A Fundação IFRS divulgou as demonstrações contábeis referente ao exercício de 2016 e 2015. No documento, a fundação apresenta as realizações do ano, faz uma breve apresentação da estrutura (com currículo dos seus membros), além de divulgar as informações financeiras.
O documento possui 64 páginas e gostaria aqui de destacar alguns pontos.
Representação brasileira e apoio financeiro - o documento serve para comprovar que o Brasil está bem representado. Maria Helena Santana participa do Trustees da Fundação (mandata termina no final de 2019), Amaro Luiz de Oliveira Gomes é do Board (mandato termina em 30 de junho de 2019), Leonardo Gomes Pereira é da monitoração do Board, Vania Maria da Costa Borgeth é do Advisory Council, Carl Douglas é do Comitê de Interpretação. É bem verdade que o país tem sido um dos doadores para a Fundação. Em 2016 o Brasil fez uma doação de 318.218 libras esterlinas, sendo que 100 mil foram da Fundação de Apoio ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis, 50 mil do BNDES e 25 mil do Banco Central. O valor doado pelo Brasil corresponde, em reais na data de hoje, a quase 1,3 milhão de reais.
Desempenho financeiro da Fundação - Durante o ano de 2016, a Fundação IFRS obteve uma receita de 30,6 milhões de libras, um aumento de mais de 3 milhões em relação ao ano anterior. Mas o relatório reconhece, na nota explicativa 5, que parte deste desempenho se deve ao câmbio favorável. As contribuições representam boa parte da receita da Fundação: 24,1 milhões ou quase 80%. Os custos com as atividades administrativas e de assessoria foram de 16,6 milhões, quase o mesmo valor do ano anterior. O aumento das contribuições e a manutenção dos custos com pessoal fez com que o lucro da Fundação aumentasse de 2,7 milhões para 3,2 milhões de libras esterlinas. O desempenho também se reflete no balanço patrimonial: a Fundação possui elevada liquidez e dívida reduzida.
Apesar do aumento no lucro, o fluxo das atividades operacionais reduziu em 2016 em mais de 2 milhões de libras. A explicação está no caixa recebido das contribuições, que foi de 21,4 versus 23,4. É possível notar a discrepância entre o caixa das contribuições e a receita das contribuições, indicando que parte da receita não foi realizada financeiramente.
Doações das Big Four - Nos anos anteriores, grande parte da receita da Fundação eram as doações das Big Four. Cada uma das empresas fizeram uma doação de 2,5 milhões de doláres ou 10 milhões no total. Ao câmbio de hoje, isto significa 7,8 milhões de libras esterlinas ou 25% da receita da Fundação. É bem verdade que este número foi maior, mas ainda é expressivo o papel das contribuições das Big Four, bem superior as contribuições da Comunidade Européia (3,8 milhões de libras) ou da China (2,1 milhões).
Uma doação interessante foi de 300 mil libras da Grant Thornton, empresa de auditoria que também fez a auditoria da Fundação, cujo parecer foi sem ressalva, por sinal.
27 abril 2017
26 abril 2017
Listas: liberdade de imprensa
Ranking mundial da liberdade de imprensa 2017: disponível aqui e publicada pela organização Repórteres Sem Fronteira.
O ranking utiliza diversos critérios para medir a liberdade de imprensa, considerando desde ataques a jornalistas até a existência de leis que possam dificultar ou limitar essa liberdade.
As classificações são: países em boa situação, situação relativamente boa, situação sensível, situação difícil e situação grave.
O ranking utiliza diversos critérios para medir a liberdade de imprensa, considerando desde ataques a jornalistas até a existência de leis que possam dificultar ou limitar essa liberdade.
As classificações são: países em boa situação, situação relativamente boa, situação sensível, situação difícil e situação grave.
O Brasil está em 103, com uma situação considerada sensível. A Coréia do Norte é o país que ocupa a última posição.
