27 fevereiro 2017
Desempenho das empresas em 2016
Mais de uma centena de empresas de capital aberto já evidenciaram suas demonstrações contábeis. Isto corresponde a quase um sexto do total, mas já é possível ter uma visão dos efeitos da crise política e econômica nos resultados.
Usando estas informações, fizemos uma medida bem simples de desempenho das empresas. Comparamos o valor de um exercício com o anterior para verificar se foi maior ou não. Usamos o ativo total, patrimônio líquido, receita e lucro líquido. Esta forma de medir desempenho talvez não seja sofisticada, mas indica se na maioria das empresas ocorreu um aumento ou redução nos valores dos quatro itens das demonstrações contábeis. Outro aspecto é que cada empresa tem o mesmo peso. Assim, se um Banco do Brasil teve um aumento no lucro, o peso será o mesmo de uma entidade de menor porte. Finalmente, usamos quatro medidas razoavelmente comuns entre as empresas, independente do setor, e que geralmente não são manipuladas.
Existem vantagens e desvantagens nesta escolha, mas acreditamos que a medida reflita razoavelmente bem o que foi o ano de 2016 para as empresas. Não entram as empresas que não divulgaram as informações em algum dos anos ou tiveram zero em algumas das medidas. A medida que obtivemos na sexta incluía 103 empresas. Quando comparamos o ativo destas empresas em 31 de dezembro de 2016 com 31 de dezembro de 2015 verificamos que 60 empresas apresentaram crescimento no total do ativo, o que representa 58% do total. Ou 42% das empresas reduziram seu ativo. No ano anterior, o percentual de crescimento de ativo foi de 84% e em 2014, em relação a 2013, foi 73%.
O ano de 2016 mostrou, até agora, uma melhoria no capital próprio. Quase dois terços ou 64% das empresas aumentaram o patrimônio líquido, bem melhor que 58% do ano anterior, mas inferior aso 67%. Já a receita piorou nos últimos anos; enquanto 73% das empresas aumentaram suas receitas em 2014, este percentual diminuiu para 67% em 2015 e 53% em 2015. O resultado líquido melhorou: em 2015, somente 41% tiveram lucro líquido; no ano passado 56% tiveram lucro.
Assim, parece que a redução na receita foi acompanhada por um enxugamento dos ativos e melhoria na participação do capital próprio e no resultado líquido.
PwC pede desculpas pelo fiasco no Oscar
O monólogo inicial e a apresentação dos auditores são alguns dos meus momentos favoritos em qualquer premiação. Nenhuma foi melhor que a do Emmy com a participação do The Big Bang Theory em 2012 (leia postagem aqui). A de 2013 com a participação do Bob Newhart também foi bem legal. Em um mundo cheio de glamour e riqueza, lá estão os contadores para garantir que tudo saia bem na votação e divulgação dos resultados.
Ontem houve a apresentação do Oscar. Em um dos momentos mais esperados da noite - a apresentação do melhor filme, foi anunciada a vitória para La La Land quando, na verdade, o vencedor foi Moonlight. Houve um problema com os envelopes.
A equipe responsável pelo Oscar não emitiu nenhuma declaração. A PwC, por sua vez, emitiu um pedido de desculpas e afirmou que irá investigar o erro.
Quem será a próxima equipe de auditoria contratada pela Academia? Evidentemente cabeças irão rolar e acredito que a da PwC será a principal. E agora não apenas os viciados em contabilidade ficarão de olho na apresentação da equipe de auditoria responsável pelos envelopes...
Agradeço à Flavia Carvalho pelo envio do link da reportagem no The Guardian, que escreveu: PwC, uma das empresas de contabilidade mais conhecidas do mundo, supervisionou a contagem dos votos e os anúncios na maioria das premiações da Academia. Os auditores esperam nas alas durante a cerimônia e passam os resultados aos apresentadores. A humilhante falha no sistema que deveria ser à prova de erros, checado e duplamente checado repetidamente, não poderia ser mais pública – assistida por todas as estrelas de Hollywood e milhões de pessoas pelo mundo televisivo.
