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28 fevereiro 2017

Fnac: operações descontinuadas

A Fnac publicou o seu relatório anual nesta terça-feira e informou que deixará o Brasil. A subsidiária brasileira foi classificada como operação descontinuada:

"La filiale brésilienne a été classée en activités non poursuivies (IFRS 5), le Groupe ayant entamé un processus actif de recherche de partenaire pouvant mener à un désengagement de ce pays."

Saiu no Valor:

A companhia apresentou a linha final do balanço zerada em 2016, ante um lucro consolidado de 48 milhões de euros (R$ 157,2 milhões) em 2015, com os resultados daquele ano já ajustados para a reclassificação do Brasil como operação descontinuada. O lucro das operações continuadas da Fnac Darty somou 22 milhões de euros em 2016, enquanto as operações descontinuadas registraram prejuízo idêntico, de 22 milhões de euros, levando ao resultado final nulo no ano passado. Desconsideradas despesas com a aquisição da Darty, a companhia calcula que o lucro das suas operações continuadas seria de 74 milhões de euros, alta de 37% na comparação anual.

As receitas da empresa somaram 5,37 bilhões de euros em 2016, uma alta de 43,6% em relação a 2015, também considerada a base ajustada. Em base pró-forma, que considera o efeito da consolidação da Darty a partir de janeiro de 2015, as receitas cresceram 1,9%, segundo a companhia.



Regulamentação na Telefonia

Estudamos como fatores políticos moldam a concorrência no setor de telecomunicações móveis. Mostramos que a forma como um governo concebe as regras do jogo tem um impacto sobre a concentração, a concorrência e os preços. A regulamentação favorável à concorrência reduz os preços, mas não prejudica a qualidade dos serviços ou dos investimentos. Governos mais democráticos tendem a projetar regras mais competitivas, enquanto que países com empresas com ligações políticas são capazes de distorcer as regras em seu favor, restringindo a concorrência. A intervenção governamental tem grandes efeitos redistributivos: os consumidores norte-americanos ganhariam US $ 65 bilhões por ano se os preços dos serviços móveis dos EUA estivessem em linha com os alemães e US $ 44 bilhões se estivessem em linha com os dinamarqueses.

Political Determinants of Competition in the Mobile Telecommunication Industry - Mara Faccio, Luigi Zingales

Superávit do setor público

O setor público apresentou no mês de janeiro de 2017 um superávit de 37 bilhões de reais. Trata-se do melhor resultado desde 2002. Em janeiro do ano passado o governo tinha obtido um superávit de 28 bilhões. O resultado foi possível graças ao superávit do governo central.

O resultado positivo já era esperado, mas o valor foi acima do previsto. Em dezembro, o déficit tinha ficado em 71 bilhões, enquanto novembro foi de 39 bilhões. Além disto, o ano de 2018 é um ano eleitoral, quando existe um relaxamento nas despesas.

Links

O erro no Oscar ameaça a reputação da Price (que faz este trabalho há 83 anos).  Erro Tipo I ou II? 

E o funcionário da PwC usou as redes sociais antes do erro

Sempre teremos Casablanca


O poder do xadrez: ensinando o jogo numa prisão da Itália

Os Simpsons e o xadrez

Rir é o melhor remédio


27 fevereiro 2017

Links

Referencial de Combate a Fraude e Corrupção na área pública

The Economist: previdência brasileira é generosidade geriátrica

Trump e a nova SEC

Estado do Rio de Janeiro descumpre a LRF, não evidencia suas contas e informa caixa de menos 10 bilhões

O outro erro do Oscar 

Desempenho das empresas em 2016


Mais de uma centena de empresas de capital aberto já evidenciaram suas demonstrações contábeis. Isto corresponde a quase um sexto do total, mas já é possível ter uma visão dos efeitos da crise política e econômica nos resultados.

Usando estas informações, fizemos uma medida bem simples de desempenho das empresas. Comparamos o valor de um exercício com o anterior para verificar se foi maior ou não. Usamos o ativo total, patrimônio líquido, receita e lucro líquido. Esta forma de medir desempenho talvez não seja sofisticada, mas indica se na maioria das empresas ocorreu um aumento ou redução nos valores dos quatro itens das demonstrações contábeis. Outro aspecto é que cada empresa tem o mesmo peso. Assim, se um Banco do Brasil teve um aumento no lucro, o peso será o mesmo de uma entidade de menor porte. Finalmente, usamos quatro medidas razoavelmente comuns entre as empresas, independente do setor, e que geralmente não são manipuladas.

Existem vantagens e desvantagens nesta escolha, mas acreditamos que a medida reflita razoavelmente bem o que foi o ano de 2016 para as empresas. Não entram as empresas que não divulgaram as informações em algum dos anos ou tiveram zero em algumas das medidas. A medida que obtivemos na sexta incluía 103 empresas. Quando comparamos o ativo destas empresas em 31 de dezembro de 2016 com 31 de dezembro de 2015 verificamos que 60 empresas apresentaram crescimento no total do ativo, o que representa 58% do total. Ou 42% das empresas reduziram seu ativo. No ano anterior, o percentual de crescimento de ativo foi de 84% e em 2014, em relação a 2013, foi 73%.

O ano de 2016 mostrou, até agora, uma melhoria no capital próprio. Quase dois terços ou 64% das empresas aumentaram o patrimônio líquido, bem melhor que 58% do ano anterior, mas inferior aso 67%. Já a receita piorou nos últimos anos; enquanto 73% das empresas aumentaram suas receitas em 2014, este percentual diminuiu para 67% em 2015 e 53% em 2015. O resultado líquido melhorou: em 2015, somente 41% tiveram lucro líquido; no ano passado 56% tiveram lucro.

Assim, parece que a redução na receita foi acompanhada por um enxugamento dos ativos e melhoria na participação do capital próprio e no resultado líquido.