Via Guia do Estudante
30 abril 2017
29 abril 2017
Fato da Semana: Problemas contábeis nos países desenvolvidos
Fato: Problemas contábeis nos países desenvolvidos
Data: durante a semana
Contextualização
A escolha do fato da semana começa com a análise dos posts feitos no blog no período. Esta semana em especial é surpreendente o número de fatos relacionados com problemas contábeis em países desenvolvidos.
Inglaterra (Lloyds Bank, clubes de futebol e fraude no eBay e Amazon), Espanha (governo), Japão (Olympus e Toshiba) e EUA (Wells Fargo, PCAOB e HSBC) foram citados no blog ao longo da semana. Na semana passada escolhemos a questão da corrupção no Brasil, mas parece que esta lista lembra que isto também ocorre nos países onde as instituições são mais sólidas e as pessoas possuem uma cultura mais refratária a este comportamento. Mas acontece também.
Relevância
Algumas pessoas destaca que estamos vivendo a era da transparência e talvez isto seja reflexo disto. Mas nos dias de hoje, as notícias são divulgadas rapidamente.
O combate aos problemas contábeis nas empresas e no setor público parece que não termina. Muitas destas questões envolvem fraudes e crimes; outras, a necessidade de construção de estruturas de normas mais eficientes. Em todas elas o papel relevante da contabilidade.
Notícia boa para contabilidade?
Não, pelo fato de ainda estarmos convivendo com questões em que as pessoas afetadas acreditavam já vencidas.
Desdobramentos
Pela característica do fato da semana escolhido, o desdobramento é específico para cada caso.
Mas a semana só teve isto?
A decisão do TCU de somente agora avalir o favorecimento do BNDESPar num empréstimo para JBS mostra como uma estrutura cara para o bolso do contribuinte pode ser obsoleta. Dez anos para perceber que um empréstimo com o dinheiro público estava sendo feito em condições inadequadas é muito tempo.
Um segundo fato foi a divulgação das demonstrações contábeis por parte da Fundação IASB, mostrando uma boa saúde financeira, mas ainda com grande dependência nas doações das Big Four.
A finalização do período de apuração do imposto de renda de pessoa física é um momento importante para o profissional contábil.
Data: durante a semana
Contextualização
A escolha do fato da semana começa com a análise dos posts feitos no blog no período. Esta semana em especial é surpreendente o número de fatos relacionados com problemas contábeis em países desenvolvidos.
Inglaterra (Lloyds Bank, clubes de futebol e fraude no eBay e Amazon), Espanha (governo), Japão (Olympus e Toshiba) e EUA (Wells Fargo, PCAOB e HSBC) foram citados no blog ao longo da semana. Na semana passada escolhemos a questão da corrupção no Brasil, mas parece que esta lista lembra que isto também ocorre nos países onde as instituições são mais sólidas e as pessoas possuem uma cultura mais refratária a este comportamento. Mas acontece também.
Relevância
Algumas pessoas destaca que estamos vivendo a era da transparência e talvez isto seja reflexo disto. Mas nos dias de hoje, as notícias são divulgadas rapidamente.
O combate aos problemas contábeis nas empresas e no setor público parece que não termina. Muitas destas questões envolvem fraudes e crimes; outras, a necessidade de construção de estruturas de normas mais eficientes. Em todas elas o papel relevante da contabilidade.
Notícia boa para contabilidade?
Não, pelo fato de ainda estarmos convivendo com questões em que as pessoas afetadas acreditavam já vencidas.
Desdobramentos
Pela característica do fato da semana escolhido, o desdobramento é específico para cada caso.
Mas a semana só teve isto?
A decisão do TCU de somente agora avalir o favorecimento do BNDESPar num empréstimo para JBS mostra como uma estrutura cara para o bolso do contribuinte pode ser obsoleta. Dez anos para perceber que um empréstimo com o dinheiro público estava sendo feito em condições inadequadas é muito tempo.
Um segundo fato foi a divulgação das demonstrações contábeis por parte da Fundação IASB, mostrando uma boa saúde financeira, mas ainda com grande dependência nas doações das Big Four.
A finalização do período de apuração do imposto de renda de pessoa física é um momento importante para o profissional contábil.