Ontem houve a apresentação do Oscar. Em um dos momentos mais esperados da noite - a apresentação do melhor filme, foi anunciada a vitória para La La Land quando, na verdade, o vencedor foi Moonlight. Houve um problema com os envelopes.
A equipe responsável pelo Oscar não emitiu nenhuma declaração. A PwC, por sua vez, emitiu um pedido de desculpas e afirmou que irá investigar o erro.
Quem será a próxima equipe de auditoria contratada pela Academia? Evidentemente cabeças irão rolar e acredito que a da PwC será a principal. E agora não apenas os viciados em contabilidade ficarão de olho na apresentação da equipe de auditoria responsável pelos envelopes...
O vídeo da PwC publicado em 20 de fevereiro sobre a sua participação do Oscar, inicialmente muito interessante, agora deveria estar no Rir É O Melhor Remédio...
Agradeço à Flavia Carvalho pelo envio do link da reportagem no The Guardian, que escreveu: PwC, uma das empresas de contabilidade mais conhecidas do mundo, supervisionou a contagem dos votos e os anúncios na maioria das premiações da Academia. Os auditores esperam nas alas durante a cerimônia e passam os resultados aos apresentadores. A humilhante falha no sistema que deveria ser à prova de erros, checado e duplamente checado repetidamente, não poderia ser mais pública – assistida por todas as estrelas de Hollywood e milhões de pessoas pelo mundo televisivo.
26 fevereiro 2017
25 fevereiro 2017
Naturalmente errado
A leitura das demonstrações contábeis pode proporcionar ao analista algumas surpresas interessantes. Algumas empresas são cuidadosas e capricham em produzir informações uteis e relevantes. Em alguns casos, aprendemos bastantes com demonstrações típicas de certos setores. E em menor escala, encontramos problemas.
Mas quando encontramos problemas em empresas que são consideradas referências na sua contabilidade...
Vejam, a seguir a demonstração do resultado de uma delas, a Natura.
A Natura é uma das empresas mais inovadoras na sua contabilidade. No seu relatório referente ao exercício findo de 31 de dezembro de 2016 a empresa apresentou uma correspondência dos fundadores, uma mensagem do conselho executivo e a informação que a empresa aplica, de forma voluntária, as normas do International Integrated Reporting Council (IIRC) nos relatórios. É realmente impressionante a qualidade das informações. Mas será que é mesmo?
O título deste texto já induz algo: naturalmente errado. Volte agora a demonstração do resultado. Há algo incomodo na informação apresentada e que pode passar desapercebido de uma análise. Tome a linha de “despesas com vendas, marketing e logística” e as três linhas seguidas. Observe agora as duas últimas colunas. Os valores são iguais. Quais as chances de isto ocorrer? Muito próximo de zero. Provavelmente a empresa usou o Control C e Control V para digitar a demonstração do resultado.
A forma de comprovar isto é verificar se o valor do lucro operacional antes do resultado financeiro está correto. Ou seja,
Lucro Operacional Antes do Resultado Financeiro = Lucro Bruto – Despesas com Vendas, Marketing e Logística – Despesas Administrativas – Resultado da equivalência patrimonial + Outras receitas operacionais líquidas
Se o resultado estiver correto talvez seja realmente uma coincidência os valores serem iguais nos dois anos.
Em 2016:
1.082.868 = 5.465.705 - 3.110.169 – 1.327.093 + 54425
Em 2015
1.256.769 = 5.483.012 - 3.110.169 – 1.327.093 + 54425 (o que não é verdade)
Errado. Naturalmente errado.
Mas quando encontramos problemas em empresas que são consideradas referências na sua contabilidade...
Vejam, a seguir a demonstração do resultado de uma delas, a Natura.
