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04 maio 2017

Novamente Neymar

O atacante brasileiro Neymar irá a julgamento pela suposta fraude em sua transferência ao Barcelona, um caso no qual também serão processados o atual presidente do clube e seu antecessor, informa um comunicado divulgado pela Audiência Nacional.

O juiz José de la Mata, da Audiência Nacional, especializada em casos complexos, "abre julgamento oral contra Neymar da Silva Santos, seus pais, o presidente do FC Barcelona Josep Maria Bartomeu e o ex-presidente Alexandre Rosell", por supostos delitos de corrupção nos negócios e fraude, afirma o comunicado.

O caso envolve as supostas irregularidades nos contratos para a transferência do astro brasileiro do Santos ao Barcelona. O atleta de 25 anos foi investigado tanto na Espanha como no Brasil.

A operação foi denunciada pelo fundo de investimentos brasileiro DIS, que era dono de parte dos direitos do jogador, que se considerou prejudicado.

Em um primeiro momento, o Barcelona anunciou a transferência de Neymar com o valor de 57,1 milhões de euros (40 milhões para a família de Neymar e 17,1 para o Santos), mas a justiça espanhola calcula que a transação foi de pelo menos 83,3 milhões de euros.

O DIS, que recebeu 6,8 milhões de euros dos 17,1 destinados ao Santos, considera que Neymar e o Barça se aliaram para ocultar o valor real da transferência.

Barcelona e Santos também serão levados a julgamento pelo juiz José de la Mata.

A Promotoria espanhola solicitou para Neymar dois anos de prisão e multa de 10 milhões de euros.

O atacante alegou que se dedicava apenas ao futebol e seu pai era seu agente exclusivo, em quem confiava cegamente.

A mesma defesa utilizada pelo argentino Leo Messi, que foi julgado e condenado a 21 meses de prisão por delito fiscal.

Fonte: Aqui

Problemas financeiros de Porto Rico

Estados Unidos está experimentado la mayor suspensión de pagos desde hace 176 años, cuando 8 estados y un territorio (Florida) dejaron de pagar sus deudas. Aunque, en términos normales -es decir, si no se considera la inflación- ésta es la mayor de la historia del país. Se trata de Puerto Rico, un territorio con un estatus extraño -no es un estado de EEUU, y no es independiente, sino que es un estado libre asociado-, que se supone que es transitorio pero que lleva existiendo desde 1952 y que ha solicitado protección judicial para sus pasivos de 73.000 millones de dólares (66.900 millones de euros).

Para hacernos una idea de la magnitud de la quiebra, baste decir que la deuda puertorriqueña es más de cuatro veces los 18.000 millones de dólares de pasivos del Ayuntamiento de Detroit, que suspendió pagos hace 4 años, en la que hasta entonces había sido el mayor default en términos nominales de EEUU.

Pero, si la suspensión de pagos es histórica, es embrollo jurídico no es de este mundo. El territorio había estado hasta este momento protegido por una ley llamada Promesa (las siglas en inglés de Ley de Estabilidad Económica, Gestión y Supervisión de Puerto Rico) que, literalmente, la blindaba de las reclamaciones de los tenedores de sus bonos. El objetivo de Promesa era dar tiempo a que Puerto Rico y los fondos que tienen su deuda negociaran quitas y ampliaciones de plazos de modo y manera que la isla pudiera volver a ser solvente. Porque, encima, Puerto Rico lleva en suspensión de pagos técnica desde hace dos años.

Pero esas negociaciones no llegaron a ningún sitio. Ni iban a llegar. Puerto Rico estaba dispuesto a pagar 800 millones de dólares (733 millones de euros) a los fondos. Eso significaba un 75% menos de lo que les correspondía. Así, Promesa ha llegado al final de su mandato. Y Puerto Rico es un territorio sin representación en el Congreso, pero que vota en las elecciones, y que lo hace siempre por el Partido Demócrata.

Un presidente y un Congreso republicanos no tenían ni mucho ni poco interés en salvar la isla, que tiene un 45% de la población viviendo bajo el umbral de la pobreza. Si Hillary Clinton hubiera ganado, la protección para Puerto Rico se habría prolongado, y si los demócratas controlaran el Senado posiblemente hubiera habido un rescate a la griega. No ha sido ése el caso. La deuda de Puerto Rico cotiza con un descuento de alrededor de un tercio de su valor nominal en el mercado.

Técnicamente, la deuda puertorriqueña es municipal (coloquialmente llamada muni), un tipo de activo financiero muy valorado por los estadounidenses porque recibe un tratamiento fiscal muy favorable. No parece que el gigantesco mercado de los munis -3,9 billones de dólares, o sea, casi 3,6 billones de euros- vaya a verse afectado por esta suspensión de pagos.

