19 abril 2017
18 abril 2017
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Uma publicação compartilhada por Blog Contabilidade Financeira (@contabilidadefinanceira) em
Ciência e gasto em pesquisa
No Futility Closet uma história interessante sobre a importância da pesquisa (transcrito abaixo com adaptações):
Em 1970, pouco depois do primeiro pouso na lua, o cientista Ernst Stuhlinger recebeu uma carta de uma missionária, Irmã Mary Jucunda, na Zâmbia, questionando como o governo poderia justificar gastar bilhões de dólares em exploração espacial enquanto existiam tantas crianças na Terra morrendo de fome. Ele respondeu com uma história:
Cerca de 400 anos atrás, existia um conde em uma pequena cidade na Alemanha. Ele era uma boa pessoa e deu uma grande parte de sua renda para os pobres em sua cidade. Isso foi muito apreciado, porque a pobreza era grande naquela época e havia epidemias que devastavam o país.
Um dia, o conde encontrou um homem estranho. Ele tinha um pequeno laboratório em sua casa e trabalhava duro durante o dia para que pudesse usar algumas horas da noite para trabalhar em seu laboratório. Ele montou as lentes em tubos e ele usou esse aparelho para olhar para objetos muito pequenos. O conde estava particularmente fascinado pelas criaturas minúsculas que podiam ser observadas com o aparelho e que ele nunca tinha visto antes. Ele convidou o homem a mudar seu laboratório para o castelo e devotar todo seu tempo no desenvolvimento e aperfeiçoamento do seu aparelho ótico.
Os habitantes da cidade, no entanto, ficaram zangados quando perceberam que o conde estava desperdiçando seu dinheiro, como eles pensavam, em algo sem propósito. "Estamos sofrendo a praga", disseram eles, "enquanto ele está pagando esse homem por um hobby inútil!" Mas o conde permaneceu firme. "Eu também apoiarei este homem e seu trabalho, porque eu sei que algum dia algo sairá dele!"
Na verdade, algo muito bom saiu deste trabalho, e também de trabalho semelhante feito por outros em outros lugares: o microscópio. É sabido que o microscópio tem contribuído mais do que qualquer outra invenção para o progresso da medicina e que a eliminação da peste e muitas outras doenças contagiosas na maior parte do mundo é em grande parte resultado dos estudos que o microscópio tornou possível.
O conde, ao destinar parte de seu dinheiro gasto para pesquisa, contribuiu muito mais para aliviar o sofrimento do ser humano do que ele poderia ter contribuído, dando tudo que tinha, para a sua comunidade cheia de pragas.
A história mostrou que o cientista estava correto. A exploração espacial possibilitou o desenvolvimento de inúmeros produtos e melhorias desfrutados por nós dos dias de hoje (figura).
Em 1970, pouco depois do primeiro pouso na lua, o cientista Ernst Stuhlinger recebeu uma carta de uma missionária, Irmã Mary Jucunda, na Zâmbia, questionando como o governo poderia justificar gastar bilhões de dólares em exploração espacial enquanto existiam tantas crianças na Terra morrendo de fome. Ele respondeu com uma história:
Cerca de 400 anos atrás, existia um conde em uma pequena cidade na Alemanha. Ele era uma boa pessoa e deu uma grande parte de sua renda para os pobres em sua cidade. Isso foi muito apreciado, porque a pobreza era grande naquela época e havia epidemias que devastavam o país.
Um dia, o conde encontrou um homem estranho. Ele tinha um pequeno laboratório em sua casa e trabalhava duro durante o dia para que pudesse usar algumas horas da noite para trabalhar em seu laboratório. Ele montou as lentes em tubos e ele usou esse aparelho para olhar para objetos muito pequenos. O conde estava particularmente fascinado pelas criaturas minúsculas que podiam ser observadas com o aparelho e que ele nunca tinha visto antes. Ele convidou o homem a mudar seu laboratório para o castelo e devotar todo seu tempo no desenvolvimento e aperfeiçoamento do seu aparelho ótico.
Os habitantes da cidade, no entanto, ficaram zangados quando perceberam que o conde estava desperdiçando seu dinheiro, como eles pensavam, em algo sem propósito. "Estamos sofrendo a praga", disseram eles, "enquanto ele está pagando esse homem por um hobby inútil!" Mas o conde permaneceu firme. "Eu também apoiarei este homem e seu trabalho, porque eu sei que algum dia algo sairá dele!"
