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05 maio 2017

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Um selo para comemorar o eclipse  (ao lado)

Escândalos, impechment, vizinhos hostis: e o mercado acionário da Coréia continua em alta

Depois do escândalo: Olympus não está conseguindo crescer

Investidor minoritário do Deutsche pede investigação sobre a condução da gestão no escândalo de manipulação das taxas de câmbio e o pagamento da multa

Solucionado o mistério das pedras que andam

Ainda Petrobras e Corrupção

Investigadores dizem ter comprovado desvios em contratos da petrolífera [Petrobras] e pagamentos de propinas viabilizados até pelo menos junho de 2016, já durante o governo Michel Temer e com a nova administração da Petrobras, empossada em 31 de maio do ano passado (Vieira, Após três anos de Lava-jato, corrupção continua a assolar setores da Petrobras, Valor 5 de maio de 2017)

Três aspectos no texto. Primeiro, uma empresa do tamanho da Petrobras talvez seja difícil eliminar os desvios em contratos, mesmo com os esforços realizados. Segundo, há uma diferença entre a situação atual e das três gestões passadas, onde foi institucionalizado um esquema de corrupção; isto é diferente - até onde se saiba - da situação atual, onde os problemas são localizados. Até onde se saiba, a atual gestão está fazendo esforços para resolver o problema. Como consequência, o título do texto foi muito infeliz ao afirmar que a corrupção "continua a assolar" a empresa baseada numa fonte genérica - "investigadores".

É interessante que a empresa publicou, no mesmo jornal, uma página comentando sobre a corrupção com o título "uma lei [Lei Anticorrupção] que já mudou a cultura das empresas". Parece que a publicidade da empresa foi muito mais jornalística que o texto de Vieira.

Rir é o melhor remédio


04 maio 2017

Faleceu Baumol

O blog Marginal Revolution anunciou que o economista Baumol faleceu. Durante anos este blog postou diversos textos sobre um dos grandes economistas.

Por diversas vezes Baumol esteve entre os fortes candidatos a receber o Nobel de Economia. Infelizmente isto não ocorreu. A falta da premiação não diminui os méritos do economista. A primeira vez que deparei com o nome de Baumol foi ao estudar capital de giro. Baumol aproveitou a ideia do lote econômico de compra e aplicou para a gestão do caixa. O modelo parece hoje bastante simples, mas ajuda a explicar o fato de que grandes empresas fazem muitas transações de investimento com os recursos financeiros, enquanto pequenas empresas não se incomodam com deixar o dinheiro parado no banco: o custo da transação e a rentabilidade explicam esta diferença de comportamento. Também ajuda a explicar a razão pela qual as pessoas, em ambiente inflacionário, buscavam diariamente aplicar seus recursos. Quem viveu na época anterior ao Plano Real sabe o que isto significa.

A partir do modelo do Baumol de gestão de caixa outros modelos foram construídos. Mas a ideia de ter dois ativos - caixa e investimento - com custo de transação e rentabilidade foi de Baumol.

Infelizmente Baumol é pouco conhecido na área contábil. Pergunte a um especialista de custo ou do setor público se já ouviu o nome do economista. Um trabalho seu da década de sessenta é fundamental para estas duas áreas: a doença do custo. Estudando a evolução dos custos em diversos setores, Baumol, em conjunto com Bowen, propôs a ideia de que a redução dos custos proporcionada pela automoção da economia não representava um ganho para todos os setores. Usando o exemplo de uma orquestra sinfônica é possível perceber que criar máquinas não irá reduzir o custo de tocar a Sinfonia número 9 de Beethoven. O número de músicos e cantores é o mesmo que era exigido no século XIX, XX ou XXI. Outro setor onde não ocorreram grandes ganhos de produtividade é a educação. Para ensinar as partidas dobradas é necessário um professor para trinta ou quarenta alunos. A existência de computadores não afeta esta relação (o ensino a distância foi discutido aqui). Isto ajuda a explicar os custos exponenciais da educação. A saúde é outra área onde existe a doença dos custos.

Como no Brasil a constituinte obriga que o governo cumpra seu papel na saúde e educação da população, a doença do custo ajuda a explicar a dificuldade de reduzir as despesas públicas. E o cenário futuro é pouco animador, já que os custos nestas duas áreas são crescentes em relação a outros setores.

Duas ideias brilhantes oriundas de um dos maiores economistas do século XX: Baumol.

Novamente Neymar

O atacante brasileiro Neymar irá a julgamento pela suposta fraude em sua transferência ao Barcelona, um caso no qual também serão processados o atual presidente do clube e seu antecessor, informa um comunicado divulgado pela Audiência Nacional.