El mercado ha tenido dos años para prepararse para esta eventualidad, y buena parte de los tenedores de deuda puertorriqueña son fondos oportunistas, que compraron los bonos con descuento cuando el territorio entró de suspensión de pagos en 2015. De hecho, el valor de los bonos de Puerto Rico subió ayer, lo que parece indicar que los operadores le dan más posibilidades a un acuerdo ahora que son los jueces quienes deciden, que cuando se trataba de una negociación entre San Juan y Wall Street.

Fonte: Aqui

"Investindo" em Títulos de Capitalização


Figura acima é o balanço dos Supermercados Bahamas (publicado no Valor Econômico, 28 de abril de 2017, p. A9), uma cadeia de lojas com sede em Juiz de Fora (MG) e faturamento de quase dois milhões de reais. Um ponto que chama atenção é um não circulante, no valor de 620 mil reais (de um ativo total de quase 500 milhões de reais) com a denominação de "títulos de capitalização". O que levaria uma empresa a jogar dinheiro fora em títulos de capitalização? Uma reciprocidade das instituições financeiras? A nota explicativa afirma:

"13. Continuidade - A administração considera que a Companhia possui recursos para dar continuidade a seus negócios no futuro. Adicionalmente, a Administração não tem o conhecimento de nenhuma incerteza material que possa gerar dúvidas significativs sobre a capacidade de continuar operando. Portanto, as demonstrações contábeis foram preparadas com base nesse princípio."

Brasil vai falir!

A cada dia que passa a economia do Brasil está mais frágil. Vou indicar nos itens abaixo  alguns dos motivos do Brasil ficar insolvente nos próximos anos:

1- Brasil vai envelhecer antes de ficar pobre;
2- Brasil tem e terá uma baixa taxa de investimento;
3-  Desigualdade social é grande;
4- Juros são altos, pois o governo não consegue controlar os gastos.
5- Despesas com previdência vão continuar crescendo, consumindo ainda mais o orçamento do governo; Brasil será o Japão pobre;
6- Produtividade sempre foi e continuará baixa. Com envelhecimento da população, isso tornará ainda mais dificil o crescimento do pais.
7- Saúde e educação são péssimas.
8- Infraestrutura precária;
9 - Ambiente de negócios é horrível;
10- Estados e municípios vão quebrar por causa de suas previdências (Prazo: 10 anos). Vide o exemplo do Rio.
11- Capacidade de crescimento do PIB gira em torno de 1,5% a.a.
12- O Teto dos gastos não vai funcionar. O governo não conseguirá conter o crescimento das despesas.
13- Brasil já aproveitou 90% do bonus demográfico.
14- A dívida pública continuará subindo. Em 2021, a dívida bruta passará de 90% do PIB, o que é muito elevado pra um país emergente como o Brasil.
15- País voltará a crescer, mas a arrecadação do governo não acompanhará o crescimento, pois boa parte do crescimento da arrecadação nos últimos anos veio da entrada das pessoas no mercado de trabalho formal.
16- Brasil vai demorar a sair dessa crise e o desemprego continuará elevado por alguns anos.
17 - Reforma da previdência é insuficiente. Mais mudanças serão necessárias.
18- Boa parte das estatais estão quebradas, assim como seus fundos de pensão. Em algum momento, o governo terá que privatizar ou injetar dinheiro.
19- Os impostos vao subir prejudicando ainda mais o crescimento econômico.
20- Haverá dificuldade em rolar a dívida pública nos próximos anos.

Em suma, as despesas com Previdência, Assistência, Saúde, Educação e Funcionalismo (principalmente inativos) continuarão crescendo e a arrecadação não será suficiente. Some-se a isso, o país não tem pouca credibilidade diante dos credores e o risco de um calote será cada vez maior diante desse cenário.

O que o governo fará?

Pode dar o calote na dívida, pode continuar imprimindo dinheiro e elevando a inflação ou pode realizar reformas pra tentar melhorar o ambiente de negócios, produtividade etc e tal (o que tornará os itens acima um pouco menos negativo).

Mesmo assim, o futuro do Brasil é cada vez mais sombrio. A farra acabou. O país vai se deparar com um grande problema fiscal nos próximos anos.

Links

Os trabalhadores poetas chineses (via marginal revolution)

Magnachip, da Coreia, comprava seus produtos 

Atletas da NFL irão vender seus batimentos cardíacos

Pirâmides que se perdem no Egito: como é possível?