Na verdade, algo muito bom saiu deste trabalho, e também de trabalho semelhante feito por outros em outros lugares: o microscópio. É sabido que o microscópio tem contribuído mais do que qualquer outra invenção para o progresso da medicina e que a eliminação da peste e muitas outras doenças contagiosas na maior parte do mundo é em grande parte resultado dos estudos que o microscópio tornou possível.
O conde, ao destinar parte de seu dinheiro gasto para pesquisa, contribuiu muito mais para aliviar o sofrimento do ser humano do que ele poderia ter contribuído, dando tudo que tinha, para a sua comunidade cheia de pragas.
A história mostrou que o cientista estava correto. A exploração espacial possibilitou o desenvolvimento de inúmeros produtos e melhorias desfrutados por nós dos dias de hoje (figura).
Que Confusão: as demonstrações da Norte Brasil
A empresa Norte Brasil é uma sociedade de capital fechado, que explora a linha de transmissão de energia de Porto Velho a Araraquara. Hoje a empresa divulgou suas demonstrações contábeis, em particular a Demonstração do Resultado:
Observe que a DRE é de “31/12/2015” e “31/12/2014”. Como assim? Não existiu nenhum lucro em 2016 (e não 31/12/2016, como aparece nas demonstrações). Veja que a receita líquida foi de 340 milhões de reais e o lucro foi de 114 milhões. Reproduzo a seguir a DMPL para tentar esclarecer melhor:
Observe que o lucro líquido do exercício de 2015 foi de 114 milhões, exatamente o valor que aparece na DRE divulgada. E que em 2016 a empresa teve um lucro de 194 milhões de reais. Mas isto não está na DRE divulgada. A nota explicativa 19 a 22 mostram os valores detalhados da receita líquida, despesas, outras receitas operacionais e resultado financeiro. Reproduzo abaixo a nota 19, da receita líquida:
Observe que o valor da receita de 2016 (e não “31/12/2016” como aparece na divulgação) é de 461 milhões e que em 2015 o valor é de 340 milhões, sendo que o último valor apresentados na DRE, mas não o primeiro, já que a empresa não publicou a DRE de 2016.
Mais adiante o auditor diz que examinou as demonstrações “que compreendem o balanço patrimonial em 31/12/2016 e as respectivas demonstrações do resultado (...)”.
Podemos concluir então que a empresa fez um CTRL C e CTRL V da DRE do balanço anterior. Apenas isto.
Observe que a DRE é de “31/12/2015” e “31/12/2014”. Como assim? Não existiu nenhum lucro em 2016 (e não 31/12/2016, como aparece nas demonstrações). Veja que a receita líquida foi de 340 milhões de reais e o lucro foi de 114 milhões. Reproduzo a seguir a DMPL para tentar esclarecer melhor:
Observe que o lucro líquido do exercício de 2015 foi de 114 milhões, exatamente o valor que aparece na DRE divulgada. E que em 2016 a empresa teve um lucro de 194 milhões de reais. Mas isto não está na DRE divulgada. A nota explicativa 19 a 22 mostram os valores detalhados da receita líquida, despesas, outras receitas operacionais e resultado financeiro. Reproduzo abaixo a nota 19, da receita líquida:
Observe que o valor da receita de 2016 (e não “31/12/2016” como aparece na divulgação) é de 461 milhões e que em 2015 o valor é de 340 milhões, sendo que o último valor apresentados na DRE, mas não o primeiro, já que a empresa não publicou a DRE de 2016.
Mais adiante o auditor diz que examinou as demonstrações “que compreendem o balanço patrimonial em 31/12/2016 e as respectivas demonstrações do resultado (...)”.
Podemos concluir então que a empresa fez um CTRL C e CTRL V da DRE do balanço anterior. Apenas isto.
Publons - um site para revisores de periódicos
Os periódicos científicos são responsáveis por publicar os estudos dos pesquisadores e o modo mais comum que os periódicos utilizam para garantir que o seu trabalho tem qualidade científica suficiente para ser publicado é fazer com que ele passe por uma double-blind review – que consiste em uma revisão às cegas em que nem o revisor sabe quem é o autor, como o autor não sabe quem é o revisor. Nessa perspectiva, os revisores, como colaboradores anônimos na evolução da ciência, não recebem todos os créditos que fazem jus.
Porém, um site resolveu mudar um pouco essa situação, colocando os revisores em posição de destaque: o Publons.
