12 março 2017
11 março 2017
Fato da Seman: Boas notícias no Emprego
Fato: Boas notícias no emprego
Data: 6 março
Contextualização
O governo federal é informado mensalmente os funcionários admitidos e demitidos pelas empresas. Geralmente na terceira semana do mês subsequente, a informação é divulgada, permitindo o acompanhamento do mercado de trabalho. Usando esta informação, o blog Contabilidade Financeira faz um trabalho de compilação dos dados para o setor contábil, verificando a evolução do número de contratados e o número de demitidos.
Desde que começamos a compilar e divulgar este dados, o número tem sido, de uma forma geral, ruim. Ou seja, geralmente o saldo entre admissões e demissões é negativo. Conforme mostramos na semana, a crise na economia também possui reflexo na contabilidade, atingindo homens e mulheres, jovens e idosos, experientes ou não, com curso superior ou somente ensino médio e assim por diante.
A informação de janeiro somente foi divulgada em março, provavelmente por conta dos feriados de fevereiro. E pela primeira vez, desde outubro de 2015, ocorreram mais contratações que demissões. Em termos acumulados, desde janeiro de 2014 foram demitidos mais de trinta mil funcionários a mais do que foram contratados.
Relevância
Ainda é cedo para dizer que existe uma reversão. Afinal, geralmente janeiro é um mês onde esta relação é positiva. Mas os números coletados permite ter uma esperança de que atingimos o fundo do poço em dezembro de 2016.
A análise que fizemos também não mostra que o problema seja estrutural; ou seja, que a automoção esteja matando as vagas no setor. Pelo menos por enquanto.
Notícia boa para contabilidade?
Sim. Outro fato importante é que na economia como um todo não ocorreu esta recuperação.
Desdobramentos
No mês passado dizemos aqui que o saldo de janeiro continuaria negativo. Erramos. Quanto a movimentação de fevereiro, que deve sair em breve, acreditamos que haverá uma tendência ao padrão dos últimos meses voltar.
Mas a semana só teve isto?
A notícia que a CVM determinou que a Petrobras deve refazer suas demonstrações foi o outro fato importante da semana. É bem verdade que da entidade demorou anos que fazer esta exigência, mas antes tarde do que nunca.
Data: 6 março
Contextualização
O governo federal é informado mensalmente os funcionários admitidos e demitidos pelas empresas. Geralmente na terceira semana do mês subsequente, a informação é divulgada, permitindo o acompanhamento do mercado de trabalho. Usando esta informação, o blog Contabilidade Financeira faz um trabalho de compilação dos dados para o setor contábil, verificando a evolução do número de contratados e o número de demitidos.
Desde que começamos a compilar e divulgar este dados, o número tem sido, de uma forma geral, ruim. Ou seja, geralmente o saldo entre admissões e demissões é negativo. Conforme mostramos na semana, a crise na economia também possui reflexo na contabilidade, atingindo homens e mulheres, jovens e idosos, experientes ou não, com curso superior ou somente ensino médio e assim por diante.
A informação de janeiro somente foi divulgada em março, provavelmente por conta dos feriados de fevereiro. E pela primeira vez, desde outubro de 2015, ocorreram mais contratações que demissões. Em termos acumulados, desde janeiro de 2014 foram demitidos mais de trinta mil funcionários a mais do que foram contratados.
Relevância
Ainda é cedo para dizer que existe uma reversão. Afinal, geralmente janeiro é um mês onde esta relação é positiva. Mas os números coletados permite ter uma esperança de que atingimos o fundo do poço em dezembro de 2016.
A análise que fizemos também não mostra que o problema seja estrutural; ou seja, que a automoção esteja matando as vagas no setor. Pelo menos por enquanto.
Notícia boa para contabilidade?
Sim. Outro fato importante é que na economia como um todo não ocorreu esta recuperação.
Desdobramentos
No mês passado dizemos aqui que o saldo de janeiro continuaria negativo. Erramos. Quanto a movimentação de fevereiro, que deve sair em breve, acreditamos que haverá uma tendência ao padrão dos últimos meses voltar.
Mas a semana só teve isto?
A notícia que a CVM determinou que a Petrobras deve refazer suas demonstrações foi o outro fato importante da semana. É bem verdade que da entidade demorou anos que fazer esta exigência, mas antes tarde do que nunca.