28 abril 2017
Links
Propaganda de contador e consultor
Executivos da Olympus são condenados a pagar uma multa de US$ 529 milhões por fraude contábil
O mais rico da Índia obriga seus filhos a usar transporte público
Decisão médica e Teste de Reflexão Cognitiva
Pesquisa AICPA: notícias financeiras falsas
Ainda KPMG e Wells Fargo
Executivos da Olympus são condenados a pagar uma multa de US$ 529 milhões por fraude contábil
O mais rico da Índia obriga seus filhos a usar transporte público
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Ainda KPMG e Wells Fargo
Astrologia e Decisões Financeiras
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspendeu nesta quarta-feira, 26, as atividades da Astroinvest por atuação irregular no mercado de capitais. O portal oferece análises de cenários e recomendações de investimento com base na astrologia financeira e empresarial.
"O portal Astroinvest oferece aos assinantes, baseado nos ciclos e movimentos astrológicos, os dias ideais para compras e vendas, planejamento, novos investimentos, os tipo de setores em alta nas bolsas, os dias de viradas e momentos ideais para abrir um novo negócio, bem como as melhores oportunidades de ganhos e muito mais", diz o site.
A alegação da CVM é que o dono do site não tem orientação para dar conselhos financeiros. Rigor em excesso da entidade?
"O portal Astroinvest oferece aos assinantes, baseado nos ciclos e movimentos astrológicos, os dias ideais para compras e vendas, planejamento, novos investimentos, os tipo de setores em alta nas bolsas, os dias de viradas e momentos ideais para abrir um novo negócio, bem como as melhores oportunidades de ganhos e muito mais", diz o site.
A alegação da CVM é que o dono do site não tem orientação para dar conselhos financeiros. Rigor em excesso da entidade?
Curso de Contabilidade Básica: Ativos Biológicos e sua mensuração
Para algumas empresas existe um tipo de ativo bastante interessante: os ativos biológicos. Como o nome já diz, este grupo de ativos diz respeito a itens que a empresa pode usar para gerar riqueza que são provenientes da natureza. É o caso de uma plantação.
O que torna este ativo interessante e diferente dos demais ativos é que o mesmo pode aumentar de valor com o simples passar do tempo. Vamos voltar um pouco e lembrar o caso de um prédio. Se uma empresa não usar um prédio, o mesmo deve sofrer o desgaste do tempo. Assim, na medida em que o tempo vai passando, o prédio tende a perder parte de sua utilidade e, por isto, deve sofrer depreciação.
Com o ativo biológico ocorre algo diferente. Se uma empresa planta árvores, que mais adiante serão usadas para gerar riqueza, o passar do tempo funciona no sentido contrário: a árvore cresce e seu valor aumenta com o tempo.
Assim, ao final de cada exercício social, de acordo com o CPC 29, a empresa deve fazer uma mensuração do valor justo do seu ativo biológico. E espera-se que o mesmo aumente seu valor, mantendo as demais variáveis constantes. Para isto, a empresa calcula a possibilidade de crescimento das árvores e a perspectiva de gerar riqueza no futuro, no momento do seu uso econômico.
Considere o exemplo dos eucaliptos de uma empresa que produz celulose. Para gerar o produto agrícola (celulose), a árvore, quando se tornar adulta, precisará ser extraída. Quando as árvores são plantadas o seu valor é reduzido. Na medida em que existe o crescimento deste ativo, o seu valor aumenta. Perto do corte, o valor atinge o máximo: corresponde à capacidade da plantação de eucaliptos gerar dinheiro para a empresa na produção de celulose. Nesse momento, mesmo que a empresa não tenha feito a mensuração do ativo biológico a valor justo (tenha usado apenas a métrica de custo), no ponto de corte, a empresa terá que lançar em seu estoque o produto agrícola a valores justos, já que teria ali base confiável para determinar adequadamente esse valor.
O balanço a seguir é da empresa Eldorado. Observe como o valor dos ativos biológicos (imobilizado) é significativo no total do ativo. Ou seja, trata-se de um ativo importante para a empresa.