A Natura é uma das empresas mais inovadoras na sua contabilidade. No seu relatório referente ao exercício findo de 31 de dezembro de 2016 a empresa apresentou uma correspondência dos fundadores, uma mensagem do conselho executivo e a informação que a empresa aplica, de forma voluntária, as normas do International Integrated Reporting Council (IIRC) nos relatórios. É realmente impressionante a qualidade das informações. Mas será que é mesmo?
O título deste texto já induz algo: naturalmente errado. Volte agora a demonstração do resultado. Há algo incomodo na informação apresentada e que pode passar desapercebido de uma análise. Tome a linha de “despesas com vendas, marketing e logística” e as três linhas seguidas. Observe agora as duas últimas colunas. Os valores são iguais. Quais as chances de isto ocorrer? Muito próximo de zero. Provavelmente a empresa usou o Control C e Control V para digitar a demonstração do resultado.
A forma de comprovar isto é verificar se o valor do lucro operacional antes do resultado financeiro está correto. Ou seja,
Lucro Operacional Antes do Resultado Financeiro = Lucro Bruto – Despesas com Vendas, Marketing e Logística – Despesas Administrativas – Resultado da equivalência patrimonial + Outras receitas operacionais líquidas
Se o resultado estiver correto talvez seja realmente uma coincidência os valores serem iguais nos dois anos.
Em 2016:
1.082.868 = 5.465.705 - 3.110.169 – 1.327.093 + 54425
Em 2015
1.256.769 = 5.483.012 - 3.110.169 – 1.327.093 + 54425 (o que não é verdade)
Errado. Naturalmente errado.
Fato da Semana: Bankia
Fato: Executivos do Bankia condenados na Espanha
Data: 23 de fevereiro
Contextualização
Após a crise de 2008, as autoridades espanholas decidiram criar um banco a partir da junção de diversas instituições municipais, sob a liderança da Caja de Madrid. O Bankia nasceu com problemas e existia claramente uma recomendação da área técnica para não fazer esta operação. Os reguladores não somente ignoraram a recomendação, como usaram muito dinheiro público na operação. Estão sendo processados por isto.
Um jornal espanhol descobriu que alguns executivos do Bankia e da Caja de Madrid usaram de maneira inapropriada cartões de créditos corporativos. O que fez a justiça espanhola? Resolveu esquecer a denúncia e concentrar no forma como a informação foi obtida.
O Bankia começou uma investigação interna e descobriu que realmente existiu problemas na utilização dos cartões. Levou o caso para a justiça, que desta vez condenou os executivos. Entre eles, o ex-diretor-geral do FMI, de sobrenome Rato.
Relevância
A condenação de executivos será sempre relevante para melhorar os controles internos e permitir que os pesquisadores estudem melhor a relação principal-agente. A inclusão do ex-diretor-geral do FMI indica que burocratas poderosos devem responder pela utilização do patrimônio da entidade que paga o seu salário.
Notícia boa para contabilidade?
Sim. Podemos aperfeiçoar os sistemas de controles internos. Além disto, é agradável saber que os problemas de abuso de autoridade existem também em países desenvolvidos.
Desdobramentos
Os acusados afirmaram que estavam sendo tratados desta forma em razão de outra investigação - sobre um esportista, casado com alguém da família real espanhola. No caso, a ira da justiça era para compensar a futura absolvição do queridinho do ex-rei Juan Carlos. Pode ser verdade.
Mas a semana só teve isto?
Semana com muitos acontecimentos: a morte de Kenneth Arrow, o anúncio que a Vale pode ser uma empresa sem controle definido e as demonstrações contábeis foram outras notícias da semana.
Data: 23 de fevereiro
Contextualização
Após a crise de 2008, as autoridades espanholas decidiram criar um banco a partir da junção de diversas instituições municipais, sob a liderança da Caja de Madrid. O Bankia nasceu com problemas e existia claramente uma recomendação da área técnica para não fazer esta operação. Os reguladores não somente ignoraram a recomendação, como usaram muito dinheiro público na operação. Estão sendo processados por isto.