10 março 2017
Machado de Assis era contador
Além de escrever contos, romances, peças teatrais, poemas e crônicas, o escritor carioca Machado de Assis tinha habilidade com os números. Uma pesquisa de cinco anos descobriu que ele dividia o dom com as palavras entre a profissão de contador, que lhe rendeu o cargo de responsável pelas contas do Ministério de Obras e Viação em 1873, o agora Ministério dos Transportes.
A descoberta partiu de uma curiosidade da professora Isabel Cristina Sartorelli. Isabel é doutora em contabilidade e professora adjunta do curso de graduação em administração da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus Sorocaba (SP). O trabalho foi concluído em 2016, publicado no fim do ano.
A descoberta partiu de uma curiosidade da professora Isabel Cristina Sartorelli. Isabel é doutora em contabilidade e professora adjunta do curso de graduação em administração da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus Sorocaba (SP). O trabalho foi concluído em 2016, publicado no fim do ano.
Fonte: aqui
[...]
O Machado de Assis da literatura brasileira, todos conhecem. Mas e o contador, o contabilista? Essa outra profissão de Joaquim Maria Machado de Assis foi confirmada por estudos do professor Eliseu Martins, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (Fearp) da USP, em parceria com sua colega Isabel Cristina Sartorelli, do Centro de Ciências e Tecnologias para a Sustentabilidade da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), em Sorocaba, SP.
Os pesquisadores se debruçaram sobre a vida profissional de Machado de Assis e conseguiram provar sua atuação como funcionário público no Ministério de Viação e Obras a partir de 1889. Nesse ano, Machado tinha apenas 33 anos e, por questões financeiras, decidiu entrar para a vida pública, reconhecendo que seu papel como burocrata seria seu principal meio de sobrevivência. Durante todo o restante de sua vida – ele morreu aos 69 anos -, trabalhou nessa repartição, ocupando várias posições. Chegou até ao cargo de diretor-geral de contabilidade.
O professor Martins conta que o interesse pelo estudo da vida profissional, extraliterária, do escritor veio com a percepção de que alguns de seus contos tinham uma visão mais próxima de questões econômicas e financeiras. “O livro Memorial de Aires, por exemplo, é considerado por biógrafos como autobiográfico. O personagem Aguiar, cuja profissão é de guarda-livros, seria autorretrato de Machado, que também exerceu essa função em 1902 no Ministério de Viação e Obras. Um guarda-livros executa as mesmas tarefas que um contador.”
Outro fato que os estimulou no estudo veio das discordâncias entre os biógrafos quanto à possível carreira de contador. Na busca por comprovações, os professores decidiram analisar os documentos encontrados sobre o cargo público.
Para os professores, uma releitura mais detalhada das biografias do autor pode definir a questão da profissão de Machado, mas a certeza é que “a contribuição para a área de contabilidade é de cunho histórico, pois localizamos o grande Machado de Assis como colega de profissão, o que pode ter impacto grande entre os profissionais da área contábil”, declara Martins.
A pesquisa pode ser encontrada na íntegra neste link.
[...]
O Machado de Assis da literatura brasileira, todos conhecem. Mas e o contador, o contabilista? Essa outra profissão de Joaquim Maria Machado de Assis foi confirmada por estudos do professor Eliseu Martins, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (Fearp) da USP, em parceria com sua colega Isabel Cristina Sartorelli, do Centro de Ciências e Tecnologias para a Sustentabilidade da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), em Sorocaba, SP.
Os pesquisadores se debruçaram sobre a vida profissional de Machado de Assis e conseguiram provar sua atuação como funcionário público no Ministério de Viação e Obras a partir de 1889. Nesse ano, Machado tinha apenas 33 anos e, por questões financeiras, decidiu entrar para a vida pública, reconhecendo que seu papel como burocrata seria seu principal meio de sobrevivência. Durante todo o restante de sua vida – ele morreu aos 69 anos -, trabalhou nessa repartição, ocupando várias posições. Chegou até ao cargo de diretor-geral de contabilidade.
O professor Martins conta que o interesse pelo estudo da vida profissional, extraliterária, do escritor veio com a percepção de que alguns de seus contos tinham uma visão mais próxima de questões econômicas e financeiras. “O livro Memorial de Aires, por exemplo, é considerado por biógrafos como autobiográfico. O personagem Aguiar, cuja profissão é de guarda-livros, seria autorretrato de Machado, que também exerceu essa função em 1902 no Ministério de Viação e Obras. Um guarda-livros executa as mesmas tarefas que um contador.”