O juiz José de la Mata, da Audiência Nacional, especializada em casos complexos, "abre julgamento oral contra Neymar da Silva Santos, seus pais, o presidente do FC Barcelona Josep Maria Bartomeu e o ex-presidente Alexandre Rosell", por supostos delitos de corrupção nos negócios e fraude, afirma o comunicado.

O caso envolve as supostas irregularidades nos contratos para a transferência do astro brasileiro do Santos ao Barcelona. O atleta de 25 anos foi investigado tanto na Espanha como no Brasil.

A operação foi denunciada pelo fundo de investimentos brasileiro DIS, que era dono de parte dos direitos do jogador, que se considerou prejudicado.

Em um primeiro momento, o Barcelona anunciou a transferência de Neymar com o valor de 57,1 milhões de euros (40 milhões para a família de Neymar e 17,1 para o Santos), mas a justiça espanhola calcula que a transação foi de pelo menos 83,3 milhões de euros.

O DIS, que recebeu 6,8 milhões de euros dos 17,1 destinados ao Santos, considera que Neymar e o Barça se aliaram para ocultar o valor real da transferência.

Barcelona e Santos também serão levados a julgamento pelo juiz José de la Mata.

A Promotoria espanhola solicitou para Neymar dois anos de prisão e multa de 10 milhões de euros.

O atacante alegou que se dedicava apenas ao futebol e seu pai era seu agente exclusivo, em quem confiava cegamente.

A mesma defesa utilizada pelo argentino Leo Messi, que foi julgado e condenado a 21 meses de prisão por delito fiscal.

Fonte: Aqui

Problemas financeiros de Porto Rico

Estados Unidos está experimentado la mayor suspensión de pagos desde hace 176 años, cuando 8 estados y un territorio (Florida) dejaron de pagar sus deudas. Aunque, en términos normales -es decir, si no se considera la inflación- ésta es la mayor de la historia del país. Se trata de Puerto Rico, un territorio con un estatus extraño -no es un estado de EEUU, y no es independiente, sino que es un estado libre asociado-, que se supone que es transitorio pero que lleva existiendo desde 1952 y que ha solicitado protección judicial para sus pasivos de 73.000 millones de dólares (66.900 millones de euros).

Para hacernos una idea de la magnitud de la quiebra, baste decir que la deuda puertorriqueña es más de cuatro veces los 18.000 millones de dólares de pasivos del Ayuntamiento de Detroit, que suspendió pagos hace 4 años, en la que hasta entonces había sido el mayor default en términos nominales de EEUU.

Pero, si la suspensión de pagos es histórica, es embrollo jurídico no es de este mundo. El territorio había estado hasta este momento protegido por una ley llamada Promesa (las siglas en inglés de Ley de Estabilidad Económica, Gestión y Supervisión de Puerto Rico) que, literalmente, la blindaba de las reclamaciones de los tenedores de sus bonos. El objetivo de Promesa era dar tiempo a que Puerto Rico y los fondos que tienen su deuda negociaran quitas y ampliaciones de plazos de modo y manera que la isla pudiera volver a ser solvente. Porque, encima, Puerto Rico lleva en suspensión de pagos técnica desde hace dos años.

Pero esas negociaciones no llegaron a ningún sitio. Ni iban a llegar. Puerto Rico estaba dispuesto a pagar 800 millones de dólares (733 millones de euros) a los fondos. Eso significaba un 75% menos de lo que les correspondía. Así, Promesa ha llegado al final de su mandato. Y Puerto Rico es un territorio sin representación en el Congreso, pero que vota en las elecciones, y que lo hace siempre por el Partido Demócrata.

Un presidente y un Congreso republicanos no tenían ni mucho ni poco interés en salvar la isla, que tiene un 45% de la población viviendo bajo el umbral de la pobreza. Si Hillary Clinton hubiera ganado, la protección para Puerto Rico se habría prolongado, y si los demócratas controlaran el Senado posiblemente hubiera habido un rescate a la griega. No ha sido ése el caso. La deuda de Puerto Rico cotiza con un descuento de alrededor de un tercio de su valor nominal en el mercado.

Técnicamente, la deuda puertorriqueña es municipal (coloquialmente llamada muni), un tipo de activo financiero muy valorado por los estadounidenses porque recibe un tratamiento fiscal muy favorable. No parece que el gigantesco mercado de los munis -3,9 billones de dólares, o sea, casi 3,6 billones de euros- vaya a verse afectado por esta suspensión de pagos.

El mercado ha tenido dos años para prepararse para esta eventualidad, y buena parte de los tenedores de deuda puertorriqueña son fondos oportunistas, que compraron los bonos con descuento cuando el territorio entró de suspensión de pagos en 2015. De hecho, el valor de los bonos de Puerto Rico subió ayer, lo que parece indicar que los operadores le dan más posibilidades a un acuerdo ahora que son los jueces quienes deciden, que cuando se trataba de una negociación entre San Juan y Wall Street.

Fonte: Aqui