece que o autor reconhece que o serviço de Uber Black não é feito hoje pela contabilidade (mais adiante iremos saber que isto não ocorre somente nas pequenas empresas). E fala da necessidade de tempestividade, informação para controle e melhoria de desempenho.
Tecnologia aplicada ao serviço é o futuro
Muitos contabilistas já disponibilizam este serviço diferenciador às grandes contas, no entanto, a maioria das PME acede ainda a um serviço tradicional de táxi. A questão que se coloca é: como disponibilizar este serviço global a todas as empresas? A resposta é simples: tecnologia aplicada ao serviço – tal como fez a Uber.
O foco do texto então são as pequenas empresas. Nestas não existe o serviço de Uber e faz-se necessário a tecnologia aplicada ao serviço. Sejamos realista: é muito difícil substituir a visão do gestor/dono da pequena empresa por tempestividade, informação para controle e melhoria de desempenho. Mais difícil ainda é convencer o gestor/dono a aceitar esta informação.
É aqui que entra o papel essencial das software houses, também elas desafiadas a encontrar soluções que permitam agilizar a relação entre cliente e contabilista, deixando para trás um modelo de trabalho tradicional que limita a produtividade e o papel de consultoria de negócio que os contabilistas devem ter e, por outro lado, tira agilidade às empresas e dificulta o acesso a indicadores de gestão e informação de apoio à decisão, que podem ser tão decisivos na performance empresarial.
A grande diferença está na experiência que se tem ao longo do “percurso” e nos resultados obtidos. Cabe agora a cada um decidir como pretende fazer a “viagem”, sem esquecer que é na velocidade que hoje está a diferenciação.
Finalizando o texto com os desafios para cada profissional.
Assinar:
Postagens (Atom)