Outro fato que os estimulou no estudo veio das discordâncias entre os biógrafos quanto à possível carreira de contador. Na busca por comprovações, os professores decidiram analisar os documentos encontrados sobre o cargo público.
Para os professores, uma releitura mais detalhada das biografias do autor pode definir a questão da profissão de Machado, mas a certeza é que “a contribuição para a área de contabilidade é de cunho histórico, pois localizamos o grande Machado de Assis como colega de profissão, o que pode ter impacto grande entre os profissionais da área contábil”, declara Martins.
A pesquisa pode ser encontrada na íntegra neste link.
Fonte: aqui
Efeito Robô
As cinco profissões que serão tomadas pelos robôs: cargos de gerenciamento em nível intermediário; vendedores de commodities; jornalistas, autores e escritores de relatórios; contadores e médicos.
Eis o que diz a reportagem:
Data processing probably created more jobs than it eliminated, but machine learning -- based accountants and bookkeepers will be so much better than their human counterparts, you're going to want to use the machines. Robo-accounting is in its infancy, but it's awesome at dealing with accounts payable and receivable, inventory control, auditing and several other accounting functions that humans used to be needed to do. Big Four auditing is in for a big shake-up, very soon.
As profissões que correm menos riscos: professor de pré-escola e escola primária; atleta profissional; político; juíz e profissional de saúde mental. (dica daqui).
É interessante que estava fazendo uma palestra para os calouros de contábeis e o tema era mercado de trabalho. Falei diversos tópicos e encerrei a palestra com a questão da inteligência artificial. Minha visão era otimista. Continua?
Eis o que diz a reportagem:
Data processing probably created more jobs than it eliminated, but machine learning -- based accountants and bookkeepers will be so much better than their human counterparts, you're going to want to use the machines. Robo-accounting is in its infancy, but it's awesome at dealing with accounts payable and receivable, inventory control, auditing and several other accounting functions that humans used to be needed to do. Big Four auditing is in for a big shake-up, very soon.
As profissões que correm menos riscos: professor de pré-escola e escola primária; atleta profissional; político; juíz e profissional de saúde mental. (dica daqui).
É interessante que estava fazendo uma palestra para os calouros de contábeis e o tema era mercado de trabalho. Falei diversos tópicos e encerrei a palestra com a questão da inteligência artificial. Minha visão era otimista. Continua?
Redução ao valor recuperável
Ao analisar as demonstrações contábeis da Ambev, publicadas no Valor Econômico de 2 de março, deparei com a seguinte informação (item 12 das notas explicativas)
Para América Latina Sul e Canadá não houve necessidade de aplicar o teste de impairment
Pode inferir que não foi feito o teste nas estas unidades, apesar do CPC 01 indicar a necessidade de realização do mesmo anualmente ou que a empresa efetuou o teste e não foi necessário a amortização de valores?
Mandei o texto acima para o RI da Ambev. Recebi a seguinte resposta:
Conforme detalhado na DPF, a metodologia utilizada pela Companhia está de acordo com o IAS 36 / CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos, no qual as abordagens de valor justo líquido de despesas de venda e valor em uso são levados em consideração. Isso consiste na aplicação de um fluxo de caixa descontado baseado em modelos de avaliação de aquisição para as principais unidades de negócio e para as unidades de negócio que apresentam elevado capital investido nos múltiplos do lucro antes do resultado financeiro, imposto sobre a renda e despesas com depreciação e amortização (“EBITDA”). A relação entre o capital investido e o EBITDA é utilizada como base na seleção das unidades geradoras de caixa a serem testadas.
Para a América Latina Sul e Canadá não houve necessidade de aplicar o teste de impairment, uma vez que essa relação não atingiu um determinado intervalo.
Num primeiro momento parecia que a empresa não tinha feito o teste de impairment. Mas ao analisar a relação entre Ebitda e capital investido, isto poderia ser considerado uma "proxy" do valor em uso. E consequentemente, foi realizado um teste. Mas o segundo parágrafo é incisivo: "não houve necessidade de aplicar o teste".
O CPC 01 no item 10 tem a seguinte redação:
testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável.
e logo a seguir:
testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) em combinação de negócios, de acordo com os itens 80 a 99.
No item 11:
Isso posto, este Pronunciamento Técnico requer que a entidade proceda ao teste por desvalorização, no mínimo anualmente, de ativo intangível que ainda não esteja disponível para uso.
