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25 abril 2017

Bolsa Família e punição

O programa social do bolsa-família é bastante rico em informações. Recentemente, duas pesquisas, do mesmo trio de pesquisadoras (Fernanda Brollo, Katja Kaufmann e Eliana La Ferrara) usaram os dados deste programa social para verificar o efeito da punição sobre o comportamento das pessoas. Um dos pontos do programa é que quando um aluno deixa de frequentar a escola, o dinheiro pode ser suspenso. As três pesquisadoras estudaram o efeito sob duas óticas.

Num primeiro estudo, Learning about the Enforcement of Conditional Welfare Programs: Evidence from Brazil, as autores verificaram os casos de famílias que receberam a punição e a influencia sobre a frequência das crianças na escola. Além de provocar um efeito sobre as famílias que receberam a punição, as famílias próximas também responderam, aumentando a frequência dos alunos.

O segundo lida com outro efeito: o efeito eleitoral da punição. Em The Political Economy of Program Enforcement: Evidence from Brazil as autoras descobriram que os votos dos candidatos alinhados com o presidente (eleição de 2008) era menor nos locais onde ocorreram mais penalidades. E que os políticos manipulam a execução das punições.

Rir é o melhor remédio

O grande mestre e campeão mundial Wilhelm Steinitz estava tendo uma discussão política. Seu oponente diz: "Você pensar que entende de política por jogar xadrez?".

Steinitz responde: "Você pensa que entende de política por não jogar xadrez?"

Fonte: Aqui

24 abril 2017

Curso de Contabilidade Básica: Venda do Ativo não Circulante

O ativo de uma empresa é classificado em dois grandes grupos, conforme sua liquidez. Quando o ativo deverá ser convertido em dinheiro até o final do exercício seguinte, o mesmo é classificado no grupo do ativo circulante. Caso isto não ocorra, é considerado como ativo não circulante. Considere o exemplo do estoque. Se existe a pretensão da empresa de vender o estoque até o final do exercício seguinte, o mesmo será considerado como um item do ativo circulante. Por outro lado, se a chance de venda for reduzida, classifica este estoque como um ativo não circulante.

Observe que existe um grau de imprecisão nesta classificação, já que é impossível prever com certeza que um item será convertido em dinheiro até o final do exercício. Aquele estoque que a empresa acreditava vender até o final do exercício pode não ter sido transacionado. Assim como o estoque que existia a previsão de não ser convertido em dinheiro pode ser comercializado. Por isso, a classificação é dada com base na pretensão de venda e não na realização, propriamente dita.

Dessa forma, o que é válido para o estoque também é aplicado a outros itens do ativo. É o caso de terrenos. Se a empresa tiver a pretensão de vender um terreno até o final do exercício seguinte, o ativo é classificado no circulante. Não existindo a intenção de venda, trata-se de um ativo não circulante.

O exemplo apresentado a seguir é da CEB, uma empresa de energia elétrica com atuação no Distrito Federal e entorno. Observe o balanço da empresa:
No dia 31/12/2015 constava do circulante a conta “ativo não circulante mantido para venda” no valor de R$276 milhões. No ano seguinte o valor era de quase R$4 milhões. A empresa pretendia vender diversos terrenos que possuía em Brasília em 2016. Para isto, classificou os valores como circulante, na conta em destaque. No final de 2016 o valor caiu. Pode ter acontecido dois fatos: ou a empresa vendeu parte destes terrenos e por isto não consta mais do seu ativo ou desistiu da venda e novamente considerou estes terrenos como não circulante.

Como os valores são expressivos, a empresa faz um esclarecimento em nota explicativa:

Veja o leitor que ocorreu a segunda hipótese: a empresa não vendeu e passou a considerar os terrenos novamente como não circulantes.

Ao fazer a classificação como “não circulante mantido para venda” a empresa informa ao usuário a intenção de vender seu patrimônio. As razões para isto são as mais diversas. Uma consequência talvez não prevista (ou intencional) é que a classificação adotada no final de 2015 altera a liquidez da empresa.

Links

100 pessoas mais influentes da Time (Neymar na lista)

Estácio faz ocorrência sobre espionagem do presidente (e ex-CEO é suspeito)

Prêmio Sony de fotografia

Reino Unido perde 1 bilhão por fraude de vendedores da Amazon e eBay

HSBC irá pagar para encerrar processo de fraude nos EUA

River piracy ocorreu no Canadá

Rir é o melhor remédio



Dica do Lino! \o/

23 abril 2017

Aulas de Contabilidade no YouTube: Eugenio Montoto

Recebemos um comentário mencionando canais de contabilidade no YouTube e vamos dar algumas dicas. A primeira é o canal relativamente novo do professor Eugênio Montoto, autor do livro "Contabilidade Geral e Avançada" da coleção "Esquematizado".

Abaixo um exemplo do vídeo com resolução de exercícios relacionados à DVA. Os comentários às questões acrescentam conteúdo considerável ao tema tratado.



Como já mencionei anteriormente, acho mais produtivo aumentar um pouco a velocidade de reprodução. Basta colocar o mouse em cima do vídeo sem clicar em nada até que o menu apareça sobre o vídeo. Depois clique no símbolo de engrenagem, vá para a opção "velocidade" e escolha a que melhor se adéqua ao conteúdo assistido.

E você, que vídeo indica?

Construção civil: Formação Estratégica e Sistemas de Controle Gerencial

Saiu a nova edição da revista Contabilidade, Gestão e Governança e gostei muito deste artigo:

Relação Entre Formação Estratégica e Sistemas de Controle Gerencial dos autores: Marcia Athayde Moreira, Danilo Lacerda Borges, Ana Margarida Santiago

O resumo diz: Esta pesquisa teve como objetivo analisar as relações existentes entre a formação estratégica das empresas e seus sistemas de controle gerencial [...]. Foram realizados dois estudos de caso em duas empresas do setor de construção civil da região metropolitana de Belo Horizonte/MG. Nessa perspectiva, identificou-se que as empresas pesquisadas utilizam estratégia genérica de enfoque para vender seus empreendimentos, sendo que uma empresa possui planejamento de longo prazo e a outra se guia por perspectivas de curto prazo. As empresas analisadas possuem diversas ferramentas formais de controle, contudo notou-se que parte dessas ferramentas existem com o objetivo de atender as normas e auditorias estabelecidas por órgãos certificadores, não sendo utilizadas para a tomada de decisão. Nesse sentido, concluiu-se que a relação existente entre os controles gerenciais e a formação da estratégia dessas empresas se dá de forma passiva, servindo os sistemas de controle gerencial como garantidores da realização das estratégias e metas organizacionais, mas não sendo os mesmos usados efetivamente como forma de identificação de oportunidades e fonte da formação de novas estratégias.

A pesquisa com duas empresas já foi bem interessante, imagina com mais! Torna-se ainda mais atraente quando consideramos que as empresas de construção civil têm chamado muita atenção do público em geral frente aos escândalos sobre a corrupção no Brasil. Dá pra fazer uma campanha pras empresas obrigarem incentivarem os gestores e contadores a participarem com mais afinco de questionários e trabalhos acadêmicos?

Sobre a amostra:

Foram realizados dois estudos de caso em duas empresas do setor de construção civil da região metropolitana de Belo Horizonte, MG, entre 19 empresas originalmente selecionadas junto ao Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Minas Gerais (SINDUSCON-MG), tendo como critério o nível de estruturação dos controles internos. Todas as 19 empresas foram contatadas por e-mail e telefone e as duas empresas pesquisadas foram as que aceitaram o convite.