1 Noruega
2 Suécia
3 Finlândia
4 Dinamarca
5 Países Baixos
6 Costa Rica
7 Suíça
8 Jamaica
9 Bélgica
10 Islândia
11 Áustria
12 Estônia
13 Nova Zelândia
14 Irlanda
15 Luxemburgo
16 Alemanha
Países em Boa Situação:
1 Noruega
2 Suécia
3 Finlândia
4 Dinamarca
5 Países Baixos
6 Costa Rica
7 Suíça
8 Jamaica
9 Bélgica
10 Islândia
11 Áustria
12 Estônia
13 Nova Zelândia
14 Irlanda
15 Luxemburgo
16 Alemanha
TED: Por que o único futuro que vale a pena construir inclui todo mundo
Uma única pessoa é suficiente para que a esperança exista, e essa pessoa pode ser você, diz Sua Santidade o Papa Francisco nessa palestra TED ardente dada diretamente da Cidade do Vaticano. Numa mensagem positiva para pessoas de todas as crenças, para aquelas que têm poder a para as que não têm também, o líder espiritual fornece argumentos esclarecedores sobre o mundo como o vemos hoje e pede que a igualdade, a solidariedade e a ternura prevaleçam. "Ajudemo-nos uns aos outros, todos juntos, para lembrarmos que o 'outro' não é uma estatística, ou um número", diz ele. "Nós todos precisamos uns dos outros."Eu já sou fã das TED Talks... Imagina a minha reação com uma aparição inesperada do Papa Francisco!? *.*
Leia aqui uma reportagem falando sobre o caso. O vídeo está abaixo, já com legendas.
Links
Quando o escândalo ocorre nos países desenvolvidos:
Ainda sobre o escândalo entre KPMG e PCAOB
Auditor, ceticismo e confiança no cliente
Lloyds Bank contrata um juiz aposentado para verificar caso de suborno (que incluía presentes, sexo e outras coisas)
Clubes de futebol da Inglaterra investigados por fraude (inclui West Ham)
A reunião dos acionistas da Wells Fargo termina em tumulto
Ainda sobre o escândalo entre KPMG e PCAOB
Auditor, ceticismo e confiança no cliente
Lloyds Bank contrata um juiz aposentado para verificar caso de suborno (que incluía presentes, sexo e outras coisas)
Clubes de futebol da Inglaterra investigados por fraude (inclui West Ham)
A reunião dos acionistas da Wells Fargo termina em tumulto
Dez anos depois, TCU diz que BNDESPar favoreceu a JBS. Dez anos depois.
O TCU considerou que ocorreu favorecimento para a empresa JBS numa operação financiamento por parte do BNDES realizada há dez anos. Somente agora o tribunal de contas chegou a esta conclusão. Em 2007 o grupo JBS solicitou ao BNDESPar um empréstimo de 600 milhões de dólares para fazer a aquisição da Swift. O banco aportou 150 milhões a mais, o que permitiu a JBS comprar a empresa de carnes dos EUA. Segundo o TCU (via Estadão), o BNDESPar pagou um ágio de R$0,50 por cada ação ou 70 milhões de reais a mais.
De acordo com o documento, não cabia o pagamento do prêmio, pois não havia “quaisquer razões de cunho mercadológico” que justificassem “oferecer valor maior que o preço justo” para a transação.
Mas o assunto ainda não terminou. Segundo o jornal:
Os auditores propõem aos ministros da Corte a abertura de uma tomada de contas especial para aprofundar a investigação sobre essas perdas e cobrar eventual ressarcimento. Além disso, sugerem que os envolvidos sejam ouvidos em audiências para explicar diversas outras irregularidades.
Num país sem um banco oficial de fomento uma operação de financiamento como esta é feita através das instituições financeiras normais, como ocorreu no passado com a Ambev, por exemplo. Além do ágio, a JBS provavelmente foi beneficiada por uma taxa de juros subsidiada.
De acordo com o documento, não cabia o pagamento do prêmio, pois não havia “quaisquer razões de cunho mercadológico” que justificassem “oferecer valor maior que o preço justo” para a transação.
Mas o assunto ainda não terminou. Segundo o jornal:
Os auditores propõem aos ministros da Corte a abertura de uma tomada de contas especial para aprofundar a investigação sobre essas perdas e cobrar eventual ressarcimento. Além disso, sugerem que os envolvidos sejam ouvidos em audiências para explicar diversas outras irregularidades.
Num país sem um banco oficial de fomento uma operação de financiamento como esta é feita através das instituições financeiras normais, como ocorreu no passado com a Ambev, por exemplo. Além do ágio, a JBS provavelmente foi beneficiada por uma taxa de juros subsidiada.
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