Realmente o CPC 01 abre a possibilidade de não proceder o teste nas seguintes situações:
(a) se o ativo intangível não gerar entradas de caixa decorrentes do uso contínuo, que são, em grande parte, independentes daquelas decorrentes de outros ativos ou de grupo de ativos, sendo o ativo, portanto, testado para fins de valor recuperável como parte de unidade geradora de caixa à qual pertence, e os ativos e passivos que compõem essa unidade não tiverem sofrido alteração significativa desde o cálculo mais recente do valor recuperável;
(b) o cálculo mais recente do valor recuperável tiver resultado em valor que excede o valor contábil do ativo com uma margem substancial; e
(c) baseado em análise de eventos que ocorreram e em circunstâncias que mudaram desde o cálculo mais recente do valor recuperável, for remota a probabilidade de que a determinação do valor recuperável corrente seja menor do que o valor contábil do ativo.
Para América Latina Sul e Canadá não houve necessidade de aplicar o teste de impairment
Pode inferir que não foi feito o teste nas estas unidades, apesar do CPC 01 indicar a necessidade de realização do mesmo anualmente ou que a empresa efetuou o teste e não foi necessário a amortização de valores?
Mandei o texto acima para o RI da Ambev. Recebi a seguinte resposta:
Conforme detalhado na DPF, a metodologia utilizada pela Companhia está de acordo com o IAS 36 / CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos, no qual as abordagens de valor justo líquido de despesas de venda e valor em uso são levados em consideração. Isso consiste na aplicação de um fluxo de caixa descontado baseado em modelos de avaliação de aquisição para as principais unidades de negócio e para as unidades de negócio que apresentam elevado capital investido nos múltiplos do lucro antes do resultado financeiro, imposto sobre a renda e despesas com depreciação e amortização (“EBITDA”). A relação entre o capital investido e o EBITDA é utilizada como base na seleção das unidades geradoras de caixa a serem testadas.
Para a América Latina Sul e Canadá não houve necessidade de aplicar o teste de impairment, uma vez que essa relação não atingiu um determinado intervalo.
Num primeiro momento parecia que a empresa não tinha feito o teste de impairment. Mas ao analisar a relação entre Ebitda e capital investido, isto poderia ser considerado uma "proxy" do valor em uso. E consequentemente, foi realizado um teste. Mas o segundo parágrafo é incisivo: "não houve necessidade de aplicar o teste".
O CPC 01 no item 10 tem a seguinte redação:
testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável.
e logo a seguir:
testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) em combinação de negócios, de acordo com os itens 80 a 99.
No item 11:
Isso posto, este Pronunciamento Técnico requer que a entidade proceda ao teste por desvalorização, no mínimo anualmente, de ativo intangível que ainda não esteja disponível para uso.
Realmente o CPC 01 abre a possibilidade de não proceder o teste nas seguintes situações:
(a) se o ativo intangível não gerar entradas de caixa decorrentes do uso contínuo, que são, em grande parte, independentes daquelas decorrentes de outros ativos ou de grupo de ativos, sendo o ativo, portanto, testado para fins de valor recuperável como parte de unidade geradora de caixa à qual pertence, e os ativos e passivos que compõem essa unidade não tiverem sofrido alteração significativa desde o cálculo mais recente do valor recuperável;
(b) o cálculo mais recente do valor recuperável tiver resultado em valor que excede o valor contábil do ativo com uma margem substancial; e
(c) baseado em análise de eventos que ocorreram e em circunstâncias que mudaram desde o cálculo mais recente do valor recuperável, for remota a probabilidade de que a determinação do valor recuperável corrente seja menor do que o valor contábil do ativo.
Reconhecimento
A Portaria 326, de 9 de março de 2017, publicada no Diário Oficial da União de hoje, "Reconhece programas de pós-graduação stricto sensu recomendados pelo Conselho Técnico-Científico - CTC da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES na 156a Reunião, realizada no período de 8 a 12 de dezembro de 2014".
Os cursos reconhecidos na nossa área são:
Mestrado em Contabilidade da UFRN
Mestrado da Unioeste
Mestrado em Controladoria da UFRPE
Mestrado/Doutorado da UFPB/JP
Mestrado/Doutorado da UnB
Os cursos reconhecidos na nossa área são:
Mestrado em Contabilidade da UFRN
Mestrado da Unioeste
Mestrado em Controladoria da UFRPE
Mestrado/Doutorado da UFPB/JP
Mestrado/Doutorado da UnB
Assinar:
Postagens (Atom)