Um jornal espanhol descobriu que alguns executivos do Bankia e da Caja de Madrid usaram de maneira inapropriada cartões de créditos corporativos. O que fez a justiça espanhola? Resolveu esquecer a denúncia e concentrar no forma como a informação foi obtida.
O Bankia começou uma investigação interna e descobriu que realmente existiu problemas na utilização dos cartões. Levou o caso para a justiça, que desta vez condenou os executivos. Entre eles, o ex-diretor-geral do FMI, de sobrenome Rato.
Relevância
A condenação de executivos será sempre relevante para melhorar os controles internos e permitir que os pesquisadores estudem melhor a relação principal-agente. A inclusão do ex-diretor-geral do FMI indica que burocratas poderosos devem responder pela utilização do patrimônio da entidade que paga o seu salário.
Notícia boa para contabilidade?
Sim. Podemos aperfeiçoar os sistemas de controles internos. Além disto, é agradável saber que os problemas de abuso de autoridade existem também em países desenvolvidos.
Desdobramentos
Os acusados afirmaram que estavam sendo tratados desta forma em razão de outra investigação - sobre um esportista, casado com alguém da família real espanhola. No caso, a ira da justiça era para compensar a futura absolvição do queridinho do ex-rei Juan Carlos. Pode ser verdade.
Mas a semana só teve isto?
Semana com muitos acontecimentos: a morte de Kenneth Arrow, o anúncio que a Vale pode ser uma empresa sem controle definido e as demonstrações contábeis foram outras notícias da semana.
24 fevereiro 2017
Braskem
A empresa Braskem anunciou que irá "atrasar" a entrega das demonstrações contábeis. Muitas empresas já estão divulgando os resultados referentes ao ano de 2016. Entretanto, como esta empresa está bastante comprometida com os escândalos de corrupção, o anúncio que a empresa irá postegar para o dia 29 de março o arquivamento das demonstrações financeiras.
Entretanto, a empresa divulgou um relatório não auditado e parcial. Nestas informações tem-se:
A Braskem e suas controladas estão sujeitas a uma série de leis anticorrupção de países onde têm atuação, incluindo a lei 12.846/2013, ou Lei Anticorrupção Brasileira, que entrou em vigor em 28 de janeiro de 2014, e o US Foreign Corrupt Practices Act (FCPA). Em março de 2015, no âmbito da denominada “Operação Lava Jato”, foram tornadas públicas alegações de réus em procedimentos de natureza penal segundo as quais a Braskem estaria envolvida em pagamentos indevidos para obter benefícios em contratos de matéria-prima celebrados com a Petrobras. Em vista de tais fatos, a Companhia imediatamente aprovou a contratação de escritórios de advocacia com ampla e comprovada experiência em casos similares nos Estados Unidos e no Brasil (“Escritórios Especializados”) para a realização de uma investigação interna e independente sobre as alegações mencionadas no parágrafo anterior (“Investigação”), sob a supervisão e em colaboração com o “DoJ” - Department of Justice e a “SEC” - Securities Exchange Commission dos Estados Unidos. Até meados de julho de 2016, a Investigação não obteve elementos para comprovar a existência de fatos ilícitos na Companhia.
Novas denúncias e pagamentos indevidos
Ao final de julho de 2016, a Companhia recebeu novas informações sobre desvios, reveladas nas colaborações de ex-executivos da Braskem no âmbito do processo de cooperação da Odebrecht no contexto da operação Lava Jato.
A partir de informações contidas nessas colaborações, a Investigação confirmou a existência de pagamentos realizados a título de serviços prestados por terceiros, sem a comprovação da efetiva contrapartida. Esses pagamentos indevidos foram feitos a 3 empresas situadas no exterior e supostamente derivados da prestação de serviços de intermediação comercial. Essas empresas apenas repassavam os recursos para uma série de outras empresas, as quais, ao final, realizavam pagamentos ilícitos em benefício da Braskem. O montante de pagamentos realizados pela Braskem a essas 3 empresas no período de outubro de 2006 a dezembro de 2014 corresponde a, aproximadamente, R$513 milhões.