Apesar da grande quantidade de informação, os usuários estão buscando mais

Balanço e Emoji

O site Quartz resolveu resumir 40 demonstrações contábeis para que o leitor pudesse ler em dois minutos. Para isto usou o emoji (aquelas carinhas do celular, que expressa . Abaixo, o resumo do site (na língua original):

Techstravaganza
Alphabet: Feeling very, very lucky 🤑
Microsoft: Clouds good, computers not so much 😐
Amazon: Resistance is futile 🤑
Intel: Chipping off 😰
Baidu: Bai-don’t 😰
Expedia: Sales up, losses down 😐
GoPro: Not dead yet 😐
Nokia: “Some challenges remain” 😐
LG Electronics: Premium washing machines 🤑
Samsung: ~Explosive~ profit growth 🤑
Nintendo: Zelda to the rescue 😀

Big banks
Deutsche Bank: Low expectations, met 😐
BBVA: Gracias a Mexico 😀
Lloyds: Balance-sheet balancing act 😐
Nordea: Leaving Sweden? 😐
Nomura: Business outside Japan 😀

Big oil
Total: Allez le oil price 🤑
Marathon Petroleum: Surprise! A profit 😀
Gazprom: Those gassy Europeans 😀

Airports, airplanes, air-things
Southwest Airlines: Not great, but not United 😐
American Airlines: Pay the pilots 😰
Lufthansa: Profits at last! 😀
Heathrow: “Best year ever” 🤑
Raytheon: Political turmoil=Tomahawk missiles 😀
Airbus: More like Air-bust 😱

Drugs
AbbVie: Holy Humira! 🤑
Bayer: Stroke-prevention pills 🤑
AstraZeneca: Expired patents 😰
Bristol-Myers Squibb: You say Opdivo, I say Eliquis 😀

What to wear
Under Armour: Ugly shoes, ugly earnings 😱
Hermès: Handbags in Asia 🤑

What to eat
Starbucks: Venti ambitions, grande growth 😐
Domino’s Pizza: Piping-hot profits 😀
GrubHub: Mmm, non-GAAP adjusted Ebitda 🤑
Pret a Manger: Coconut milk FTW 🤑

Best of the rest
Comcast: Get Out! 😀
Ford: Warranty woes 😰
UPS: Saturday shifts 😐
WPP: US ad budgets 😰
Dow Chemical: The world wants silicone 😀

Rolls Royce e os efeitos da investigação brasileira

A empresa britânica Rolls-Royce foi fundada em 1904. Com receita de 15 bilhões de libras esterlinas (cerca de 60 bilhões de reais) e 49 mil empregados, a empresa é um orgulho e exemplo da eficiência britânica. Entre os vários setores onde a empresa atua destaca-se a construção de motores para aviões.

Em janeiro deste ano, a empresa fez um acordo com um regulador britânico, denominado SFO, e concordou em pagar 670 milhões de libras (quase 2,7 bilhões de reais) a um regulador britânico para evitar que as acusações de subornos pudessem impedir contratos de exportação. Neste acordo estava incluso 170 milhões de dólares para autoridades dos Estados Unidos e 25 milhões de dólares para o Brasil.

Descobriu-se posteriormente que alguns destes contratos recebiam dinheiro do contribuinte britânico.

Desde 1995 a empresa era auditada pela KPMG. Em razão da adoção do rodízio que foi adotado no Reino Unido, a empresa será substituída por outra Big Four. O problema é que a auditoria não conseguiu perceber nenhum problema com a empresa, inclusive o pagamento de subornos em outros países, durante estes anos.

Segundo notícia da Reuters e da BBC do dia de hoje, o regulador contábil FRC abriu uma investigação para verificar a qualidade do trabalho do auditor na contabilidade da Rolls-Royce. O Financial Reporting Council informou que irá concentrar no trabalho realizado no exercício findo em 31/12/2010 a 2013, no Rolls-Royce Group e Rolls-Royce Holdings.

Num comunicado, a KPMG afirma estar confiante na investigação do FRC e na qualidade do trabalho realizado na empresa.

Brasil - Apesar do acordo de janeiro fazer referência aos problemas de corrupção detectados no Brasil, no ambito das investigações realizadas pela Operação Lava-Jato na empresa Petrobras, o país não é citado pelo FRC. A SFO revelou 12 acusações de corrupção ou falhas do gênero em sete países: Indonésia, Tailândia, Índia, Rússia, Nigéria, China e Malásia. Apesar da BBC e Reuters não afirmarem explicitamente, parece que a corrupção ocorrida no Brasil chamou a atenção para os negócios nestes sete países.