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25 março 2017

Rir é o melhor remédio

Quem nunca?


Normas Brasileiras de Contabilidade Pública

Fonte: Aqui
O Grupo Assessor de Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (GA NBCASP), do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), se reuniu nos dias 21 e 22 de março, para dar continuidade ao processo de convergência às normas internacionais voltadas ao setor, as Ipsas na sigla em inglês. [...] O grupo analisou e aprovou as minutas de normas que tratam de propriedades para investimentos, de patrimônio imobilizado, de patrimônio intangível, de redução ao valor recuperável de ativos geradores de caixa e de redução ao valor recuperável de ativos não geradores de caixa.

As minutas aprovadas correspondem à etapa que antecede a audiência pública. Nela o grupo colhe a opinião e o subsídio das partes interessadas no teor das normas, em especial dos entes da federação e demais órgãos públicos usuários desses normativos. [...]

Os textos aprovados pelo GA seguem para apreciação da Câmara Técnica e, caso aprovados, vão ao Plenário do CFC para inicio do prazo de consulta pública. [...]

Durante a reunião foram abordados temas debatidos na última reunião do Board da IFAC para o Setor Público (IPSASB), ocorrida em Toronto, Canadá, entre os dias 07 e 10 deste mês. O representante do Brasil no Colegiado e Coordenador de Normas Contábeis Aplicáveis à Federação da Secretaria do Tesouro Nacional, Leonardo do Nascimento, fez um breve relato dos temas que foram objeto da reunião. Ele informou que a entidade está preparando duas novas normas, uma sobre leasing outra sobre benefícios sociais, que devem entrar em audiência pública ainda este ano. “A participação nesse organismo internacional da profissão permite termos a possibilidade de opinar sobre as normas que estão sendo elaboradas ou revisadas pelo IPSASB, levando também contribuições em relação à realidade brasileira, destacou Leonardo.”

[...]

Fonte: Aqui

24 março 2017

Curso de Contabilidade Básica: Dívida Líquida

Em muitas demonstrações contábeis divulgadas pelas empresas surge o conceito de Dívida Líquida. No capítulo 4 do volume 2, do nosso livro Curso de Contabilidade Básica, abordamos as principais contas do passivo e apresentamos o cálculo desse e de alguns outros indicadores que o analisam. No final de 2014 já fizemos uma postagem sobre o assunto também (veja no link), mas é sempre bom voltar a esse tema.

Tradicionalmente consideramos o passivo como o valor das dívidas de uma empresa. Entretanto, algumas obrigações apresentam algum tipo de ônus, mas isto não ocorre com outros passivos. Um empréstimo gera pagamento de despesas financeiras; já numa obrigação com o fornecedor isto não ocorre. No primeiro caso, temos um passivo com ônus ou passivo oneroso; no segundo exemplo, é uma situação onde temos um passivo não oneroso.

A dívida bruta corresponde ao total dos passivos onerosos de uma empresa. É a soma dos empréstimos, financiamentos, debêntures e qualquer outro tipo de passivo que gera despesa financeira. Muitas empresas podem ter um determinado valor de dívida bruta, mas também podem ter recursos financeiros de elevada liquidez capazes de quitar esta dívida. Surge, então, o conceito de dívida líquida, que corresponde à dívida bruta menos caixa e equivalentes.

Pela sua natureza, a dívida líquida pode ser positiva ou negativa. Em algumas situações, pode ser uma informação valiosa sobre a empresa. Em outras, pode levar a enganos, já que induz ao pensamento de que a empresa usará todo o caixa e equivalentes para quitar estas obrigações. E, muitas vezes, o caixa e equivalentes já estão comprometidos, no planejamento financeiro da empresa, com algum tipo de desembolso futuro.

Veja a seguir algumas informações da Neoenergia, uma empresa do setor elétrico, retiradas do balanço do exercício findo em 31/12/2016:

O Ativo Total da empresa era de quase 28 bilhões, para o PL de 9,3 bilhões. Isto significa um passivo de R$18,7 bilhões. Mas como nem todo passivo é oneroso, a empresa apresentou um valor de dívida bruta de 11,347 bilhões.

Aqui uma ressalva importante: como não existe uma definição normativa para desse termo, cada empresa pode calcular o valor da dívida bruta que achar mais adequado. Se considerarmos no balanço patrimonial da empresa somente “empréstimos, financiamentos e encargos” e “debêntures”, tanto a curto quanto a longo prazo, o valor total seria um pouco maior, de 11,96 bilhões.

Como o valor de “caixa e equivalentes” foi de 1,383 bilhões, o valor da dívida líquida seria:

Dívida Líquida = 11,347 – 1,383 = 9,964 bilhões

Observe que o valor que calculamos aqui também é um pouco maior que aquele constante da figura. Novamente, a empresa pode realizar os cálculos da forma que achar mais conveniente. Se usarmos os valores do balanço somente, o valor da dívida líquida seria de 10,577 bilhões ou 693 milhões a mais.