Conforme tornou-se público no âmbito dos acordos firmados com DoJ e SEC, os pagamentos ilícitos incluíam, dentre outros, temas relacionados ao contrato de nafta assinado com a Petrobras em 2009 e encerrado em 2014, bem como alterações da legislação fiscal nos planos federal e estadual para obtenção de incentivos fiscais e monetização de créditos tributários que já eram de direito da Companhia.
Com respeito aos resultados, a empresa apresentou, preliminarmente, em 2016, um prejuízo de 770 milhões de reais, sendo que no quarto trimestre, somente, o prejuízo foi de 2,6 bilhões.
No indicador chamado Ebitda a empresa melhorou: 9,3 bilhões para 11,5 bilhões. Mais um argumento para não usar este índice. O fluxo de caixa das atividades operacionais caiu de 8,2 bilhões para 5,1 bilhões.
Entretanto, a empresa divulgou um relatório não auditado e parcial. Nestas informações tem-se:
A Braskem e suas controladas estão sujeitas a uma série de leis anticorrupção de países onde têm atuação, incluindo a lei 12.846/2013, ou Lei Anticorrupção Brasileira, que entrou em vigor em 28 de janeiro de 2014, e o US Foreign Corrupt Practices Act (FCPA). Em março de 2015, no âmbito da denominada “Operação Lava Jato”, foram tornadas públicas alegações de réus em procedimentos de natureza penal segundo as quais a Braskem estaria envolvida em pagamentos indevidos para obter benefícios em contratos de matéria-prima celebrados com a Petrobras. Em vista de tais fatos, a Companhia imediatamente aprovou a contratação de escritórios de advocacia com ampla e comprovada experiência em casos similares nos Estados Unidos e no Brasil (“Escritórios Especializados”) para a realização de uma investigação interna e independente sobre as alegações mencionadas no parágrafo anterior (“Investigação”), sob a supervisão e em colaboração com o “DoJ” - Department of Justice e a “SEC” - Securities Exchange Commission dos Estados Unidos. Até meados de julho de 2016, a Investigação não obteve elementos para comprovar a existência de fatos ilícitos na Companhia.
Novas denúncias e pagamentos indevidos
Ao final de julho de 2016, a Companhia recebeu novas informações sobre desvios, reveladas nas colaborações de ex-executivos da Braskem no âmbito do processo de cooperação da Odebrecht no contexto da operação Lava Jato.
A partir de informações contidas nessas colaborações, a Investigação confirmou a existência de pagamentos realizados a título de serviços prestados por terceiros, sem a comprovação da efetiva contrapartida. Esses pagamentos indevidos foram feitos a 3 empresas situadas no exterior e supostamente derivados da prestação de serviços de intermediação comercial. Essas empresas apenas repassavam os recursos para uma série de outras empresas, as quais, ao final, realizavam pagamentos ilícitos em benefício da Braskem. O montante de pagamentos realizados pela Braskem a essas 3 empresas no período de outubro de 2006 a dezembro de 2014 corresponde a, aproximadamente, R$513 milhões.
Conforme tornou-se público no âmbito dos acordos firmados com DoJ e SEC, os pagamentos ilícitos incluíam, dentre outros, temas relacionados ao contrato de nafta assinado com a Petrobras em 2009 e encerrado em 2014, bem como alterações da legislação fiscal nos planos federal e estadual para obtenção de incentivos fiscais e monetização de créditos tributários que já eram de direito da Companhia.
Com respeito aos resultados, a empresa apresentou, preliminarmente, em 2016, um prejuízo de 770 milhões de reais, sendo que no quarto trimestre, somente, o prejuízo foi de 2,6 bilhões.
No indicador chamado Ebitda a empresa melhorou: 9,3 bilhões para 11,5 bilhões. Mais um argumento para não usar este índice. O fluxo de caixa das atividades operacionais caiu de 8,2 bilhões para 5,1 bilhões.
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