Como a empresa mensurou o valor do seu ativo biológico? Pelas normas contábeis, a empresa faz uma projeção do crescimento da floresta, estima uma idade de corte - no exemplo entre 6 e 8 anos, determina a produtividade da floresta (quantos metros cúbicos de madeira será produzida na época da colheita) e determina os custos necessários em termos de adubos, controle de pragas, manutenção das estradas e aceiros e outros. Como o resultado da floresta irá ocorrer no futuro, a riqueza gerada é trazida a valor presente da data da demonstração contábil. Esse método é o fluxo de caixa descontado. É um cálculo difícil de ser feito.
Em termos contábeis, a valorização da floresta que ocorre no final de cada exercício social, pela mensuração do ativo biológico, é lançada no ativo (débito – Ativo Biológico – Valor Justo) e no resultado (crédito – Ajuste a Valor Justo). Existindo um corte de parte da floresta, o lançamento será débito na conta de estoque, Produtos Agrícolas, e o crédito corresponde a baixa do Imobilizado.
Quando o estoque for finalmente vendido, registra-se o resultado (custo, debitando) e no ativo (crédito, reduzindo o estoque). Nesse momento, já não teremos mais lucro, visto que o custo do estoque foi sendo aumentado à medida que a planta foi crescendo.
O que torna este ativo interessante e diferente dos demais ativos é que o mesmo pode aumentar de valor com o simples passar do tempo. Vamos voltar um pouco e lembrar o caso de um prédio. Se uma empresa não usar um prédio, o mesmo deve sofrer o desgaste do tempo. Assim, na medida em que o tempo vai passando, o prédio tende a perder parte de sua utilidade e, por isto, deve sofrer depreciação.
Com o ativo biológico ocorre algo diferente. Se uma empresa planta árvores, que mais adiante serão usadas para gerar riqueza, o passar do tempo funciona no sentido contrário: a árvore cresce e seu valor aumenta com o tempo.
Assim, ao final de cada exercício social, de acordo com o CPC 29, a empresa deve fazer uma mensuração do valor justo do seu ativo biológico. E espera-se que o mesmo aumente seu valor, mantendo as demais variáveis constantes. Para isto, a empresa calcula a possibilidade de crescimento das árvores e a perspectiva de gerar riqueza no futuro, no momento do seu uso econômico.
Considere o exemplo dos eucaliptos de uma empresa que produz celulose. Para gerar o produto agrícola (celulose), a árvore, quando se tornar adulta, precisará ser extraída. Quando as árvores são plantadas o seu valor é reduzido. Na medida em que existe o crescimento deste ativo, o seu valor aumenta. Perto do corte, o valor atinge o máximo: corresponde à capacidade da plantação de eucaliptos gerar dinheiro para a empresa na produção de celulose. Nesse momento, mesmo que a empresa não tenha feito a mensuração do ativo biológico a valor justo (tenha usado apenas a métrica de custo), no ponto de corte, a empresa terá que lançar em seu estoque o produto agrícola a valores justos, já que teria ali base confiável para determinar adequadamente esse valor.
O balanço a seguir é da empresa Eldorado. Observe como o valor dos ativos biológicos (imobilizado) é significativo no total do ativo. Ou seja, trata-se de um ativo importante para a empresa.
Como a empresa mensurou o valor do seu ativo biológico? Pelas normas contábeis, a empresa faz uma projeção do crescimento da floresta, estima uma idade de corte - no exemplo entre 6 e 8 anos, determina a produtividade da floresta (quantos metros cúbicos de madeira será produzida na época da colheita) e determina os custos necessários em termos de adubos, controle de pragas, manutenção das estradas e aceiros e outros. Como o resultado da floresta irá ocorrer no futuro, a riqueza gerada é trazida a valor presente da data da demonstração contábil. Esse método é o fluxo de caixa descontado. É um cálculo difícil de ser feito.
Em termos contábeis, a valorização da floresta que ocorre no final de cada exercício social, pela mensuração do ativo biológico, é lançada no ativo (débito – Ativo Biológico – Valor Justo) e no resultado (crédito – Ajuste a Valor Justo). Existindo um corte de parte da floresta, o lançamento será débito na conta de estoque, Produtos Agrícolas, e o crédito corresponde a baixa do Imobilizado.
Quando o estoque for finalmente vendido, registra-se o resultado (custo, debitando) e no ativo (crédito, reduzindo o estoque). Nesse momento, já não teremos mais lucro, visto que o custo do estoque foi sendo aumentado à medida que a planta foi crescendo.
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