É um site que está na ativa desde 2011 e que serve como uma espécie de rede social onde os pesquisadores podem publicar quantas revisões fizeram, quais foram os artigos revisados e para quais journals. Assim, ficam públicos os dados de suas contribuições em formato de tabelas e gráficos, permitindo que a comunidade acadêmica veja sua participação como revisor.
O modo de atualizar seu perfil é bem simples: assim que receber um e-mail do editor da revista no qual ele agradece a revisão que você acabou de fazer, tudo que você precisa fazer é encaminhar esse e-mail para o reviews@publons.com que eles se encarregam do restante. Muito simples!
Portanto, se você é um revisor habitual, recomendamos que utilize essa excelente ferramenta. Acesse o www.publons.com e conheça mais sobre o site.
Victor Godeiro - publicado no blog GECAP
Porém, um site resolveu mudar um pouco essa situação, colocando os revisores em posição de destaque: o Publons.
É um site que está na ativa desde 2011 e que serve como uma espécie de rede social onde os pesquisadores podem publicar quantas revisões fizeram, quais foram os artigos revisados e para quais journals. Assim, ficam públicos os dados de suas contribuições em formato de tabelas e gráficos, permitindo que a comunidade acadêmica veja sua participação como revisor.
O modo de atualizar seu perfil é bem simples: assim que receber um e-mail do editor da revista no qual ele agradece a revisão que você acabou de fazer, tudo que você precisa fazer é encaminhar esse e-mail para o reviews@publons.com que eles se encarregam do restante. Muito simples!
Portanto, se você é um revisor habitual, recomendamos que utilize essa excelente ferramenta. Acesse o www.publons.com e conheça mais sobre o site.
Victor Godeiro - publicado no blog GECAP
Contabilidade Financeira faz 11 anos e surge um novo blog: GECAP
Há 11 anos surgia um blog chamado Contabilidade Financeira. A origem estava num endereço pessoal. A atualização do conteúdo deste endereço levava muito tempo e nem sempre o formato era razoável para o leitor – afinal o endereço era feito por um amador.
Durante estes anos todos nós vimos nascer e, em alguns casos e infelizmente, morrer algumas tentativas de criação de blog na área. Confesso que em alguns momentos foi difícil manter atualizações, principalmente no período de 2014 a 2016, quando assumi um cargo na área administrativa da minha universidade que tomava muito tempo.
Mas, entre idas e vindas, o blog, que teve sua primeira postagem no dia 18 de abril de 2006, ainda está na ativa. Somente neste mês de abril foram 59 postagens, algumas de contabilidade, outras nem tanto.
De vez em quando recebemos contato de pessoas querendo criar um blog. O entusiasmo do nosso apoio é acompanhado de uma ressalva: dá trabalho. Sabe aquela postagem sobre a Aramco? Levou mais de uma hora e meia. E aquelas de história da contabilidade? Algumas levavam mais de três horas para serem feitas.
Para comemorar os 11 anos do blog estou reproduzindo, com autorização, um texto de um novo blog: GECAP ou Grupo de Estudos em Contabilidade e Administração Pública, criado por Victor Godeiro, Leandro Saraiva, Roberto Lima e Nyalle Matos. É muito bom ter mais esta companhia.
Durante estes anos todos nós vimos nascer e, em alguns casos e infelizmente, morrer algumas tentativas de criação de blog na área. Confesso que em alguns momentos foi difícil manter atualizações, principalmente no período de 2014 a 2016, quando assumi um cargo na área administrativa da minha universidade que tomava muito tempo.
Mas, entre idas e vindas, o blog, que teve sua primeira postagem no dia 18 de abril de 2006, ainda está na ativa. Somente neste mês de abril foram 59 postagens, algumas de contabilidade, outras nem tanto.
De vez em quando recebemos contato de pessoas querendo criar um blog. O entusiasmo do nosso apoio é acompanhado de uma ressalva: dá trabalho. Sabe aquela postagem sobre a Aramco? Levou mais de uma hora e meia. E aquelas de história da contabilidade? Algumas levavam mais de três horas para serem feitas.
Para comemorar os 11 anos do blog estou reproduzindo, com autorização, um texto de um novo blog: GECAP ou Grupo de Estudos em Contabilidade e Administração Pública, criado por Victor Godeiro, Leandro Saraiva, Roberto Lima e Nyalle Matos. É muito bom ter mais esta companhia.
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