Na figura, é possível observar que a empresa ainda usa tal conceito para calcular dois “indicadores financeiros da dívida”. A relação entre “dívida líquida/Ebitda” mostra que a empresa tem capacidade de quitar o passivo oneroso com o caixa gerado por suas atividades operacionais. Já o endividamento demonstra quanto do ativo está sendo financiado com capital de terceiros. Como o valor da dívida líquida calculado e apresentado na figura foi menor, isso gera uma situação mais favorável para a empresa.

Finalmente, este texto mostra que devemos olhar com cuidado as informações analíticas que a empresa fornece nos resultados. Nesse exemplo da Neoenergia, usar o valor fornecido pela empresa subestimaria a dívida da empresa.

Rir é o melhor remédio


23 março 2017

MF e PwC

No final de 2011 a empresa de investimento MF Global apresentava sérios problemas de liquidez. Os recursos novos de investidores eram usados para cobrir problemas que estavam ocorrendo em filiais em diversas partes do mundo. O presidente da empresa, um ex-senador chamado Corzine, tinha sido contratado meses antes.

O colapso da MF Global deu origem a uma batalha judicial. Aqueles que foram prejudicados e perderam dinheiro com a liquidação da empresa entraram com processo na justiça para tentar reduzir parte do prejuízo. Hoje foi anunciado um acordo com a PwC, a big four. Este acordo originou-se de um julgamento técnico iniciado no início do mês de março.

A acusação contra a PwC é que a MF Global construiu uma estrategia de investimento baseado nos conselhos errados da big four. A PwC comentou que o processo atingia a cifra de US$ 1 bilhão. Por duas vezes a empresa de auditoria tentou parar o processo, aparentemente demonstrando desespero. No depoimento de Corzine parecia claro que a MF Global não tinha controle de risco. Mais um ponto contrário a PwC.

Além disto, muitas operações da MF estavam fora de balanço, num procedimento que a acusação chamou de negligência profissional. PWC tentou culpar o executivo Corzine, mas este se defendeu dizendo que confiou na PwC por conta da sua reputação.

É interessante notar que o julgamento ocorreu logo após a confusão dos envelopes do Oscar. Num julgamento tão técnico, será que o juri foi influenciado por um erro prosaico?

Medo das auditorias

Recebi o seguinte e-mail de um colega:

As auditorias externas estão bem pressionadas e temerosas, vejam que parágrafo:

"Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detecta as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras."


Mansões em Big Little Lies

As casas das "mulheres ricas de Monterey" foram pensadas dentro do contexto socioeconômico da trama.



Big Little Lies estreou na HBO chamando a atenção do público por um fato: o elenco estelar que reuniu. A série é protagonizada por Reese Witherspoon, Nicole Kidman, Shailene Woodley, Laura Dern, Zoë Kravitz, Alexander Skarsgard e Adam Scott; mas há ainda um oitavo elemento que não passa despercebido ao longo dos episódios: as belíssimas locações.

A revista People entrevistou o responsável pelos sets, Gregory Alpert, o gerente designado para encontrar e alugar as casas que serviriam de cenário para a temporada. Isso mesmo: todas aquelas mansões existem de verdade. Alpert explica que até mesmo a localização de cada uma delas tem um motivo específico dentro da trama, sobretudo as residências de Renata Klein (Dern), Celeste Wright (Kidman) e Madeline MacKenzie (Witherspoon). Todas elas se localizam de frente para o mar, mas é a altura que conta; a casa de Renata é localizada mais no alto, e a intenção é justamente sugerir que ela está olhando de cima para baixo para os seus vizinhos de Monterey, Califórnia. A mansão de Celeste é rodeada de árvores e fica literalmente em um penhasco. Já a de Madeline é a que fica no nível do mar. “[O diretor] Jean-Marc [Vallée] tinha uma ideia de como as casas iriam jogar baseadas no nível sócioeconômico dos personagens”, explicou.

A New York Magazine chegou até a apurar o valor real de cada uma das mansões. É interessante observar que apenas uma delas fica realmente em Monterey, e as outras ficam em Malibu. Quanto ao valor real, também não correspondem exatamente ao que representam na série. Veja abaixo.


Madeline e Ed Mackenzie
Localizada em: Malibu
Custa: US$ 14,8 milhões (R$ 46 milhões)







Celeste e Perry Wright
Localizada em: Península de Monterey
Custa: US$ 6 milhões (R$ 18 milhões)







Renata e Gordon Klein
Localizada em: Malibu
Custa: US$ 12,4 milhões (R$ 38,5 milhões)





Jane Chapman
Localizada em: Pasadena
Custa: US$ 520 mil (R$ 1,6 milhões)



Big Little Lies é produzida por Jean-Marc Vallée e David E. Kelley, com base no livro homônimo de Liane Moriarty (“Pequenas Grandes Mentiras”, em edição nacional). Os episódios inéditos vão ao ar na HBO, todos os domingos, às 23h. A temporada contará ao todo com oito episódios.

Fonte: Aqui